terça-feira, 26 de dezembro de 2023

PÓS-NATAL 2023

 Não sei se sou eu que estou a ficar velha, ou se estes últimos dias foram muito cansativos.

Não almoçámos nem jantámos em casa nos dias 24 e 25. Ou seja, passámos pouco tempo em casa... Não sei de onde apareceu tanta louça para lavar hoje de manhã, tanta roupa suja, tanta desarrumação. 

Portanto, comecei o dia de hoje a limpar e a arrumar a casa. 

Separei a roupa para lavar (continuamos sem máquina), arrumei roupa que usámos mas não estava suja, coloquei casacos a arejar na rua, aspirei, passei umas toalhitas na casa-de-banho só para dar um refresh, fiz almoço, arrumei cozinha, lavei louça 47 vezes e fui à lavandaria do Continente lavar e secar 17 quilinhos de roupa... (lençóis, talhões de banho, pijamas, roupões...).

Entretanto cheguei a casa, arrumei toda essa roupa, acendi a salamandra, já coloquei sopa ao lume, dei uma banhoca ao Gonçalo (que entretanto já desarrumou as máquinas todas que ganhou no Natal) e vim sentar-me pela primeira vez do dia no sofá!

Dói-me a cabeça, tenho as costas num 8 e apetecia-me dormir umas horinhas.

Entretanto percebi que nem 18h são. Portanto fiz bastantes coisas num dia, até posso passar pelas brasas no sofá! 

O Natal foi cansativo, mas foi muito bom! Estivemos muito bem em família, adoro estes dias!

Como não vim a tempo de vos desejar um Feliz Natal, desejo-vos já Feliz Ano Novo, que 2024 seja um ano Próspero para todos nós! 

😊


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quinta-feira, 14 de dezembro de 2023

LAVANDARIA SELF-SERVICE CONTINENTE

 A minha máquina de roupa pediu-me a reforma! Quando veio para a nossa casa, há 2 anos e meio, já não era nova, e cá fartou-se de trabalhar. Tudo tem o seu limite e acho que o dela já chegou.

É uma máquina de 6 kg, da marca Beko, lavava e torcia muito bem, mas é muito pequena para as nossas necessidades. Era raro o dia que não lavava, e quando assim era, tinha de lavar o dobro noutros dias. Fartou-se e deixou de rodar o tambor.

A nossa primeira máquina era também desta marca e aconteceu precisamente o mesmo. Na altura até veio cá a casa um técnico para limpar o nosso esquentador e falei-lhe disso, pois também trabalhava com máquinas de lavar e, ele disse-me que máquinas de marcas brancas raramente compensam o arranjo.

O meu receio é precisamente esse, ir arranjar (partindo do princípio que o valor não seria muito alto) e daqui a um tempo ter outro problema. 

Portanto o objetivo é comprar uma nova, de uma marca boa e com uma capacidade maior. 

Mas as máquinas estão caríssimas e eu estou à espera que depois do Natal baixem um pouco... vamos ver se tenho sorte.

Nos entretantos tenho a minha mãe e a minha sogra encarregues de lavarem a nossa roupa. 

Vou dividindo o mal pelas aldeias, mas mesmo assim vejo que as estou a sobrecarregar, pois é sempre muita roupa e elas também têm as respetivas roupas para tratarem.

Hoje, como queria ir à Modalfa e ao Continente comprar uns presentes de Natal, aproveitei e levei um saco de roupa para lavar na lavandaria self-service do Continente. 


E gostei! A máquina mais pequena tem 9 kg (mas eu levei roupa para uma máquina de 7kg... falta de prática...), em 30 minutos ficou a roupa lavadinha e cheirosa. A roupa era maioritariamente do Gonçalo e saiu sem nódoas, por sua vez uma blusa do meu marido ainda ficou com algumas. Mas foi a única. 

Depois pensei em trazer a roupa para secar ao ar livre, já que estava sol e vento. Mas quando saí e vi o preço e o tempo da secagem, voltei para trás. Em 17 minutos a roupa ficou seca e paguei 1,50€. 

Portanto, da lavagem paguei 4,50€, teria ganho se tivesse levado muito mais roupa, mas pronto. E de secagem 1,50€. Por acaso eu tinha saldo em cartão Continente e usei-o. Além disso fiquei com 10% em cartão, são 0,60€, é melhor do que nada.


Por acaso nunca tinha usado uma lavandaria de supermercado, sempre que preciso vou a outro local. Mas onde eu costumo ir é muito mais caro e a secadora não é tão boa. Em 30 minutos a roupa nem sempre fica bem seca. 

Para a próxima já me organizo melhor e levo mais roupa. Não fica barato, mas facilitou. Enquanto fiz as compras de natal, lavou, enquanto fiz as compras no continente, secou e em menos de uma hora fiz isto tudo.

Cheguei a casa arrumei logo a roupa que ainda vinha quentinha, mas já a tinha dobrado na lavandaria. E pronto. Entretanto, já tenho o cesto da roupa cheio novamente... ela faz criação, só pode! 

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quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

PHDA E PEA- DAS DESCONFIANÇAS AO DIAGNÓSTICO

 Esta nova rubrica é extremamente importante para mim, pois aqui irei partilhar esta nova fase da nossa vida.

A partir do momento que há um diagnóstico deste tipo, surgem muitas dúvidas e nada melhor do que ter um local onde vou escrevendo tudo para poder consultar sempre que necessário. 

Além de ser uma ajuda para mim, acredito que possa ajudar outras pessoas na mesma situação. 

Estamos apenas no início, mas caminhando faremos o caminho.

O Gonçalo sempre foi uma criança com muita energia. Em bebé não parava quieto, passava o tempo a "pedalar" e a mexer os braços. Mesmo na gravidez, ele mexia-se muito. Na fase em que eu tinha de contar os movimentos, era frequente ele fazer todos os movimentos enquanto eu ainda estava na cama. Depressa percebi que não precisava de contar, pois se algum dia não houvesse movimentos eu perceberia facilmente. 

Quando começou a andar, aos 12 meses (não gatinhou) não parava. Não se sentava a brincar e preferia passar o dia a correr.

Era frequente perguntarem-nos se ele era hiperativo por passar tanto tempo a correr, mas sempre achámos que era normal. Era uma criança ativa, nada de mais.

Com a entrada na pré-escola começaram a ser notórias outras questões: a dificuldade em permanecer sentado, a necessidade de se levantar a meio de uma tarefa para correr, a impaciência para esperar pela sua vez, a dificuldade em aceitar ordens e também a dificuldade em interagir com os colegas, o nervosismo com situações novas/diferentes e o facto de falar para si mesmo.

A maioria destes aspetos eram notados por nós (à exceção da dificuldade em interagir com outras crianças e os medos), mas em ambiente familiar nunca achámos preocupante. Sempre pensámos que fosse pela questão de não estar habituado à rotina escolar e que fosse uma questão de tempo. 

O facto de falar para si, de repetir palavras ou frases dos desenhos animados,  pessoalmente achava um pouco estranho, mas como ele começou a falar tarde, sempre achei que fosse uma estratégia para dizer bem as palavras. Também achava que fosse passar.

A partir do momento que a educadora e a terapeuta da fala aconselharam uma consulta de desenvolvimento, obviamente que as preocupações aumentaram.

Das avaliações que me entregaram eu percebia que estavam a sugerir autismo (e depois ambas confirmaram-mo numa reunião), mas os sintomas pareciam-me também de hiperatividade e défice de atenção, embora eu soubesse pouco sobre o assunto.

Pesquisei sobre consultas de desenvolvimento em Setúbal, quais eram os médicos indicados para este tipo de diagnóstico e acabei por falar com a psicóloga de uma explicanda minha, que me recomendou a Dra. Ana Branco na clínica Consulped em Setúbal. 

A consulta foi marcada para um mês e meio depois, e durante esse tempo o comportamento do Gonçalo piorou muito na escola, o que nos fazia acreditar que algo não estava bem.

A primeira consulta demorou cerca de 45 minutos a 1 hora, e a Dra fez-nos várias perguntas, onde nós explicámos as nossas preocupações, onde eu partilhei as avaliações da educadora e da terapeuta da fala, e onde a dra. falou bastante com o Gonçalo. 

Logo nessa consulta disse acreditar mais numa perturbação de hiperatividade e defice de atenção do que no autismo, se bem que poderia haver autismo mas muito leve, que não seria relevante.

Prescreveu vários exames: análises clinicas, electrocardiograma, timpanograma, audiograma, e uma avaliação de pré-requisitos com uma terapeuta de psicomotricidade também da clínica. 

Esta avaliação de pré-requisitos seria importante para perceber se o Gonçalo estava apto para ingressar no 1° ano escolar. E percebemos que não, pois havia muita dificuldade em concentrar-se, o tempo de atenção era muito curto, havia muita conversa pelo meio, necessidade de se levantar, fazia vários exercícios a despachar, mostrava pouco interesse e muita despreocupação... 

Pedimos assim o adiamento, que foi justificado com os relatórios da terapeuta de psicomotricidade, da terapeuta da fala e da educadora de infância, e foi aceite.

No total foram feitas 5 ou 6 sessões (já não me recordo bem), mas a terapeuta fez um relatório sem a avaliação estar concluída para fazermos o pedido atempadamente.  Depois de mais 2 sessões completou então o relatório e entregou-nos também estratégias para lidarmos com as dificuldades do Gonçalo. 

Depois de todos os exames e de todas as sessões, foi altura de fazer a segunda consulta com a pediatra de desenvolvimento. 

Aqui chega-nos o diagnóstico de PHDA (Perturbaçãode Hiperatividade e Défice de Atenção), de características de personalidade da Perturbação do Espectro do Autismo (PEA) num grau leve, além de Perturbação da linguagem e da fala (por não dizer o "r"). A pediatra referiu que o mais preocupante no momento era a questão da fala e esta preocupação prende-se com a dificuldade que pode surgir na altura de aprender a ler e a escrever. 

A PHDA será cuidada através de medicação e de terapia de psicomotricidade, o que irá também ajudar na questão do autismo (que por ser leve passa despercebida para a maioria das pessoas, e há características que poderão permanecer ao longo da vida). E a questão da fala terá de ser vista por um terapeuta da fala.

De momento estamos a tentar que a terapia da fala seja feita na escola, tal como o acompanhamento psicológico que não foi referido na consulta, mas vem referido no relatório da Pediatra.

Portanto, para já, o Gonçalo está medicado e faz 2 sessões de psicomotricidade (é uma espécie de terapia ocupacional) por mês. 

Tudo o resto dependerá de vários fatores.

Além de tudo isto, o Gonçalo é abrangido por medidas de inclusão na escola, referentes ao decreto-lei n° 54/2018. De momento está com as medidas gerais, mas visto que já temos um diagnóstico vai ser requerido que tenha medidas específicas, de modo a ajudar nas suas dificuldades. 

Trocando por miúdos, de momento vai uma educadora de educação especial à escola, uma vez por semana, trabalhar com ele e com outros meninos. Com o Gonçalo, a educadora não trabalha diretamente, mas faz a articulação com a educadora do Gonçalo. 

Entretanto, esta educadora vai falar também com a terapeuta do Gonçalo, de modo a trabalharem todos na mesma direção, o que me parece extremamente importante! 

Tudo isto é possível e acontece porque há muito diálogo. Eu gosto de colocar todos os pontos nos "is", informo-me o máximo possível e quando tenho dúvidas, questiono! A comunicação é super importante!


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