domingo, 25 de novembro de 2012

LUTA CONTRA O AÇUCAR

A minha luta contra o açúcar começou há cerca de um ano e meio. Tem sido uma luta bastante difícil, com muitos altos e baixos, mas que cada vez mais acredito ser necessária e por isso estou determinada a alterar alguns hábitos alimentares.

Tudo isto começou quando a minha médica de família me disse que a probabilidade de vir a ser diabética é muito alta, pois o meu pai é diabético e grande parte da minha família paterna sofre deste problema. O controlo tem sido apertado e todos os anos faço análises de rotina (entre outros exames) e até à data as coisas têm corrido bem. Assim, nesta luta contra o açúcar, nem sempre saio vencedora, pois estou sempre descansada porque até aqui não houve grande motivo para preocupação.

No entanto, como o açúcar tem outras contra-indicações que também me preocupam (engorda, vicia, envelhece, contribui para a formação de celulite, entre outras coisas do género), comecei a tentar evitá-lo. Como, perguntam vocês? (Com muuuuuiiiiita dificuldade!)

Sou uma pessoa naturalmente gulosa. Adoro chocolate (em todas as suas vertentes), bolos caseiros e doces de colher, principalmente arroz doce e pudim. Não sou esquisita, como se pode ver. Mas, para evitar cair em tentação, não tenho doces em casa. É muito raro comprar algum doce, sejam bolos, bolachas, chocolates, etc. E quando a vontade é mesmo muita, prefiro fazer eu mesma, assim controlo o açúcar que uso e, delicio-me sem culpas.
O problema surge, nos almoços/jantares de família. Por exemplo, a primeira coisa que faço quando entro na cozinha dos meus pais é, dirigir-me ao móvel onde estão as bolachas e chocolates, supostamente escondidos. E quando está vazio (ultimamente tem acontecido muito), eu sinto também um vazio imenso. Na casa dos meus sogros, também é normal haver sempre uma sobremesa saborosa à nossa espera. Portanto, nestas situações eu não me faço rogada, não é? Como, e como com satisfação.  

Apesar de durante este tempo não ter deixado de consumir açúcar, reduzi bastante o seu consumo. Pois antigamente, era raro o dia em que não comia qualquer coisinha doce (bolachas, cereais doces, bolos miniatura, pastel de nata, chocolate, gelado...). Também deixei de consumir sumos de compra. Não era um hábito diário, mas nos almoços de família ou de amigos bebia sempre muito. Estes exageros, acabaram. :)

Na semana passada, numa consulta de rotina, a minha médica voltou a tocar no assunto e, desta vez, houve um clique. Por um lado, porque alguns valores nas análises não estavam muito bem, por outro, porque a forma como me disse o que me diz há anos, foi mais séria e determinada. Já não me pareceu uma hipótese colocada baseada apenas na genética, mas mais uma certeza. Então, desta vez a luta é a sério e não há desculpas para me deixar cair em tentação. Agora deixou de ter importância a celulite e, valores mais altos se levantam.

Desde a consulta, não voltei a consumir açúcar. Pesquisei sobre o assunto e, ao que parece é preferível reduzir o consumo de açúcar do que usar adoçantes. E o açúcar, deve ser amarelo, ou mascavado.
Ontem passei a tarde a fazer bolachas de aveia e pão integral.

A receita original das bolachas é esta:

75g de avelãs, 100g de margarina, 100g de açúcar, 1 ovo, 75g de farinha, uma pitada de sal, 1 colher de chá de fermento em pó, 100g de flocos de aveia, raspa de casca de 1/2 limão. 

No entanto, utilizei metade do açúcar (amarelo), metade da margarina, mais um pouco de aveia (e integral) e o dobro da raspa de limão. Ainda acrescentei 2 colheres de chá de canela e uma pitada de noz moscada. Não usei sal, fermento, nem avelãs. 

Não sei se as bolachas originais são melhores, mas garanto que as minhas ficaram boas. Não estão doces, o sabor a limão é acentuado, mas saboroso e, a canela também dá um toque especial. Assim, quando a vontade de comer algo doce surgir, posso comer uma bolachinha saborosa e menos doce que o normal. Claro que o facto de ter reduzido o açúcar e a gordura, não é desculpa para comer bolachas como se não houvesse amanhã.

O resultado, foi este:

 
Acredito que com muita determinação e informação, será fácil manter-me no caminho certo. Tem mesmo de ser, não é?


E por aí, há alguém com estas preocupações? :)
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