quinta-feira, 30 de agosto de 2018

ORÇAMENTO ANUAL

Há muito que organizo as nossas finanças de forma metódica. Comecei a faze-lo com mais atenção precisamente numa altura mais difícil, em que fiquei sem trabalho e com poucos rendimentos.

Este hábito tem-nos poupado muitos dissabores e apesar de não termos a estabilidade financeira que gostaríamos (quase ninguém tem, certo?), temos a estabilidade suficiente para não andar com a corda na garganta.

Como sabem trabalho por conta própria. Apesar de todas as vantagens que isso acarreta, a minha liberdade laboral não me dá subsídios de alimentação, férias ou Natal. E ainda tenho 3 meses do ano em que o trabalho reduz significativamente, o que provoca também uma redução nos ganhos. Se não trabalho, não ganho.

Independentemente de ganhar ou não, temos despesas como toda a gente. E somos pessoas que gostam de cumprir com os seus compromissos atempadamente, portanto é mesmo necessária muita organização e uma boa gestão financeira.

O orçamento anual ajuda-nos a ter noção de todo o dinheiro que gastamos, de todas as despesas que se repetem todos os anos. E ajuda-nos também a ter controlo, ou seja, não temos meses de gastar à grande e à francesa e outros de andarmos a contar os tostões. Mais ou menos, as coisas vão sendo sempre iguais, estão a ver?

Para que as coisas corram bem nos meses de pouco trabalho, tenho de colocar de parte o valor das despesas fixas. Assim, calculo esse valor e divido-o por 9 meses (os meses de trabalho regular). Durante esses 9 meses vou colocando de parte o correspondente a esse valor, para que chegados os meses de menos rendimentos tenha garantias de conseguir fazer face às despesas.

Para além destas despesas mensais, existem outras. Por exemplo com os automóveis. Temos 2 automóveis, são 2 seguros, 2 inspeções, 2 impostos de circulação, e 2 manutenções (pelo menos). Os dois carros são do mesmo mês, então se pensássemos nestas despesas só neste mês, seria um caos. Primeiro deixámos de pagar os seguros anualmente. Apesar de ficarem ligeiramente mais caros, mensalmente fica mais fácil. Todos os meses as seguradoras debitam os valores correspondentes e ninguém se chateia. Depois as outras despesas também são parceladas e colocadas de parte para que na altura devida seja tudo pago sem angústias.

É claro que é um esforço que fazemos. Não somos pessoas de jantar fora muitas vezes, não saimos muito, não compramos muito, não damos muitos presentes, enfim, temos uma vidinha chata... 😆 Mas é uma chatice que nos deixa dormir descansados, que nos permite fazer umas feriazinhas todos os anos, que nos permite tranquilidade e que mesmo que tenhamos um
imprevisto conseguimos fazer-lhe frente sem depender de terceiros.

Também acontece sermos criticados. Sim, porque como não explicamos o porquê das nossas decisões, temos amigos que nos acham forretas ou coisas do género. Mas não nos importamos. Cada um sabe da sua vida (ou não).

Depois temos o orçamento mensal, e claro que estão ligados. Nem sei qual faço primeiro, mas um não vive sem o outro.

Estes orçamentos são feitos na minha agenda de papel, à moda antiga. Gosto assim, corre bem, por isso não me preocupo em mudar. Mas existem aplicações e aplicações para este efeito, portanto só não se organiza quem não quer.

E vocês, gostam de organizar as vossas finanças? Como o fazem, querem partilhar?
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segunda-feira, 27 de agosto de 2018

ORGANIZAÇÃO DA CASA - PARA UM SETEMBRO ORGANIZADO


Aproximamo-nos a passos largos de setembro. E setembro é um mês de recomeços. Para quem tem filhos em idade escolar, ou trabalha com o ano escolar, ou regressa ao trabalho depois das férias, setembro torna-se sem duvida o novo janeiro.

É uma altura que gosto muito e vejo-a exatamente como um recomeço. Por isso gosto de iniciar este novo ciclo com tudo organizado. A organização torna a vida mais fácil. Perdemos menos tempo a procurar objetos, perdemos menos tempo a limpar, poupamos dinheiro... enfim, ganhamos anos de vida com a
organização.

O problema muitas vezes é começar. É normal confundirmos arrumação com organização. Um espaço arrumado é um espaço limpo, onde não vemos objetos espalhados, tudo parece perfeito. Mas um espaço organizado, é um espaço onde tudo tem um lugar, onde as pessoas guardam cada coisa no seu espaço, onde objetos da mesma família encontram-se juntos, onde não está tralha em cima de tralha escondida em caixas e caixinhas. Um espaço organizado é muito mais fácil de arrumar.

Para mim, organizar é um processo para a vida. Não acho possível organizar-se uma vez e nunca mais se pensar no assunto. Portanto vejo-me muitas vezes a organizar, ou melhor, a reorganizar a minha casa.

Por onde vou começar para entrar em setembro com tudo organizado?

Bem, tenho dois calcanhares de Aquiles. A roupa e a cozinha. São duas "coisas" que precisam de ser reorganizadas com muita frequência e que ao mínimo descuido ficam caóticas. Portanto começo sempre por uma ou por outra.

1 - COMEÇO PELO QUE MAIS ME INCOMODA - E neste momento é precisamente a cozinha. Preciso de dar uma boa limpeza no interior dos armários, organizar as coisas de outra forma, mudar algumas coisas de lugar e desfazer-me de outras. Também gostava de pintar a cozinha nesta semana, vamos ver o que consigo fazer.

2 - DESFAÇO-ME DO QUE NÃO USO - Sabem aquelas coisas que não usamos, não gostamos, não tencionamos usar e estão ali sempre a olhar para nós? Essas coisas podem ser descartadas. Depois há outras que estão mais disfarçadas, guardadas, etc. Essas também devem ir, mas para já podem esperar.

3 - FAÇO ESQUEMAS E LISTAS - Depois de organizar e limpar a cozinha, lá vou para a roupa. E aqui gosto de fazer esquemas dos armários que temos. Listo toda a roupa que quero reorganizar, cama, desporto, caça, etc, etc. E depois faço esquemas, numa gaveta fica x, noutra y e por aí. Assim não perco tanto tempo a pensar como vou arrumar tudo.

4 - ORGANIZO CONSOANTE O TEMPO DISPONÍVEL - Nesta semana vou ter 2 dias livres que quero aproveitar para estas limpezas e organizações, o que não é assim tanto tempo. Portanto tenho de priorizar e o que não conseguir fazer agora, vou fazendo aos poucos conforme a disponibilidade. Regra geral à noite, quando o Gonçalo já dorme, vou fazendo qualquer coisa. Ontem por exemplo destralhei os meus produtos de beleza e a maquilhagem. Fiquei só com o que uso e que está dentro do seu tempo útil de vida. Depois foi só arrumar. Não demorei 30 minutos e ficou tudo muito melhor.
Hoje aproveitei para separar a roupa que o Gonçalo já não usa, ganhei mais espaço, arrumei melhor outras peças de roupa e vi o que tem que lhe serve para o outono, para não comprar coisas desnecessárias na nova estação.

Há mais trabalho pela frente para o meu setembro começar em grande, mas isso fica para outro post, pode ser? 😊
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domingo, 19 de agosto de 2018

HIGIENE, ROUPA E ALIMENTAÇÃO DO GONÇALO

Este post está super atrasado. Já recebi alguns pedidos, algumas perguntas sobre os locais onde compro roupa e calçado para o Gonçalo, os produtos de higiene, a alimentação, etc. Hoje vou falar-vos sobre isso.

HIGIÉNE

CHAMPÔ E GEL DE BANHO: Prefiro comprar na farmácia ou parafarmacia, pois até à data os que usei de supermercado não deixavam o cabelo brilhante e secavam-lhe um pouco a pele. O único produto que não me importo de comprar no supermercado é o hidratante, por incrível que pareça, pois como o gel de banho é hidratante, o creme já pode ser mais leve. Prefiro gel de banho e champô num único produto, pois acho muito mais prático e compensatório em termos de valor. Não tenho nenhum preferido, mas até agora usamos Chicco, Uriage e neste momento o Gonçalo usa este da Bioderma, tem 1 litro, portanto vai durar muito e, custou menos de 15€ na well's (estava em promoção quando o comprei).

HIDRATANTE: O hidratante é da Corine de Farme, custa cerca de 5€ no supermercado, é para pele sensível e até à data tem corrido bem.

FRALDAS - Opto por marca branca, e já expliquei porquê neste post. De momento as que prefiro são do jumbo pela relação qualidade/preço.

CREME PARA ASSADURAS - Felizmente o Gonçalo nunca teve assaduras. Durante muito tempo usei pasta de água Lutsine, por sugestão da pediatra. Mas por minha iniciativa há uns bons meses comecei a usar Halibut Derma muda fraldas, que é mais barato na wells, e acho ótimo. Sempre que ele tem alguma borbulha no rosto, ou noutra zona, também coloco halibut e tem sido muito bom. No inverno é o seu hidratante facial.

LIMPEZA MUDA FRALDAS - evito usar toalhitas, apesar de usar muito pela praticidade, mas prefiro usar um disco (daqueles grandes de bebé) com água de limpeza (já usei Uriage, mas de momento é Klorane) ou linimento Halibut.

ROUPA

ROUPA INTERIOR: Gosto muito de comprar no jumbo. Compro bodies, meias, colans, pijamas... O algodão é bom e o preço é muito acessível. Por exemplo, já comprei pijamas (tipo babygraw de verão e de inverno) por 3,95€, compro conjuntos de 7 bodies por 9,90€, conjuntos de meias em que cada par fica por menos de 0,50€. Não consigo esses preços noutras lojas e sinceramente não vejo necessidade de gastar mais, já que são coisas que se "perdem" rapidamente.

ROUPA DE EXTERIOR: A minha loja favorita é a H&M. Gosto das roupas em si, não acho demasiado cara e algo muito importante, são os tamanhos. Consigo comprar roupa para a idade dele e não existe o problema de comprar uma coisa para 12/18 meses que fica boa e outra para a mesma idade que fica apertada ou enorme. Este pequeno pormenor, faz-me evitar comprar roupa na MO (que compro, mas menos vezes) e na Lefties, que tem roupa gira e barata, mas depois os tamanhos tiram-me do sério. Nada bate certo.
Também compro muitos básicos no jumbo pelo mesmo motivo dos interiores. Por exemplo, comprei t-shirts e calções fresquinhos para o verão por 2,50€, e alguns por 1,79€... isto deixa qualquer mãe feliz, não deixa?

CALÇADO - Na questão dos sapatos sou muuuuito mais exigente. Acho importante o bom apoio e o conforto. Antes de começar a andar, não me preocupava muito e comprava o que gostava. Os primeiros ténis a sério, foram uns Stan Smith da Adidas, mas nesta altura só se segurava pouco tempo de pé. Quando começou a dar uns passinhos, comprei uns ténis Chicco da linha primeiros passos. Acho que foram essências para ele começar a andar bem, pois notei muita diferença na forma como se segurava de pé sozinho. Duraram pouco tempo, pois o pé cresceu imenso nessa fase. Por enquanto mantemo-nos no calçado Chicco, mas confesso que gosto muito dos ténis branquinhos, acho que dão muita pinta ao look! 😉

ALIMENTAÇÃO 

Neste momento, a alimentação do Gonçalo não é um problema. Ele já come tudo, não tem nenhuma alergia ou intolerância e como a nossa alimentação é saudável e variada, ele come o mesmo que nós. Come muita fruta e muitos legumes da horta do avô, peixinho apanhado pelo pai (e algum comprado no mercado 😉), carne comprada no talho de confiança da família.

Desde os 8 meses e meio (quando deixei de amamentar) até aos 15 meses, bebeu leite Nan, foi do 1 ao 4. Aproveitei sempre as promoções, pois estes leites ficam caros. Mas havia sempre promoções num supermercado ou no outro e também na well's. Aos 15 meses começou a beber leitinho de vaca meio gordo, normal, sem ser daqueles para 1 ano... Eu até pensava que me iam recomendar esses, mas não. São muito doces e os bebés depois não querem leite com sabor a leite. Gosto de comprar Terra Nostra, porque era o meu favorito antes de beber leite sem lactose, e também porque diz que vem de vaquinhas alimentadas no exterior, com erva fresquinha... Não sei se é verdade, hoje em dia tudo é suspeito, mas pelo sim pelo não, opto por este. Também aqui aproveito muito as promoções, pois é um alimento que consome muito e se há boas oportunidades, há que aproveita-las.

Os iogurtes também são normais, nada de danoninhos e coisas do género,  mais uma vez pela quantidade de açúcar. Mas estes só comecei a dar por volta dos 14 meses, antes dava Iogolino por causa do leite de transição (sugestão de uma pediatra que estava a substituir a do Gonçalo). Normalmente compro Mimosa, pois não são muito doces e gosto da textura. Se gosto para mim, também gosto para ele.

As papas são uma coisa rara. Devo dar-lhe no maximo uma vez por semana. Quando era mais pequeno, comprava Nutribén por ser a que tem menos açúcar (segundo a pediatra), mas agora como ele já não come tanto, compro Cerelac, normalmente de fruta. Todas elas, são sempre lácteas, ou seja, para preparar com água pois já têm leite na sua fórmula. Acho que compensa mais e, como o Gonçalo nunca teve nenhum problema com leites, não havia necessidade de preparar a papa com o seu leite.

E se se perguntam o que come nas refeições principais: normalmente come o mesmo que nós. Reduzi o sal, deixei de colocar picantes e só quando cozinho alguma coisa com natas, ou algo frito, é que faço algo à parte para o Gonçalo. No entanto, ele quer sempre comer a nossa comida, por isso nada de lhe dar sopa enquanto comemos algo que lhe pareça mais interessante. Temos de comer todos o mesmo para a coisa correr bem.

E vocês, têm preferências ou truques de poupança que queiram partilhar?





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quinta-feira, 2 de agosto de 2018

VALORIZA O TEU TRABALHO

Há uns dias estive com a mãe de uma amiga que me perguntou, em jeito de afirmação, se eu não trabalhava. Quando respondi que sim, que dou explicações, vi um olhar de pena e seguiu-se a afirmação "pois, sempre vais ganhando qualquer coisinha, não é?".

Já ouvi esta pergunta/afirmação vezes sem conta. É algo que me irrita um pouco, o "vais ganhando qualquer coisinha", como se eu não tivesse valor para ganhar um ordenado digno de um bom profissional.

O facto de trabalhar em casa também é mal visto, pois as pessoas ainda acham que trabalhar em casa é sinónimo de trabalhar pouco, de ganhar mal, de fugir aos descontos e responsabilidades sociais. É algo que tenho feito questão de mostrar não ser assim.

Depois do comentário da mãe da minha amiga eu respondi que não vou ganhando qualquer coisinha, que ganho um ordenado como outra pessoa, pois também trabalho e faço descontos como outra pessoa.

Eu sou arquiteta. Formei-me há 12 anos. Trabalhei para outros arquitetos, tive a minha empresa, trabalhei como freelancer e fartei-me de tanto trabalho pouco reconhecido, mal pago e pago a más horas... Os meus últimos patrões, onde deixei de trabalhar em 2010, ainda me devem 1500€. Claro que já desisti de recebe-los. Chateei-me ao ponto de decidir deixar de exercer. Ainda exerço. Pouco, muito pouco. Mas é a um nível muito baixo, tanto que já nem me considero arquiteta.

Se eu disser que sou arquiteta, as pessoas olham-me de uma forma. Se disser que sou explicadora, olham-me de outra. É "bonito" ser-se arquiteto, mas na altura do vamos ver, do pagar, do contratar um arquiteto para fazer um projeto/obra como deve ser, ninguém quer pagar o devido. Ou ainda dizem: "Pagar a um arquiteto para quê, se eu também sei fazer?". Afinal de contas, todos nós somos arquitetos, médicos e treinadores de futebol...

As pessoas gostam de desvalorizar o trabalho dos outros, mas muitas vezes isso acontece porque nós permitimos. Eu não tenho vergonha de ser mais explicadora e menos arquiteta. A partir do momento que me levanto da cama com vontade de trabalhar, significa que estou no caminho certo. Não o faço porque não tenho mais nada ou para ganhar qualquer coisinha. Faço-o porque vejo bons resultados e porque reconheço o meu valor.

Acho importante reconhecermos o nosso valor como profissionais, seja qual for a área. Todos somos bons a fazer alguma coisa e há sempre alguém melhor, ou alguém pior que nós. Mas devemos valorizar aquilo que fazemos, tentando sempre evoluir e melhorar.

O sucesso não pode ser visto apenas pelo dinheiro. Uma boa carreira profissional não é só aquela em que a pessoa entra cedo e sai tarde do trabalho, aquela que tem sempre muito para fazer em pouco tempo, aquela que tem superiores e subalternos...

Há muita coisa para se fazer neste mundo. E há gente feliz e realizada a dar explicações! 😆


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