sexta-feira, 19 de novembro de 2021

CONSULTA PEDIATRICA - 4 ANOS

 Esta semana fomos visitar a pediatra do Gonçalo. 

Se acompanham o blogue, sabem que o Gonçalo tem a mesma pediatra desde que nasceu, tal como a médica de família, que é minha médica há mais de 30 anos (oh Meu Deus, estou a ficar velha...).

Gostamos da pediatra, tem sido sempre muito acessível e o Gonçalo também sempre simpatizou com ela. 

No entanto, não temos estado sempre de acordo, e apesar de ver que faz sugestões mas respeita a nossa decisão, noto que tem havido sempre um certo "julgamento" ao facto do Gonçalo não estar no infantário. 

Parece-me que a Dra sempre achou que o facto dele estar com os avós era negativo e que nunca percebeu que o "estar em casa" e não no infantário, não significa que ele estivesse fechado num apartamento com 2 velhotes que não "puxam" por ele.

Claro que a questão do atraso na fala só veio apoiar esta ideia. 

E por muito que eu dissesse que ele convivia com crianças, que íamos ao parque, que era sociável, que faziamos brincadeiras didáticas, pareceu-me sempre que pairava uma grande dúvida por cima das nossas cabeças. 

Esta semana fomos então fazer a consulta dos 4 anos.

Na última consulta o Gonçalo ainda não falava nada perceptível para quem não tivesse contacto regular com ele. A Dra. não percebeu nada do que ele falou e sugeriu que ele tivesse 2 sessões de terapia da fala para que evoluisse mais.

Não veio a acontecer, pois ele de repente começou a falar e de dia para dia vemos evolução. 

Chegados à clínica, e o Gonçalo preparado psicologicamente para uma consulta onde a dra. iria ver os dentes, ouvidos, altura, pilinha, etc, entramos no consultório e a médica diz:

- Olá Gonçalo, estás bom?

Ao que ele responde:

- Olá. Quem és tu?

A partir daí foi só conversa, respondeu a todas as perguntas, manuseou um peão (coisa que ele nunca tinha visto) e que nos surpreendeu (a mim e ao meu marido) e a dra ficou satisfeita porque, segundo ela, cada vez mais há problemas de motricidade fina nestas idades e muitos miúdos não conseguem pôr o peão a rodar.

O rapaz falou das brincadeiras favoritas, sendo uma delas "cultivar com o avô no trator", falou dos animais que os avós têm,  que anda de bicicleta sem rodinhas, e quando foram para o exame físico, começou a falar do coração, "os meus pulmões estão a respirar bem e o meu "estogamo" está na minha barriga". 

Depois de tudo isto é que a Dra. perguntou se ele já estava no infantário, e quando eu disse que não e lhe expliquei as razões ela desvalorizou e disse que ele estava muito bem (coisa que antes ela referia ser muito importante, bla bla, bla, possivelmente por achar que o miúdo não convivia com ninguém e que era essa a razão do atraso na fala). Perguntou ainda se ele praticava desporto, pois estava muito desenvolvido fisicamente e eu respondi: 

- O desporto dele é correr e andar de bicicleta o dia todo! 

- E é muito bom, faz-lhe muito bem! -respondeu.

O rapaz cresceu 9 cm em pouco mais de 1 ano, aumentou 3 kg e continua acima do que é espectável na sua idade em termos de altura.

As únicas observações "negativas" foram o facto dele não dizer bem o "r" e de se distrair com alguma facilidade. Com a ressalva de que pode ser algo que passe com o tempo e de não ser motivo de preocupação para já. 

Em dezembro teremos uma consulta de oftalmologia pediátrica. Por um lado porque foi sugerido pela pediatra, pois é recomendavel nesta idade, por outro lado porque de vez em quando ele pisca muito os olhos. Deste modo vamos tirar as dúvidas com quem percebe do assunto.

Com a pediatra, se tudo correr bem, encontramo-nos para o ano!

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quinta-feira, 18 de novembro de 2021

MENOS TRABALHO, MAIS TEMPO LIVRE

 Neste ano letivo tive um decréscimo de trabalho na ordem dos 30%. E isto, obviamente, que equivale a um decréscimo também de rendimentos.

Notei logo no mês de Setembro, que costuma ser um mês de muita procura. Os pais querem que os filhos tenham boas notas, que recuperem das férias sem "pegar num livro" e que comecem o ano letivo já encaminhados. Este ano não foi tanto assim. 

Para os "da casa", sim, mas novos vieram pouquinhos. 

De inicio, claro que este facto me preocupou. Até porque alguns "da casa" também reduziram o horário. Vejo isto como alguma preocupação com a redução de despesas, que muitas famílias se viram obrigadas a fazer. Está tudo mais caro, é um facto, e as pessoas reduzem no que podem. E a explicação não costuma ser considerado um bem essencial, até porque para alguns pais o que interessa é passar de ano, e já vimos que cada vez é mais fácil passar-se de ano com pouco trabalho. Daqui a uns anos veremos o resultado de tanto facilitismo. 

Ora bem, eu, que passei uns anos difíceis há cerca de 10 anos, com falta de trabalho, não vejo isto de ânimo leve. Mas resolvi não me preocupar.

Primeiro, porque apesar do volume de trabalho ter reduzido e consequentemente o ordenado também, continuo a ter muito trabalhinho e o que ganho permite-me continuar a ter o mesmo estilo de vida. Se for necessário apertar um pouco o cinto (esta expressão remete-me logo para os anos de Paços Coelho e austeridade) apertaremos, pois claro. 

Mas ter menos trabalho também tem as suas vantagens. 

Primeiro dedico-me de outra forma ao trabalho que tenho. Consigo organizar-me melhor, gerir melhor o meu stress e o dos miúdos, há tempo para fazer coisas que habitualmente não tínhamos. Por exemplo alongar o corpo, ou fazer uma pequena meditação no final da explicação.  Algo que os ajuda a acalmar muito, e que é uma otima ferramenta para os dias de teste em que os nervos estão à flor da pele.

A verdade é que apesar do cansaço que sinto nas alturas de muito trabalho, neste momento também me sinto mais leve e mais produtiva. 

Além da dedicação ao trabalho ser diferente, também o tempo que tenho livre fora do trabalho tem sido ocupado de melhor forma. 

Por um lado fico com mais tempo e disposição para as tarefas domésticas. Sim, porque chegar a casa depois de várias horas a fazer cálculos matemáticos e ter de arrumar tralha, roupa, etc, não é propriamente fácil e agradável. 

Também aqui noto mais produtividade.

 Tenho conseguido melhorar alguns pontos na nossa casa. Já vos confessei que a minha relação com a casa não tem andado no seu melhor, mas tento sempre ir melhorando. Por isso tenho organizado mais coisas, alterado alguma decoração e feito umas coisinhas em macramé para darem um novo alento à casa.

O macramé é outro ponto que tem sido favorecido com a questão do tempo livre. Tenho aproveitado para fazer uns trabalho, e isto além de me entreter, ainda me ajuda na questão da criatividade, que é algo importante para mim e onde gosto de investir. Além disso, tenho recebido incentivo de algumas pessoas para fazer peças para venda. Não era o meu objetivo quando comecei, mas se posso ganhar uma renda extra com algo que me dá muito gosto fazer e que me faz muito bem, porque não? Junta-se o útil ao agradável. 

E depois vem tempo para a prática de yoga! Que bom ter tempo para o yoga. Pratico pelo menos 2 vezes por semana. Não é ainda a frequência que pretendo, mas está mais perto do que há 3 meses. E se não tivesse este tempo livre, de certeza que seria muito difícil manter uma regularidade. 

Concluíndo, o facto de ter menos trabalho poderia estar a tirar-me o sono e a preocupar-me muito, mas optei por ver o lado positivo desta questão. A vida é mesmo assim, nem sempre é possível termos tudo, portanto é bom termos jogo de cintura para nos adaptarmos.

Nota: Estive um mês sem escrever posts, mas já tenho alguns programados. Apareçam e comentem. Acreditem que os vossos comentários motivam-me muito, portanto não se acanhem. 😊


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