quarta-feira, 29 de setembro de 2021

GONÇALO - FALA, INFANTÁRIO, DESENVOLVIMENTO II

 Continuando no tema do post anterior referentea este tema, venho partilhar como estão ao dia de hoje as questões da fala, do infantário e do desenvolvimento do Gonçalo. 

A fala tem desenvolvido muito bem. Tem estado sempre a evoluir, tanto na dicção, como na introdução de novas palavras, como na construção de frases.

Portanto continuo com a ideia de só o colocar na terapia da fala perto dos 6 anos, caso seja realmente necessário. Até lá, vamos vendo, vamos corrigindo e incentivando a falar corretamente. 

Quanto ao infantário, ele não teve vaga onde o pré-inscrevi. Pelos vistos não entraram crianças novas, passaram de umas salas para as outras. Não me fez sentido, pois saem sempre alguns que vão para o pré escolar público ou que vão mesmo para o primeiro ciclo.

Dito isto, lá fui procurar outras alternativas. E é desmotivante! Os infantários estão muito caros, alguns têm espaços exteriores mínimos para as crianças brincarem. Enfim, confesso que não fiquei muito animada. De qualquer forma, das opções que tinha perto de casa só tinha vaga num, e esse ficou logo fora de questão precisamente pela falta de espaço exterior. 

Na última semana de inscrições na pré pública lá fui inscrevê-lo. Fiquei muito otimista, pois a minha primeira opção não é das escolas mais requisitadas e disseram-me logo que a possibilidade de ter vaga era muito grande.

Escolhi 4 escolas, três perto da nossa casa, e uma perto da casa da minha mãe. Essa seria a primeira escolha, pois a minha mãe iria buscá-lo e ele ainda teria um bocado da tarde para brincar nos avós. Ou seja, a rotina dele não iria mudar drásticamente mas iria para a escolinha. Era o melhor de dois mundos!

Mas voltou a não ter vaga, nem na primeira opção, nem em nenhuma das outras. Na altura, início de julho, a informação que me deram foi que ainda poderia ter vaga, porque há sempre desistências. Mas na última vez que falei com uma funcionária, ela disse-me que realmente surgiram vagas mas que ainda havia muitas crianças de 5 anos que não entraram, logo essas teriam prioridade. Ele como tem 4 ficou para trás como muitos outros.

E assim, continuará com os avós. Fiquei super triste por ele não ter entrado, ainda ontem me falou da escola, mas dadas as opções continuo a achar melhor mantê-lo com os avós.

Mensalidades muito altas, espaços exteriores diminutos, ou oferta longe de casa, foram opções colocadas de parte. 

Se não tivesse a possibilidade de o manter com os avós, teria de optar pelo que fosse possível, mas assim, prefiro que continue a poder brincar livremente, a andar de bicicleta o dia inteiro, a ir alimentar as ovelhas com o avô, a cultivar no trator com o avô, a ir buscar os ovos ao galinheiro com a avó, a regar as plantas com a avó, a apanhar fruta da árvore, a apanhar morangos para o lanche, etc.

Depois ainda tem os avós paternos e a bisa paterna, com quem ele brinca muito e tem outro tipo de brincadeiras. Ou seja, aprende sempre coisas novas e cria memórias para a vida, coisas que deixam o coração quentinho para sempre!

Na questão da aprendizagem, que muita gente frisa "ah, mas na escolinha aprendem outras coisas", "na escolinha têm outras regras", não deixa de ser verdade.

Mas aprender, fazer atividades, ter regras, etc, também são coisas que podem, e principalmente devem, ser feitas em casa. E nós fazemos tudo isso. Desde as brincadeiras, à aprendizagem e às regras. 

Quanto a atividades e "trabalhos escolares" pintamos, desenhamos, lemos, fazemos construções com legos e blocos, contamos, dizemos o alfabeto... E tudo o que ensino ele aprende. Absorve tudo como uma esponja, o que me deixa muito tranquila, pois não vejo dificuldades de aprendizagem nem nada de preocupante. Há dias que prefere correr pelo quintal do que pintar um desenho (ou fazer uma arte, como ele diz) e eu deixo. Ele escolhe o que quer fazer (dentro das regras), tem autonomia para isso e a minha vida, o meu trabalho, também o permitem, logo eu aproveito e dou-lhe asas.

Posto isto, para o ano voltamos a tentar. A prioridade será a pré pública, mas irei inscrevê-lo noutros infantários. Como será a última oportunidade de fazer pré, abrirei também mais os horizontes. Não quero que vá para o primeiro ano sem ter feito um ano de pré. 



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quinta-feira, 23 de setembro de 2021

DE VOLTA AO YOGA - SETEMBRO 2021

 


Há dois anos e uns dias, escrevi um post sobre o meu regresso ao yoga, à prática no estúdio e aos meus objetivos. 

Na altura não resultou, tive que optar por sair e isso deixou-me muito triste. Uns meses depois começou o primeiro confinamento, devido à pandemia, e o regresso foi sendo adiado.

Nessa altura a Silvia, a minha professora, criou as aulas online, mas eu não me interessei, e juro que não percebo porquê. Às vezes tenho umas ideias um bocado absurdas... enfim.

No final de agosto passado, a Silvia publicou na página do Estúdio no Facebook, as aulas, o sistema e também o seu regresso ao estúdio. 

Li com atenção e tomei a melhor decisão do ano, "vou fazer as aulas online".

E assim foi. O processo é muito simples, basta efetuar o pagamento, enviar o comprovativo e a Silvia dá-nos a password para o respetivo mês. 

Temos uma biblioteca de várias aulas, com 15, 30, 45, 60 ou 90 minutos e várias meditações. Podemos fazer as aulas que quisermos, as vezes que quisermos durante um mês por 35€. 

Todos os meses são introduzidas novas aulas e nunca são retiradas.

Estou a adorar! É muito vantajoso, porque não dependo do horário das aulas físicas e posso praticar quando e onde quiser, durante o tempo que me for possível. 

Tenho dias que faço uma aula de 15 minutos, outros de 45, ou de 30, depende dos dias e das dores que tenho no corpo...

Até à data ainda não fiz aulas de 60 ou 90 minutos, mas o meu objetivo não era esse para já. 

O que eu pretendo é praticar regularmente.  É voltar a ter o yoga na minha rotina. Aos poucos vou fazendo mais, e vou praticando durante mais tempo.

E se estiverem a pensar, "se é para fazer online, porque não fazer aulas do YouTube que são gratuitas?" 

Por um lado, porque no YouTube não encontro aulas assim. Há muitos vídeos bons, aulas de qualidade (gosto muito dos vídeos da Sofia Mano), etc. Mas não há, ou eu não encontrei, nenhum canal onde eu sinta o que sinto nas aulas da Silvia. Por outro lado, o facto de estar a pagar influencia. Não gosto de jogar dinheiro fora, portanto pagar por algo que não uso, não faz nenhum sentido para mim. Assim, dá-me uma força para "usar" as aulas.

Este mês, por enquanto, fiz 6 aulas (tenho programadas mais práticas). Não é muito para quem tem à disposição várias aulas que pode praticar em casa, mas são mais 6 práticas do que as que fiz nos outros meses (ou 5 vá, fiz uma ou outra).

Mas o mês de Setembro também é um pouco instável, é o regresso das aulas, da rotina, e o meu horário altera-se a cada semana, o que nem sempre me permite fazer tudo como pensei.

É algo que vou manter, estou muito satisfeita, já noto diferença em mim. Sei que o yoga é poderoso, acredito mesmo que possa mudar a nossa vida, portanto vou continuar a apostar nestas aulas e à medida que o tempo for passando, creio que a regularidade vá crescendo e os benefícios também. 

Querem o site da Sílvia?

Aqui vai. Se vos interessar dêem uma vista de olhos e quem sabe se não experimentam! 

Yoga Bliss

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segunda-feira, 20 de setembro de 2021

MACRAMÉ - NOVO HOBBIE

Sou uma pessoa que gosta de por as mãos na massa. Sou das artes, sempre gostei muito de desenho e trabalhos manuais, e gosto de usar as minhas mãos e a minha criatividade. 

Há uns meses comecei a interessar-me pelo macramé, apenas por achar bonito, mas recentemente aventurei-me a fazer.

Estou a adorar! Vou fazendo sem grandes pretensões, e vou colocando nas paredes! Estavam livres, assim vão ficando com mais vida!

Além de ser algo que me distrai, que me satisfaz, que me desafia, ainda vai servindo para decorar a casa!!!

Partilho os primeiros trabalhos. Têm erros, e são sempre os mesmos... Quem perceber do assunto, não terá dificuldade em encontrá-los! Mas são o que são,  eu gosto e estou orgulhosa!




Os espelhos foram feitos pela minha mãe.  A minha mãe também tem feito uns trabalhos, mas gostamos de fazer coisas diferentes. 

O que acham? Há por aqui alguém que faça macramé?


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terça-feira, 14 de setembro de 2021

GONÇALO - FALA, INFANTÁRIO, DESENVOLVIMENTO

Iniciei este post em Março de 2021. Não o terminei, mas achei que o assunto merecia vir à baila aqui no blogue, portanto aqui está. 

Contarei as novidades num segundo post!

 Há cerca de 2 anos escrevi este post sobre as consultas de rotina do Gonçalo e as questões que me eram colocadas, e apontadas, pelos médicos e enfermeiras aquando as consultas.

Passaram-se 2 anos e pelo meio surgiu uma pandemia que veio alterar muitos planos na vida de toda a gente.

O Gonçalo no ano passado não foi para o infantário, como estava planeado, por conta deste vírus. Como sempre, há quem critique, há quem concorde e nós, independentemente da opinião de terceiros, estivemos sempre muito tranquilos em mantê-lo com os avós.

Se tudo correr bem irá em Setembro para o infantário. E digo se tudo correr bem, porque só o pré-inscrevi num infantário. Se calha a não haver vaga, estou tramada e lá tenho de procurar outro. E é mesmo aquele que queremos!!!

Quando o Gonçalo fez 3 anos, estávamos mesmo no inicio da pandemia e em confinamento. Optámos por não fazer as consultas de 3 anos logo nessa altura e acabou por fazer a consulta com a pediatra com 3 anos e 5 meses e com a médica de família nem chegou a fazer (centros de saúde fechados e no nosso disseram que uma vez que ele tinha pediatra por optar por fazer só num sitio).

Nesta altura o Gonçalo começava a fazer as primeiras frases e a falar mais. Continuava a ter uma conversa muito limitada para a idade e palavras ditas de forma muito diferente do que era suposto.

A pediatra começou por perguntar quais eram as novidades em relação à consulta dos 2 anos:

- Já dorme sozinho no seu quarto,

- Não usa fralda,

- Não bebe biberão,

- Continua com a fala atrasada, apesar de ter progressos.

Pronto, a fala está atrasada, está tudo mal, já não interessa no que evoluiu.

Começam então as perguntas ao pequeno: 

- Como te chamas? - Sá Sá. (sai um frisar de sobrancelha...)

- Como é que se chama o pai? - O pai tim carros ("o pai pinta carros", e disse-o com um grande sorriso e orgulho).

Sai outro franzir de sobrancelha... - E a mãe, como se chama? - Helê

Nisto mostra um jipe que levava e diz: É o carro da Dá. - Sai outro franzir de sobrancelha e eu digo: "A Dá é a avó." E a Dra começa escrever com um ar muito sério.

Pergunta-lhe ainda como era o bolo de aniversário, se era da Patrulha Pata (Desenhos animados que só há pouco tempo começou a ver de vez em quando) e ele não se mostra interessado na pergunta e vai para a janela ver os carros e falar sobre isso. A Dra diz-me: Eles costumam gostar dos bolos de aniversário... - E eu respondi: Ele fez anos no fim-de-semana da Páscoa, estávamos em estado de emergência, não houve festa e os nossos bolos de aniversário são bolos caseiros. 

Também perguntou as cores. Que na altura ele reconhecia, mas dizia uns nomes estranho. As únicas que dizia bem eram azul e rosa, mas encarnado era cácá, laranja xixi (sim, eu sei, não me perguntem porquê...) cinzento era cinzeu (menos mal), amarelo era uan... Enfim, pouco parecido com as palavras bem ditas.

Houve outras perguntas, e quando lhe diz que tem de se despir, ele levanta a blusa e diz: Ver o peu ("ver o pneu"), porque eu disse-lhe que a dra ía ver a sua barriga e ele nessa altura tinha apanhado uma conversa entre o pai e o avô, sobre quem tinha a maior barriga, a que eles se referiam, na brincadeira, como pneu. A criança nunca mais se esqueceu e achava muita piada a dizer que tinha o pneu cheio ou vazio.

Não preciso dizer que saiu outro franzir de sobrancelha, não é?

No final da consulta conclui-se que o rapaz está a crescer muito bem, sempre a mudar de percentil, é alto e magro, com tudo no lugar, mas com um grande atraso na fala. Portanto terapia da falar com ele, no mínimo 2 sessões por semana.

Era o diagnóstico que eu esperava, tinha plena consciência que aquela conversa dele não era suficiente para a idade.

Por mim, tinha saído de lá e tinha ido inscrevê-lo na terapia. Não foi o que fizemos, pois o meu marido não concordou e dizia que ele tinha o tempo dele, era preguiçoso e que devimos esperar até aos 4 anos. Eu achava que quanto mais cedo melhor e tinha receio que o facto de começar a falar bem muito tarde pudesse trazer outros problemas. Como não concordávamos, chegámos a um consenso, não iria na altura, mas também não seria daí a 6 meses. Portanto seria entre dezembro e janeiro.

Mas ainda em relação à consulta, o que posso dizer? Sim, eu concordei que o Gonçalo estava muito aquém do esperado para a idade em relação à fala. Mas não gostei de tanto franzir de sobrancelha. Não vejo qual era o problema do miúdo dizer que se chamava Sá Sá. Primeiro porque foi ele que começou a dizer que era o seu nome, depois hoje em dia a coisa que mais se houve são diminutivos: se um Francisco pode ser Kiko, ou uma Francisca Kika, se uma Leonor pode ser Nono, uma Vitória pode ser Vi, uma Bárbara pode ser Bá, porque é que um Gonçalo não pode ser Sá Sá? 

Ele não sabia dizer bem as cores, mas dizia sempre igual. Ou seja, ele estava a comunicar, estava a falar e reconhecia as cores, só não as pronunciava a todas corretamente. A questão do bolo pareceu-me desnecessária, porque houve ali alguma insistência. Ele tinha feito anos 5 meses antes, mesmo que houvesse bolo, era normal ele não se lembrar ou não se interessar. Na consulta toda eu nunca respondi por ele, aliás, é algo que tento não fazer e que me irrita quando fazem. Prefiro que ele diga mal, mas que fale, do que falar eu por ele.

Chegamos a dezembro o que acontece? O número de casos de Covid a aumentar exponencialmente ... chegamos a janeiro, entramos em confinamento. A terapia não era de todo prioridade. Ficámos em casa e o Gonçalo de repente começa a falar como gente grande.

Portanto, ao dia de hoje ainda não é um miúdo super explicado, ainda tem os seus momentos de mimo que falar à bebé (até gosta de dizer que é um bebé crescido), mas já fala muito, faz frases super completas e diz bastantes palavras muito bem ditas. Acho que está próximo do que é normal na sua idade. Já não diz que se chama Sa Sá, mas sim Gonçalo e no geral faz conversas muito bem feitas.

Por exemplo hoje, enquanto eu fazia o almoço perguntou-me: Mãe, posso ver a comida? Posso cozinhar contigo?

Quando ía com o pai para a avó, perguntou-me: Mãe, vens connosco?

Há tempos estava a ver um trator, disse: Isto é muito interessante!

Há uns dias estava sentado com a bisa e disse: Está aqui um inseto...é tão fofinho! (A bisa nem sabia o que era um inseto, fartou-se de rir).

São coisas normais para uma criança de 3 anos, quase 4, mas que surgiram de repente. 

Na consulta a Dra também perguntou se ele sabia contar até 5, e eu disse que não, mas que contava de 2 me 2 até 8. É um feito, não acham? Eu achava muita piada. 

E em relação a saber contar, houve um dia, já há 2 ou 3 meses, que eu estava na lavandaria e ele na cozinha a brincar com carrinhos. Ele não me via e estava distraído, quando começou a contar os carros. Contou até 13 e só se enganou no 11, que disse 9. Eu estava a ouvir e nem respirava para ver até onde ele conseguia contar. De vez em quando ainda gosta de contar 2,4,6,8, mas nós corrigimos e ele conta bem. Aliás, sempre que ele diz alguma coisa mal, nós corrigimos e sempre o fizemos. Nunca falámos com ele de miminhos, e sempre chamámos as coisas pelos nomes corretos. Nunca tivemos o hábito de dizer popó, memé, esse tipo de coisas. Ainda noto que não diz sempre o "l" ou o "r". Por exemplo, diz saua, em vez de sala, moangos, em vez de morangos (em tempos dizia muchichos, que era moranguinhos...).

Sinceramente já não estou preocupada. acredito que será tudo uma questão de tempo. O Gonçalo tem sido assim com tudo. Quando era mais pequeno e íamos ao parque, nunca queria subir o escorrega, apesar da minha insistência. Um dia chegámos ao parque (e que saudades de ir ao parque...) e ele sem ninguém lhe dizer nada começou a subir o escorrega maior, com a maior das tranquilidades. 

Quando fez 2 anos, comprámos-lhe uma bicicleta daquelas sem pedais, para eles aprenderem a equilibrar-se. Ele nunca se mostrou interessado, só brincava com a bicicleta para rodar a rodas. No ano passado, num belo dia do primeiro confinamento, aparece na cozinha de bicicleta e capacete na cabeça. Nunca mais a largou e adora andar de bicicleta. E como estes exemplos, tenho tantos outros. 

Já percebi que ele faz quando se sente seguro para fazer e que tem o seu tempo. Tal como todas as crianças! 

Acredito que no infantário vá evoluir muito. Ele gosta de aprender, e penso que com outras crianças vá desenvolver muito bem. Provavelmente começará a falar tudo corretamente. Caso isso não aconteça, a minha ideia é fazer terapia antes de iniciar o primeiro ciclo, até lá vou dar-lhe tempo.

Agora imaginem que ele teria ido para a terapia em janeiro. Começaria a falar bem e nós iriamos achar que a terapia teria sido um milagre. Claro que, possivelmente, nunca saberei, se tivesse ido, agora poderia estar mais avançado. Mas não sei... 

Falamos imenso da escolinha, ele diz muitas vezes que quer ir para a escola brincar com os meninos. Antes da pandemia brincava no parque com outras crianças, agora é impossível e vejo que ele sente fala. 

Os 4 anos estão próximos, ainda não marquei consultas nem vou marcar para já. Vou esperar mais uns meses. Veremos o que irão dizer as médicas (este ano temos de fazer com a médica de familia também), claro que nunca estará perfeito e que haverá sempre algo negativo a apontar. E isso chateia-me muito, porque o bom nunca é valorizado, insiste-se sempre no que não está "bem".

Típico do português...

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quinta-feira, 9 de setembro de 2021

BOLO CASEIRO PARA DIAS DE CHUVA

 


(Post escrito na quarta, dia 8)

Hoje tem estado um típico dia de início de Outono. Ora chove, ora faz sol.

Como tinha muitos ovos em casa, ontem combinei com o meu filho que hoje depois de almoço faríamos um bolo.

Para além de entretê-lo, era também uma forma de usar alguns ingredientes que tinha em casa a precisar de despachar.

Um resto de farinha para bolos, flocos de aveia, maçãs que trouxe dos meus pais (têm tantas que até tenho distribuído pelos vizinhos).

Procurei na minha biblioteca de receitas do pinterest e a tarefa foi rapidíssima.

A receita original é a seguinte:

- 1 banana 

- 2 maçãs picadas para a massa, e 2 maçãs fatiadas para enfeitar o bolo

- 1 chávena de chá de farinha de aveia

- 1/2 chávena de chá de farinha com fermento 

- 2 ovos

- 1 c.s. de fermento

- canela em pó qd

No liquidificador misturam-se os ovos com as maçãs e a banana. À parte misturam-se as farinhas com a canela e o fermento, junta-se a mistura do liquidificador e coloca-se na forma untada. Por cima colocam-se as maçãs fatiadas e polvilha-se com canela. 

Eu, como sempre, fiz algumas alterações.  Porque faço sempre, e porque não tinha todos os ingredientes e ainda porque achei que faltava qualquer coisa.

Portanto, não tinha banana, por isso acrescentei 1/2 chávena de chá de açúcar amarelo. Não tinha farinha de aveia, triturei os flocos de aveia no liquidificador, acrescentei 2 colheres de sopa de margarina, 1 colher de sopa de vinho do porto e uma pitada de gengibre ralado. Acrescentei ainda 4 ovos aos 2 da receita. Os meus ovos eram pequenos, caseiros mas pequenos, e ovo num bolo nunca é demais.

Primeiro triturei as maçãs no liquidificador e depois acrescentei os restantes ingredientes, bati tudo até ficar uma massa bem homogénea, no fim só envolvi o fermento sem bater (dizem que não se deve bater, não sei...).

Coloquei papel vegetal na forma retangular, despejei a massa, enfeitei com as fatias de maçã e polvilhei com canela. Levei ao forno pré-aquecido durante 40 minutos em fogo baixo e pronto.

Durante este tempo, o Gonçalo perguntou-me várias vezes pelo bolo e quando ficou pronto e arrefeceu, lá fomos comer uma fatia cada um. 

No fim, depois de comer a fatia toda, o meu filho diz-me com tom de repreensão: Mãe... o bolo 'tá picante!

E está um bocadinho... é do gengibre. O meu marido diz que não acha! E picante ou não, não deve estar mau porque quase que já não há. 

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sexta-feira, 3 de setembro de 2021

LEITURAS 2.°TRIMESTRE DE 2021

 


Para o segundo trimestre escolhi reler dois livros que já tinha em casa e dos quais tinha pouca lembrança e também 2 livros novos.

Fiquei feliz com as releituras, realmente tudo tem o seu tempo. Se na altura que os li houve muito que não me fez sentido, ou que me passou um pouco ao lado, desta vez consegui ver as coisas com outros olhos!

PAIS À MANEIRA DINAMARQUESA

Senti que estou no caminho certo no que toca a parentalidade, se é que esse caminho realmente existe. Mas há sempre caminhos a escolher, e eu tenho feito várias opções diferentes da maioria das pessoas à minha volta, portanto às vezes tenho algum receio de estar a escolher mal.

Mas com esta leitura, ou releitura, percebi que há sempre várias opções e que ir contra a corrente nem sempre é mau. 

Coisas faladas no livro que se destacaram para mim:

- A competição entre os pais,

- A importância da brincadeira livre,

- O maleficio do excesso de atividades planeadas por adultos, e por conseguinte, o pouco tempo para brincar,

- O aumento da ansiedade que a falta de tempo e excesso de atividades, provocam,

" (...) a brincadeira livre ensina as crianças a serem menos ansiosas (...) a capacidade de recuperar, regular as emoções e lidar com o stress é uma característica chave num adulto saudável e funcional. (...) a brincadeira livre é fundamental para o desenvolvimento da criança. "

- A aprendizagem da gestão do stress:

"(...) a verdadeira felicidade não vem apenas de uma boa educação. Uma criança que aprende a lidar com o stress, faz amigos e, ao mesmo tempo, é realista a respeito do mundo, possui um conjunto de competências para a vida que são muito diferentes de se ser um génio da matemática (...)"

- A prejudicial tendência que os pais têm para resolver os problemas dos filhos,

- A proteção excessiva,

- A pressão para se aprender a ler, escrever, contar muito cedo, que pode gerar ansiedade, 

" As crianças que são incentivadas a ler mais cedo, por exemplo, podem ler melhor do que os seus pares ao início, mas esses níveis equilibram-se em poucos anos - e a que custo? As crianças pressionadas exibem maiores niveis de ansiedade e uma menor auto-estima a longo prazo. "

- As dicas para brincar, 

- O excesso de elogios, e o facto de muitas vezes se elogiar a inteligência e não o trabalho que se tem para atingir determinados objetivos,

- O otimismo realista,

- O poder (negativo) dos rótulos,

- Os benefícios da empatia, e como podemos ser mais empáticos,

" Lembre-se, se nutrir um estilo mais empático, menos maldizente e mais vulnerável e autêntico no seu lar, estará a ajudar os seus filhos a tornarem-se adultos menos críticos dos outros - incluindo dos próprios pais - a longo prazo. "

- A verdade sobre a punição corporal,



- A importância do tempo juntos e do "Hygge".

Adorei esta releitura e ainda bem que a fiz. Mesmo agora que agarrei novamente no livro para ver os apontamentos que tirei enquanto li, achei um livro acolhedor. Ensina muita coisa, mas de forma leve, sem as imposições, que muitas vezes nestas coisas da educação, há. 

VIVE A TUA LUZ 

Outra releitura que gostei de fazer.

É um livro que fala de autocuidado, basicamente. Mas um autocuidado que não passa por fazer uma máscara de cabelo e umas unhas bonitas.

Autocuidado como um todo. Cuidar da mente, do corpo e do espírito, através de pensamentos, mudança de hábitos, alimentação natural e saudável, meditação, mindfulness, mantras, amor próprio,  rituais...

O livro tem vários exercícios, e vocês já sabem que gosto sempre de fazer este tipo de exercícios. Ajuda-nos a pensar em coisas que nos passam despercebidas e a lidar com coisas que muitas vezes tentamos evitar.

No início, a Inês fala do seu percurso, de problemas de saúde que teve e que a levaram a uma grande mudança de hábitos. Tudo com o intuito de melhorar a sua saúde. 

É daqueles livros que dá vontade de ler e reler. Aprende-se sempre algo de cada vez que o folheamos.

Para quem não acredita nestas coisas da energia e do seu poder na nossa vida, ou para quem não gosta de assuntos relacionados com espiritualidade, acho que este livro ainda está num nível que qualquer pessoa poderá gostar de ler. Não é ainda muito profundo e fala de todos os temas com leveza. Pelo menos é o que eu acho!

A NOVA ERA

Continua no tema das energias, espiritualidade e afins, tal como o da Inês Pimentel. Mas são livros muito distintos, e o nível deste é um pouco mais avançado. 

Não me parece que alguém que não acredite em energias, em espiritualidade ou em astrologia, que vá gostar deste livro. 

Aqui podemos ler sobre a Nova Era, a Era de aquário, das mudanças que quer queiramos quer não, teremos de fazer. Muitas mudanças a nível pessoal que serão determinantes para a mudança global.

" Astrologicamente,vivemos tempos desafiantes. A passagem de Plutão por Capricórnio,  desde 2008, representa este movimento a que temos assistido, com a queda de poderes, o desmascarar de mentiras, a crise financeira e a crise profunda de valores da nossa sociedade. Plutão em Capricórnio mostra-nos esta necessidade de reconstruirmos profundamente as nossas sociedades. Tal como está não serve mais, já não é o caminho. "

"O ano de 2024 está perto, e é o ano em que assistiremos ao mundo novo. Até lá, todas as crises mundiais que venham a existir servirão o propósito de limpar o que já não serve, para que possamos contruir novas vidas, agregarmo-nos em comunidade, sermos realmente agentes de cura, de integração, de verdade, de amor e do despertar coletivo."

Temos vários exercícios, várias medicações guiadas e uma aplicação que podemos usar para as meditações. Não cheguei a fazer download da app, pois só vi críticas negativas. 

Tal como o livro anterior, é um livro a voltar quantas vezes forem necessárias. 

Para mim foi uma leitura menos interessante, confesso. Não foi o que esperava, mas acredito que numa próxima leitura a interpretação seja diferente e vá gostar mais.

TIME MINDFULNESS 

Gostei, mas achei chato! Não foi um livro que me prendesse do início ao fim. Em muitas partes fui obrigada a saltar, por achar mesmo desnecessário. 

O que acabei por fazer em muitas partes, foi ler só a síntese do capítulo. E esta é a parte boa, porque em qualquer altura podemos ler só as sínteses e já tirarmos algo de positivo. 

De forma geral, o livro fala do tempo perdido em coisas desnecessárias, do tempo mal gerido, dos ladrões do tempo e de formas de multuplicarmos o nosso tempo de modo a sermos mais produtivos.

Fiquei com uma leve ideia de que para aproveitarmos bem o tempo, temos de ser sempre muito produtivos e organizados, apontar muita coisa, etc. Talvez me tenha perdido aqui em certas partes, porque certas sugestões pareceram-me demasiado trabalhosas.

Atrasei-me muito com este post, pois estamos quase no final do terceiro trimestre. 

Mas já ficam com a minha opinião relativamente a estes livros. As releituras valeram muito a pena, o terceiro gostei mas não me entusiasmou demasiado e o último não me ensinou grande coisa!

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