terça-feira, 27 de março de 2018

DE VOLTA A HÁBITOS ANTIGOS

Há umas semanas andei um pouco desconfortável. Muito inchada, chegava à noite parecia um balão. Sentia-me mais ou menos como nos anúncios do iogurte ativia, estão a ver? E depois de dar um pouco de atenção ao assunto, verifiquei que a minha alimentação tem andado um pouco desiquilibrada.

Muitos dias não lanchava, ou lanchava umas quantas bolachas, bebia pouquíssima água, comia pouca fruta, poucos legumes e muito pão.

Andava também a variar pouco nas refeições, a comer mais carne que peixe, a comer muita proteína... tudo junto o resultado tinha de ser no mínimo o desconforto.

Resolvi então voltar a hábitos antigos, que fui perdendo na correria do dia-a-dia, na gravidez, na maternidade...

• Comecei por beber mais água. Ter sempre água comigo para bebericar ao longo do dia e beber logo de manhã em jejum, é uma grande ajuda.

• Voltei a beber chá verde. Deixei de bebe-lo depois de ter sofrido o aborto pois li que este chá em excesso pode provocar aborto. Não sei se é verdade ou não, nem nunca associei o meu caso ao chá, pois também não o consumia na altura da gravidez. Mas preferi ficar distante dele até voltar a engravidar, depois até o bebé nascer, depois até deixar de amamentar... até que me esqueci dele e dos seus benefícios. Agora bebo de vez em quando, pois também gosto de beber outros chás (camomila, tília, lúcia-lima, limão). O objetivo é voltar a ingerir líquidos numa quantidade saudável.

• Tenho pesquisado receitas simples, saborosas e saudáveis, para poder variar mais os nossos menus. A inspiração anda fraca, confesso!

• Comprei frutas e legumes, para se fazer uma alimentação rica em fruta e legumes há que tê-los em casa, e voltei aos batidos verdes (verde não significa detox). Por enquanto fiz poucos, mas é melhor que nada. Também quero fazer para o Gonçalo, mas tenho de tirar dúvidas com a pediatra sobre os legumes crus.


• Fiz gelatina de iogurte, que é algo que me faz matar o desejo por docinhos, mas que é saudável, fácil e barato.


• Tenho feito alguns exercícios localizados e posso dizer que voltei a sentir os abdominais.

• Comecei a pesquisar ginásios e estúdios de yoga e pilates para voltar a praticar de forma regular.

• Organizei a minha roupa de desporto e os meus ténis e, assim que a chuva der tréguas, quero dar umas caminhadas com o meu baby. Hoje, que esteve um belo dia, demos uma caminhada e cheguei a casa com uma cor rosadinha tão bonita!

• Comecei a tomar um suplemento vitamínico para mulheres, pois sentia-me muita cansada e achei que precisava de um empurrão. Não sei se é psicológico mas sinto-me melhor.

• Tenho evitado consumir tantos doces, fritos e pão. Andava a exagerar em todos!

Só com estas alterações já noto diferenças, pelo menos não me tenho sentido tão inchada e desconfortável. Sinto muita falta do exercício físico regular, há muitas postura de yoga que já não consigo fazer e isso deixa-me triste e com a sensação que estou perra! É incrível como o corpo se habitua aos estímulos que lhe damos, sejam bons ou maus!

O importante é fazermos alguma coisa quando nos sentimos menos bem. Às vezes nem é preciso muito e basta começar-se por uma pequena mudança, que tudo começa a fluir!
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terça-feira, 20 de março de 2018

ROTINA DOMÉSTICA COM BEBÉ

Há dias recebi um email de uma leitora/amiga a pedir dicas sobre organização doméstica com um bebé.

Primeiro devo dizer que desde que interiorizei que tudo é uma fase, as coisas correm muito melhor. O bebé acorda varias vezes durante a noite? Vai passar, é uma fase. Não consegues fazer nem metade das tarefas domesticas? Vai passar, é só uma fase. Sentes-te muito cansada? Também é uma fase, mas essa deve durar uns 15 aninhos... pelo menos...

Bem, primeiro acho importante ter em mente que o bebé veio para ficar e claro que tudo vai mudar. A casa estará desarrumada, haverá roupa para lavar e passar com muita frequência, as tarefas multiplicar-se-ão e será preciso muita organização e rotinas.

Desde cedo, percebi que tinha de ter uma rotina muito bem definida com o Gonçalo. Portanto a hora do banho costuma ser à noite, porque descansa melhor, as refeições são feitas na cozinha e à mesma hora das nossas, de manhã muda de roupa e não fica de pijama todo o dia, à noite, antes de ir para a cama, lavamos a cara e as mãos e colocamos creme hidratante, antes do banho fazemos a limpeza das narinas com soro fisiológico... ou seja, ele já sabe o que vem a seguir, porque geralmente seguimos sempre os mesmos passos.

Ter esta rotina, ajuda-me também a organizar a minha rotina, inclusive a rotina doméstica. Imaginem o que seria se hoje o banho fosse de manhã, amanhã à tarde, depois à noite, se as refeições fossem um dia num horário no outro dia noutro horário. Ainda há pouco vi um video de uma recém mamã, que dizia que comer passou a ser secundário e que comia onde dava, na cama, de pé, etc, isto porque o bebé passou a ser prioridade. Sinceramente acho desnecessário. O bebé claro que é prioridade, mas não devemos chegar ao ponto de não termos rotinas e mantermos hábitos saudáveis, alimentares e não só, pois isso também fará falta ao bebé.

Portanto sempre achei importante manter rotinas, incuti-las desde cedo ao Gonçalo, para que tudo funcionasse melhor.

Relativamente às tarefas em si:

1° Não dramatizo.
2° Todos os dias faço um pouco.
3° Não deixo acumular roupa para lavar ou passar.
4° Uso utensílios que facilitam a limpeza (toalhitas, mopa, detergentes bons...).
5° Na roupa do bebé uso detergente de bebé, porque os bons são mesmo bons e as nódoas saem com mais facilidade (gosto do skip ou chicco).
6° Arrumo os brinquedos várias vezes ao dia.
7° Aspiro a casa com muita frequência.
8° Lavo o chão praticamente todos os dias.
9° Arrumo objetos fora de lugar.
10° Faço as camas o mais cedo possível.
11° Destralho com frequência, principalmente roupa. A roupa do Gonçalo, à medida que vai deixando de servir, dou a um bebé mais novo. Já cheguei a vender na kid to kid, mas na altura não tinha a quem dar. Guardar eternamente é que está fora de questão, pelo menos tudo.
12° Cozinho mais quantidade para facilitar noutras refeições.
13° Sempre que alguém nos convida para jantar (pais e sogros) ou nos dizem que fizeram muita sopa e que podemos ir buscar para nós, não recuso. É uma grande ajuda!
14° Se a roupa não está suja, a nossa ou do Gonçalo, não a coloco logo para lavar, pois podemos voltar a usa-la. Facilita muito a tarefa de cuidados com a roupa.

Agora que tem chovido dias a fio, a tarefa da roupa nem sempre está facilitada. Assim, a roupa do Gonçalo levo para secar no secador da minha mãe, já que eu não tenho. E sigo sempre a premissa de não acumular. Quanto à restante roupa, quando não há forma de seca-la ao ar livre vou à lavandaria self-service. Não gosto de secar em casa, primeiro porque demora muito e a roupa fica com um cheiro estranho, depois porque não temos muito espaço e por fim porque contribui para a humidade interior e favorece o aparecimento de bolor.

Nestes dias de muita chuva, gosto de ligar o desumidificador para secar o chão depois de lavar e para secar a casa-de-banho depois do banho, que apesar de ter janela, com dias chuvosos nada seca.

Ou seja, o facto de realizar estas tarefas com regularidade ajuda-me a que sejam tarefas rápidas, já que não está tudo caótico. Uma vez por mês, levo um Gonçalo para uma das avós e faço uma limpeza mais profunda, que também vai ajudar na manutenção da casa.

Basicamente continua tudo como antes. Há sempre qualquer coisa para fazer, estar um dia sem fazer nada vai contribuir para que no seguinte haja mais para fazer. O objetivo é manter a casa limpa e organizada, mas não viver em função disso. Até porque os bebés crescem muito rápido e não dá para desperdiçar esse tempo a limpar a casa.

Com calma tudo se consegue, certo?
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quinta-feira, 8 de março de 2018

O PODER DA MAQUILHAGEM

A maquilhagem tem o poder de mover montanhas! Quem nunca viu videos nas redes sociais onde alguém com uma imagem normal, depois de muita maquilhagem bem feita fica com uma imagem fenomenal?

Há dias li um post num blog que nunca tinha visitado, sobre a maquilhagem e o mal que ela nos faz. Segundo a autora do blog, andamos todas a querer esconder alguma coisa com a maquilhagem e ficamos com a pele muito mais feia depois de nos maquilharmos e desmaquilharmos. Agredimos a pele tanto a colocar como a retirar a maquilhagem, gastamos tempo e dinheiro e no fim ainda ficamos com a pele feia.

Quando li, confesso que até concordei. A rapariga era persuasiva. E pensei mesmo que devíamos de voltar às origens e deixarmo-nos de tentar ser mais bonitinhas. Claro que não passou de um pensamento fugaz...

A maquilhagem faz mal à pele quando? Quando não é adequada ao tipo de pele. E hoje, felizmente, existem tantas marcas, formulas, preços... que é quase impossível errar. Se tens a pele oleosa, não convém usares uma base para pele seca. Se tens pele sensível o melhor é comprares maquilhagem na farmácia e escolheres produtos próprios para pele sensível.

E depois a desmaquilhagem, faz mal? O que faz mal é não desmaquilhar. E aqui também é preciso atenção ao tipo de pele e também ao tipo de maquilhagem. Se usas uma mascara de pestanas à prova de água, o melhor é usares um desmaquilhante próprio para maquilhagem à prova de água. Confesso que me faz confusão alguém esfregar a pele para desmaquilhar, ao ponto desta ficar feia. O óleo de coco, por exemplo, é um ótimo desmaquilhante. Basta colocar um pouco nos dedos, passar pelo rosto todo em movimentos circulares, para dissolver a maquilhagem, e passar uma toalha molhada para retirar o óleo e os produtos.
Depois lava-se o rosto com um produto adequado ao tipo de pele e já está.

Mais uma vez, acho que as mulheres são mazinhas entre si. Se eu não uso maquilhagem, tenho o direito de partir do princípio que quem usa o faz para esconder algo, ou porque não tem autoestima suficiente para andar na rua de cara lavada? E se eu gosto de me maquilhar, devo achar que quem não o faz é porque não se cuida? Por amor de Deus! Se queremos ser livres, somos livres de usar ou não, de usar muita ou pouca, bonita ou feia... só nos diz respeito a nós.

Eu, gosto de maquilhagem! Acho muito bonito, acho que a maquilhagem certa faz toda a diferença. Gosto de usar pouca, porque acho que muita me envelhece, porque também não tenho tempo nem paciência, e talvez porque não saiba usar muita. Gosto da maquilhagem discreta, mas gosto. Há dias em que não uso. Ora porque não tive tempo, ora porque não me apeteceu, mas a escolha é minha. Não é da sociedade ou das outras mulheres. Cada uma que decida por si.

E confesso, gosto muito mais de me ver com um niquinho de maquilhagem que seja, do que com nada.

Quando o Gonçalo nasceu, os primeiros fins de semana foram de muitas visitas, como é normal. Mas o marido de uma amiga, assim que me viu, disse: "Sempre bem em qualquer situação." Não sei exatamente ao que se referia, mas associei à pouquissima maquilhagem que tinha, pois era o suficiente para me deixar com um ar mais acordado. 😉

E vocês, o que acham do assunto? Cada uma que decida como se sente melhor, sim ou não?


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terça-feira, 6 de março de 2018

SEGUNDO LIVRO DO ANO

Na verdade é o terceiro. Mas o segundo é para ir lendo, pois tem a ver com as várias fases de desenvolvimento das crianças, portanto considero este o segundo.

Mantive-me no tema da felicidade, mas virei-me para a Dinamarca.


O objetivo deste livro é mostrar-nos formas de encontrar a felicidade, dando exemplos de como isso é feito em vários países. Por exemplo, Portugal está em primeiro nos países de pais mais felizes. Parece que existem vários estudos que indicam que quem tem filhos é mais infeliz. Nos somos diferentes porque existe, em geral claro, um grande apoio familiar, nomeadamente dos avós. O que contribui para sermos pais mais descontraídos pois sabemos que temos sempre o apoio dos nossos pais. Fantástico, não é?

O livro divide-se nos seguintes capítulos:
- A caça ao tesouro
- Como medir a felicidade?
- Convívio
- Dinheiro
- Saúde
- Liberdade
- Confiança
- Bondade
- Encaixar as peças

Houve algumas partes que me despertaram mais atenção e são essas que vou partilhar convosco.

No capitulo do convívio gostei destas frases, talvez por ser também o que penso:

 " (...) a riqueza não se mede pelo volume da conta bancária, mas pela robustez dos laços, a saúde dos entes queridos e o nível de gratidão que sentimos. De que a felicidade não decorre do automóvel maior, mas de saber que fazemos parte de algo maior do que nós  - parte da comunidade - e que estamos juntos nisto."

"(...) as pessoas mais felizes têm com quem contar em alturas de necessidade."

Em relação ao dinheiro, que é sempre algo associado à felicidade, ora para o bem ora para o mal:


" Um rendimento doméstico mais alto geralmente traduz-se na melhoria de condições de vida dos pobres - e, por seu turno, na felicidade do povo."

"(...) quando o dinheiro significa que se pode comprar comida, ter um teto em cima da cabeça e sustentar os filhos, então, tem o poder de transformar miséria em felicidade."

"(...) gastamos dinheiro que não temos para comprar coisas de que não precisamos para impressionar pessoas de quem nem gostamos."

"(...) se gastarmos dinheiro em coisas de que não precisamos para impressionar os outros, não ficaremos mais perto da felicidade, apenas nos metemos numa corrida às armas."


No capítulo da saúde são dadas 10 dicas para se caminhar mais.


No capítulo da liberdade fala-se, por exemplo, do equilíbrio entre a vida e o trabalho. É onde nós, portugueses, aparecemos em primeiro como os pais mais felizes dos países da OCDE. No entanto, estamos para lá do meio da tabela nos países onde existe maior equilíbrio entre vida familiar e trabalho. E aqui lê-se:

"Cinquenta e duas semanas de licença para cada filho concedidas pelo estado, e podem dividir-se entre pai e mãe (...) mesmo quando desempregado, recebe-se por volta de 18 mil coroas dinamarquesas (cerca de 2400 euros) por mês do Estado. Os jardins de infância também são subsidiados, o que desce o custo para os pais em cerca de 330 euros por mês para cada filho."

Neste capítulo fala-se ainda do trabalho por conta própria, onde eu me insiro.

"(...) os trabalhadores por conta própria estão pior em muitos aspetos, incluindo vencimento, horas de trabalho e segurança no emprego, mas mesmo assim, costumam registar níveis mais altos de satisfação geral (...)"

"(...) por conta própria trabalha-se mais horas (...) quem trabalha por conta própria é mais otimista (...) os empresários têm mais sentido de finalidade, de percurso de vida (...) mais liberdade e oportunidade de ser patrão de si próprio são fontes de felicidade no trabalho e fora dele. Os empresários quase nunca têm tempo livre suficiente, mas sentem mais liberdade: a liberdade de concretizar uma paixão; a liberdade de recusar um cliente; a liberdade de calendarizar o trabalho obviando às necessidades da família."

A seguir temos o capitulo da confiança. Estamos quase no fim na tabela no que toca a confiar nos outros...

Ainda neste capítulo fala-se de educar para a felicidade.


" O sistema educativo dinamarquês dá prioridade ao ensino da empatia, e as crianças costumam trabalhar em grupo - coisa que têm de aprender para gerir o emprego futuro, mas no qual também aprendem aptidões sociais e o valor da cooperação."

"(...) há provas que sustentam a noção de que o ensino da empatia reduz o bullying."

É um livro leve de se ler. Gostei das dicas, e acho piada às diferenças de país para país. Podemos sempre aprender uns com os outros. 😊


E por aí, alguém leu o livro do Lykke?



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