quinta-feira, 14 de maio de 2020

AUMENTO DE PESO - CONSEQUÊNCIAS DA QUARENTENA

A quarentena é o bode expiatório, não é? A culpa não é bem da quarentena, mas pronto...

Como falei num dos últimos posts, aumentei uns quilinhos nestes meses de quarentena. O problema, verdade seja dita, não são estes quilos, são estes juntos aos outros que aumentei depois de ser mãe.

Neste momento estou perto dos 80 quilos, sendo que tenho 1,77 m. O meu peso normal, antes de engravidar, rondava os 67, 68 quilos. Mantive-me nesse peso durante muitos anos, mas tive alturas de pesar 65, e até cheguei a pesar 63 há muitos anos (uns 12, talvez) numa altura em que ia ao ginásio todos os dias, comia pouco e vivia num stress constante no local de trabalho (pouco saudável, portanto).

Quando engravidei a primeira vez e correu mal (Podem ver neste post. O médico que me viu no dia do aborto, que me disse que não tinha batimentos, foi o médico que não detectou as anomalias na gravidez, do bebé sem rosto, em Setúbal!!!) refugiei-me muito no trabalho e não voltei a ter a rotina de exercício que era habitual.

Depois quando voltei a engravidar, estava um pouco acima do meu peso normal, mas nada de mais. Engordei 12 quilos na gravidez (cheguei aos 82), e ao fim de um ou dois meses do nascimento do Gonçalo, estava com 72. Tudo parecia bem encaminhado.

Ia fazendo algum exercício, algumas caminhadas, mas aquela rotina que tive noutros tempos, nunca mais voltei a ter. Há cerca de um ano que estava com 75 quilos, o peso que tinha com 4 meses de gravidez. Agora estou ali nos 78, 79.

Foram vários os fatores para este aumento de peso. Nas primeiras semanas de quarentena, fiz exercício quase todos os dias, estava entusiasmada com o facto de ter tempo. Mas em compensação também comecei a comer mais e pior, e aos poucos fui perdendo a vontade de fazer exercício.

- Comia imensos rebuçados, coisa que nunca foi hábito ter em casa. Quando digo imensos, eram mesmo imensos...

- Bebia café com açúcar. Há muitos anos que não coloco açúcar no café, mas com a quarentena e porque não havia promoções nas cápsulas de café, comprei café solúvel. E esse café só me sabia bem com açúcar. Passei de 2 ou 3 cafés por dia sem açúcar, para 2 ou 3 com açúcar.

- Fiz mais arroz doce (fiz e comi...) no 1° mês de quarentena do que num ano.

- O meu marido aprendeu a fazer pão, pão de leite e pipocas com caramelo (que são simplesmente viciantes).

- Bolachas com chocolate não têm faltado nesta quarentena. É habitual termos um pacote que dura algum tempo, agora tem sido demais. O cafezinho sabe-me bem com uma ou duas bolachinha, tenho fome como uma bolachinha, e assim se vai um pacote em 3 tempos.

Mesmo antes de me pesar percebi que estava a engordar, portanto comecei a ter algum cuidado para a coisa não avançar mais e começar a regredir.

- Primeiro cortei tudo o que não era hábito : não comprei mais rebuçados, deixei de colocar açúcar no café, pipocas e arroz doce só uma vez por semana, porque também não somos de ferro.
- As bolachas têm sido difíceis de abolir, mas tenho reduzido o consumo.

Depois tenho regressado a hábitos antigos, alguns muito simples mas que fazem muita diferença:

- Beber muita água.

- Usar creme hidratante depois do banho, todos os dias. É um cuidado que acho que faz muita diferença, a pele fica mais tonificada, é feita uma ligeira automassagem para aplicar o creme, que ao ser feita todos os dias ajuda a drenar um bocadinho, e nós apercebem-nos melhor das alterações do corpo.

- Tenho feito algum exercício. Não tem sido diário, mas para já não estou exigir isso de mim. Só que faça 3 vezes por semana já fico satisfeita.

- Depois do jantar faço questão de realizar muitas tarefas, para não ir cedo para o sofá. Sempre faço alguma atividade, estou sempre em movimento e não estou a vegetar no sofá. E no fim fica tudo limpinho e cheiroso, que também sabe bem.

- Tenho reduzido a quantidade do que como. Quando acabava a refeição sentia sempre que tinha comido além da conta, coisa que antes não fazia.

- Evito ao máximo comer depois do jantar. As tais bolachas e pipocas sabiam bem quando? À noite, no sofá a ver TV. Agora não tem acontecido, tenho feito mesmo um grande esforço por não andar a petiscar, pois sei que engorda, é desnecessário, não é saudável e depressa se transforma num hábito regular.

- Evito comer pão todos os dias ao pequeno almoço. Tenho optado por Iogurtes e fruta, batidos verdes e o pão com manteiga e o galão têm ficado para as exceções.

Sei que preciso de ter mais cuidado com o que como, não só por questões de peso, mas também, e principalmente, por questões de saúde. Nas últimas análises que fiz o colesterol, trigliceridos e glicemia estavam um pouco acima do normal. O que combinei com a minha médica era ter cuidado com a alimentação para não ter de fazer medicação. Agora, com o que tenho comido, acredito que os níveis não estejam melhores. Tinha consulta na semana passada, mas estão a cancelar as consultas de rotina por causa da pandemia. Só me resta ter cuidado e atenção ao que como.

Nunca fui de fazer dietas, nem é o que pretendo fazer. Pretendo mesmo cuidar da minha saúde como um todo.

Estou a precisar de alguma motivação para fazer exercício. Nunca me senti assim tão desmotivada, muito pelo contrário. Acredito que sejam estas circunstâncias todas a influenciar. De qualquer forma, se não faço mais exercício, que era o ideal, tento mexer-me de outras formas, nomeadamente com as tarefas domésticas.

Tendo consciência que tenho de ter alguns cuidados, acredito que aos poucos as coisas vão voltando ao normal e talvez com o calor (que teima em não chegar) a vontade de treinar seja maior.

Agora se me perguntarem se me sinto gorda ou feia com estes quilos a mais, digo-vos que não. A roupa continua a servir-me, embora um pouco mais justa, o que até fica melhor em certos casos. Onde noto mais que engordei é nas costas e braços. Tenho um belo lombo, neste momento! 😅 Mas independentemente disso, não quero continuar a engordar assim como quem não quer a coisa e depois andar desesperada por emagrecer daqui a uns anos. Percebem?

E vocês meninas, sentem que engordaram com a quarentena? Têm motivação para fazer exercício? Têm dicas?

O Gonçalo tem uma dica, aqui fica:
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terça-feira, 12 de maio de 2020

TER SAÚDE FINANCEIRA COMO TRABALHADOR INDEPENDENTE

Vivemos um momento de crise económica. Talvez o pior esteja para vir, mas não há como negar que passamos todos por algumas dificuldades.

Não é a primeira crise económica que vivemos nem será a última. A vida é cíclica e estas crises vão e voltam.

Lembro-me de outras épocas de crise económica quando era miúda, de ouvir em conversas de adultos, mas desde que comecei a trabalhar, depois de terminar a licenciatura, esta é a segunda que passo.

Na primeira não tinha estabilidade profissional (muito menos económica) trabalhava há poucos anos, sendo a maioria dos anos passados em estágios obrigatório, não remunerados ou mal pagos, e passei por várias dificuldades. Serviram-me para aprender muita coisa. E agora, apesar da instabilidade que também atravesso profissionalmente, de não saber muito bem o que me reservam os próximos meses, posso dizer que me sinto muito mais segura.

Como trabalhadora independente não tenho, nas alturas normais, as "regalias" que outros trabalhadores têm. Não há subsídios de alimentação, férias, Natal. Não há ordenado quando não há trabalho, etc. Mas isso faz parte, e é algo que temos de aprender a contornar. Contornando isso em alturas boas, será muito mais fácil ultrapassar fases de crise.

A melhor forma de ter uma vida profissional estável, é consequentemente saúde financeira, é valorizando o nosso trabalho. É tornar o nosso trabalho valioso ao ponto de outras pessoas disponibilizarem-se a pagar pelos nossos serviços.

A meu ver, o primeiro passo é evitar ser aquela pessoa que aceita fazer qualquer coisa.
Há que ter plena consciência das próprias capacidades e das limitações, e quando uma pessoa se predispõe a fazer vários trabalhos, acaba muitas vezes por não dar conta do recado, correndo o risco de ficar conhecido por aceitar fazer tudo e nunca terminar, ou por fazer mal feito.

"Trabalhe para que os seus clientes o procurem por ser o melhor e não o mais barato."

Depois é cobrar um preço justo, tanto para o trabalhador como para o cliente. É aqui muitas vezes a porca torce o rabo. Não é fácil saber o valor a cobrar e muitas vezes as pessoas cobram o que outros colegas de profissão cobram.

O cliente, em principio, não está a pagar só pelo nosso trabalho. É preciso calcular todos os gastos inerentes ao nosso trabalho para que o valor seja justo, e não se caia no erro de cobrar 6 e depois gastar meia dúzia.

Há uns anos fazia a depilação das sobrancelhas e do buço numa esteticista que usava a técnica da linha. Um dia uma amiga minha foi comigo para ver como era o processo e ver se lhe interessava também fazer. Quando saímos da esteticista, a minha amiga comentou mais ou menos o seguinte: "Já viste quanto é que ela ganha? Cobra 8 euros e vai ali aos chineses comprar a linha por 2. O lucro que ela tem... Não gasta quase nada em material. "
Este pensamento é típico, a questão é que a esteticista não estava a cobrar só pela linha que gastava. Para me arranjar o buço e as sobrancelhas o que é que ela usava? Tinha um espaço que tinha de pagar, tinha a luz do teto, a luz com lupa (não sei o nome técnico) para ver os detalhes, tinha uma marquesa com papel descartável, que mudava a cada cliente, tinha um creme calmante para colocar depois da depilação e teve de aprender a técnica para poder fazer a depilação com linha, que provavelmente lhe custou dinheiro. Isto foi o mínimo que ela usou para realizar aquele trabalho. Se pensarmos assim, o valor não era justo? Tudo o que a esteticista usou teve de ser pago. Obviamente que vai ser pago pelo cliente, pois caso contrário não valia de nada a pessoa trabalhar.

Quando se cobra um preço abaixo do que é justo, acaba-se a dizer coisas do género: "Para o que ganho está muito bom", " Para o que pagam já faço muito". Isto não é um bom presságio e é quase certo que o negócio assim não vinga.

Por último e não menos importante, fazer os seus descontos. Tenho visto muita gente a queixar-se de não ter ajudas por parte da segurança social nesta altura. Mas são pessoas que não fazem descontos. É certo que há muita gente a receber indevidamente, etc, etc, etc. Mas nós temos de nos precaver. Ter atividade aberta, passar faturas e pagar as suas contribuições, é uma forma de termos também algum apoio por parte do estado quando precisamos. Se queremos ter direitos temos de ter obrigações.

Ainda há as questões óbvias, que são importantes para trabalhadores independentes ou não.

Ser pontual, sério, de confiança, dar a cara quando erra, fazer aquilo a que se compromete. São características que, de certeza, não trarão problemas e serão muito úteis em tempos de crise.



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segunda-feira, 11 de maio de 2020

MUDANÇAS - COISAS DO COVID-19

Estes últimos dois meses têm sido, no mínimo, diferentes! Acho que é geral, mas noto que com a quarentena e o Covid-19 vieram também algumas mudanças, para além das óbvias.

- PRAZER EM LAVAR LOIÇA - Lavar a loiça nunca foi das minhas tarefas favoritas, muito pelo contrário. Sou casada há 10 anos e ainda não nos foi possível adquirir uma maquina de loiça por falta de espaço, portanto ao longo destes anos tenho tentado apreciar a tarefa. Uns dias mais, outros menos, mas a coisa vai. Quer goste muito ou pouco, é algo que não pode deixar de ser feito. Agora, dou por mim a gostar! É um momento que dá para ouvir alguns videos sobre assuntos que me interessam, o que me ajuda a despachar as coisas mais rápido e sem pensar que é algo menos prazeroso. Comecei a achar até um momento relaxante, pois vou limpando a loiça assim como quem limpa a alma e afasta o negativismo do momento que vivemos, vou aprendendo alguma coisa pela voz e experiência de outras pessoas e no fim a sensação de dever cumprido é muito boa. Fica tudo limpo, cheiroso,  organizado, pronto para ser utilizado e sujo de novo.

- DESINFEÇÃO DE COMPRAS E TUDO O QUE ENTRA EM CASA - Nunca na vida pensei, e acredito que a maioria das pessoas também não, que tivéssemos de desinfetar as compras assim que chegamos do supermercado. Sei de pessoas que não o fazem e acho isso muito estranho e, até irresponsável dadas as circunstâncias. Mas já dei por mim a pensar que este era um cuidado que já devíamos ter antes. Que lógica é que tem guardarmos um pacote de arroz, por exemplo, junto dos nossos alimentos sem o limpamos? Não sabemos quem mexeu, por onde andou. Não sabemos agora, nem nunca soubemos. Acho que é uma mudança que vai ficar.

- STOCK DE ÁLCOOL E ÁLCOOL GEL - Sempre comprei álcool para ter em casa e álcool gel para ter na mala. Principalmente desde que o Gonçalo nasceu, nunca deixei faltar. Em casa gosto de usar para limpar as mais variadas coisas, e na mala dá sempre jeito para desinfetar as nossas mãos e as dele. Agora só mudou a quantidade que compramos, e é muita!

- REPENSAR PRIORIDADES - Em tempos de crise temos sempre de repensar prioridades, não é? Mas agora noto que é algo diário, todos os dias temos de fazer opções a pensar na nossa segurança e saúde.

- ADIAMENTO DA IDA DO GONÇALO PARA O INFANTÁRIO - Era para ser em Setembro, no início do próximo ano letivo. Com o vírus e as incertezas inerentes, não nos sentimos seguros para o colocar no infantário. Para além da mudança que seria entrar para o infantário, ainda era uma mudança maior com todas as novas regras. Depois o receio de que fique doente... Enfim! Parece que só vai aos 4 anos. Confesso que me custa muito, porque ele está mesmo na fase de querer aprender coisas novas e de brincar com crianças, mas eles agora nem podem brincar uns com os outros, portanto vai continuar com os avós e a mãe!

- MUDANÇAS NO TRABALHO - Voltei ao trabalho na semana passada. Voltei com menos de 1/3 dos explicandos que tenho, e confesso que isso foi um alívio. Trabalho apenas 3 horas por semana, divididas por 2 dias. Fiz várias mudanças no espaço para que ficasse mais seguro. Temos uma zona suja logo à entrada, onde desinfetamos solas de sapatos e mãos e de onde os acompanhantes não podem passar. O uso de máscara é obrigatório, não há partilha de material, não há troca de lugares e as mãos são desifetadas várias vezes. No primeiro dia estava super nervosa e achei que as miúdas também. Eu até chorei antes de ir trabalhar, imaginem o estado de nervos. Mas a verdade é que acho que estas mudanças vieram para ficar e que temos mesmo de nos habituar. Todo o cuidado é pouco, com ou sem medo.

- COMPRAS QUINZENAIS - Antes ia ao supermercado semanalmente, mas agora opto por ir quinzenalmente. Optei por fazer assim porque fico um pouco stressada com as saídas. Mas acabo por demorar muito mais tempo e por ter muito mais trabalho. Por um lado é bom termos tudo em casa e não estar dependente das idas semanais ao supermercado, mas não sei se vou manter esta metodologia. Por agora só daqui a duas semanas terei de fazer compras, depois veremos.

- COMPRO PÃO PARA TODA A SEMANA - Antes iamos à mercearia diariamente comprar o pão. Agora encomendo é ao sábado vou buscar. Divido em doses diárias e congelo. Todos os dias vou descongelando o que é necessário. Não se estraga, não há faltas e não há idas desnecessárias à mercearia.

- AUMENTO DE PESO - No inicio da quarentena, quando eu achava que seriam apenas 2 semanas, relaxei em relação à alimentação.  "Ah, são duas semanas, vamos estar fechados, pelo menos que tenhamos algum alívio ". Passaram 2 semanas, 4, 6 e aqui a vossa amiga engordou 3 ou 4 quilos. Ontem pesei-me para confirmar, mas nem era preciso!
Para além da rotina ter mudado, de andar muito menos, a alimentação também mudou, e vou falar sobre isso noutro post. Me aguardem!!!



DICA DO GONÇALO:
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