quarta-feira, 8 de novembro de 2017

A ALIMENTAÇÃO DO GONÇALO

O Gonçalo foi alimentado em exclusivo com leite materno, até aos 4 meses de idade. Por volta dessa altura (mais ou menos 4 meses e meio) começou a fazer a introdução alimentar sugerida pela sua pediatra.

Começámos então pela tradicional sopa de cenoura, batata e cebola, para depois de três dias introduzirmos um verde, que a cada três dias era alterado. O plano era dar a sopa ao almoço ou jantar, fruta à sobremesa (banana esmagada, maçã ou pêra cruas ou cozidas, mas trituradas) e ao lanche papa sem glutén. Aos 5 meses e meio introduzimos a carne, na verdade era nesta idade, mas só introduzi aos 6 meses. A carne é de frango, perú, vitela, coelho (que ainda não comeu). Aos seis meses, passávamos para a papa com glutén ao lanche intercalada com iogurte natural sem açúcar com bolacha maria triturada. Nas restantes refeições continuava a mamar, ou caso não estivesse comigo, eu tiraria o leite para depois ele beber.

E como tem corrido isto tudo?

Primeiro, devo confessar, não segui as indicações da pediatra à risca, mas guiei-me muito pelo que me recomendou.

A primeira experiência com a sopa não correu muito bem e o Gonçalo depois de algumas colheradas desatou a chorar! Eu podia ter feito um drama, mas não fiz. Foi a primeira experiência, tinhamos muitas oportunidades para que a coisa corresse bem! A seguir, supostamente, deveria ter dado a fruta, mas achei demais. Se ele estava a chorar, qual era a necessidade de continuar com o sofrimento? Optei por deixar a frutinha para o lanche e ver se corria melhor.

Correu muuuuiiito melhor. A fruta era uma bela pêra cozida a vapor e triturada, que dentro da inexperiência do bebé foi rapidamente consumida (mas não toda a dose). Ao jantar resolvi voltar à sopa e tudo correu melhor. Assim sendo, toda a experiência de introdução alimentar tem corrido muito bem.

Voltando à parte de não ter seguido as instruções da pediatra à risca. Relativamente aos alimentos permitidos e proibidos, segui e sigo regionalmente. Não lhe dou nada sem primeiro falar com a pediatra ou com a médica de família. Relativamente à organização das refeições, aí sim tenho alterado e faço como acho melhor, e dependendo da resposta do Gonçalo.

Hoje em dia a sua alimentação é assim:
De manhã mama, ou caso eu esteja a despachar-me o meu marido da-lhe biberão com o suplemento (ah, porque aos 5 meses começou a beber suplemento, porque eu não conseguia trabalhar e tirar leite para ter "stock". E também não gostei da experiência de tirar leite...). Se estiver comigo de manhã, normalmente só mama, ou bebe biberão só uma vez (o meu leite também está a dar as últimas...), almoça sopa, bebe biberão antes da sesta (cerca de duas horas e meia ou três depois de almoço) e depois come a fruta. Ou seja, regra geral, a fruta é o lanche. A papa normalmente come ao jantar e o iogurte só comecei a dar-lhe na semana passada misturado com fruta e não com bolacha maria (não tenciono dar-lhe já a bolacha maria...). Entretanto comecei a alterar a base da sopa (abóbora, curgete e nos verdes só não consome espinafre e ervilhas), e também a variar a fruta (melão, abacate, manga, dióspiro).

Antes de dormir, por volta das 21:30, por enquanto mama (mas não sei se vai durar muito), por volta das 00:30 acorda e volta a mamar e por volta das 3 acorda e dou suplemento e dorme até de manhã.

Até à data, o Gonçalo só não gostou de abacate (confesso que também não eram muito bons), mas misturado com um pouco de outra fruta, já come bem. Todas as sopas, todas as frutas têm sido bem recebidas. Entretanto também comecei a dar-lhe alimentos simples mal esmagados com garfo, por exemplo batata doce assada, e ele come muito bem. O iogurte não é dos seus favoritos, mas apesar da cara feia nas primeiras colheradas, acaba por comer.

Gosto de ler sobre alimentação saudável, e como tal também para o Gonçalo tenho lido muito, tenho ouvido opiniões, etc. Mas como sempre a última palavra é minha, e mesmo que a pediatra me diga que a bolacha maria não faz mal, não vejo também para que faz bem. A não ser para adoçar o iogurte, o que me parece contraditório, pois se o bebé deve comer iogurte natural sem ser açucarado, para que se habitue ao sabor mais simples dos alimentos, então para quê disfarçar esse sabor com uma bolacha super doce?

Já procurei receitas de bolachas caseiras e serão essas as primeiras bolachinhas do Gonçalo. Também aqui tenho o aval da pediatra, que também me disse que podia dar papas caseiras se assim entendesse. Por acaso ainda não dei, mas faz parte dos planos.

Claro que, como sempre, há osacríticas em relação às minhas opções.
A maioria das pessoas sugere-me adoçar o iogurte ou a fruta. "Ah, coitadinho, um bocadinho de açúcar também não faz mal". Ou um comentário de uma amiga que, confesso, deixou-me perplexa: "Abacate? Blhac, coitada da criança."

O meu objetivo é variar na alimentação do meu filho, dar-lhe a provar de tudo um pouco, mas fugindo ao que considero, para já, desnecessário. Tem tempo de comer danoninhos, chocolatinhos e afins. Para já tem muita frutinha e legumes à sua disposição, todos os dias vario o mais possível. Daqui a uns anos ele pode ser "mau garfo", não sei, mas pelo menos sei que fiz o possível para que isso não acontecesse.

Eu sei que ele prefere pêra a maçã, mas não vou deixar de lhe dar maçã por isso. Sei que gosta mais da sopa com batata doce do que com curgete, mas não vou dar-lhe só sopa com batata doce... Sei que prefere a papa ao iogurte, mas continuo a dar-lhe iogurte...

Os gostos educam-se e de pequenino se torce o pepino! ;)
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