quarta-feira, 29 de abril de 2020

ROTINA DE CABELOS

Nos últimos anos tenho procurado simplificar a minha rotina de cabelos. Em tempos tive o cabelo muito comprido e sei bem a trabalheira e despesa que era. Agora quero coisas simples, que funcionem e de preferência sem gastar muito dinheiro.


A minha rotina é muito simples e divide-se basicamente em 4 partes: cortar e pintar, lavagem, pós-lavagem e secagem.

- CORTAR E PINTAR: São cuidados mensais, regra geral faço-os de 4 em 4 semanas, ou no máximo de 6 em 6. Depende do crescimento. (Agora está a precisar de corte, mas vou esperar mais um pouco... Já lá vão 2 meses sem ver a tesoura e a máquina). Cortar, faço-o na cabeleireira mas pinto em casa. Há muito que não pinto no salão. Demora muito tempo e em casa fica muito mais barato. Prefiro tintas sem amoníaco (nem todos os salões têm), mas ultimamente não tenho encontrado a cor que gosto nessas tintas, portanto tenho comprado uma da Garnier no supermercado. Gosto muito e o defeito é mesmo ter amoníaco.


- LAVAGEM: Costumava lavar dia sim dia não, desde que estamos de quarentena lavo de 2 em 2 dias. Se achar que está um pouco oleoso uso Champô seco, ajuda a controlar a oleosidade e tem um aroma agradável.


Para lavar uso Champô para cabelos pintados. Não tenho preferência por marcas, o único requisito é mesmo ser para cabelos pintados.

Há cerca de um ano deixei de usar máscara, amaciador ou condicionador. Não tenho sentido necessidade e quando o cabelo está mais seco (coisa que tem acontecido muito menos precisamente desde que deixei de usar máscara e afins) aplico óleo de côco. À noite aplico no cabelo todo e de manhã lavo bem. Fica ótimo.

De momento uso um Vinagre da Yves Rocher para usar depois do Champô. É muito bom, cheira bem e o cabelo fica macio. Mas quando não tenho este Vinagre, uso Vinagre de maçã diluído em água. Faz as vezes do amaciador, sem deixar o cabelo pesado ou oleoso, e ainda o deixa brilhante.

Nas últimas semanas, tenho misturado umas gotas de óleo de rícino no Champô quando lavo o cabelo. Este óleo é conhecido por fortalecer o cabelo e ajudar no crescimento. Não que queira deixar crescer o cabelo, mas ter uma cabelo forte e saudável é sempre bom. Além destes benefícios também hidrata (só umas gotas, em exagero fica oleoso).


- PÓS-LAVAGEM: Depois da lavagem aplico sempre um protetor de calor (serum fortificante antiquebra, Yves rocher). Apenas um pump chega para o meu cabelo. Depois seco-o e aplico um óleo para as pontas. Estes produtos duram-me imenso tempo, primeiro porque uso pouquíssima quantidade de cada vez e depois porque só uso nos dias em que lavo o cabelo.


- SECAGEM: Todos os dias seco o cabelo com secador. Nos dias de lavagem tem mesmo de ser, e nos outros dou uma secagem só para o controlar. O meu secador tem uns 8 ou 9 anos. Já está com um pouco de mau aspeto, mas ainda funciona muito bem. Gosto muito dos electrodomésticos da Rowenta.

Depois, nos dias de lavagem, passo a prancha só para ficar lisinho e controlado. Comprei esta há pouco tempo, foi muito baratinha e como tenho o cabelo curto chega para o que pretendo, mas acho que para um cabelo comprido ou grosso seja fraquinha.


Agora deixo-vos os links dos produtos que uso sempre:

Serum fortificante antiquebra, Yves Rocher (página 94)
Vinagre de Brilho, Yves Rocher (página 98)
Coloração de cabelo, Nutrisse Garnier
Serum capilar, Cosmia
Champô seco, Cosmia
Alisador de cabelo

O secador é antigo, já se encontram modelos mais atuais. E o óleo de Ricino não encontrei o link no site da wells, que foi onde comprei e é mesmo da marca da wells.

Usam algum destes produtos? Têm alguma sugestão? 😊
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quarta-feira, 22 de abril de 2020

DESTRALHES DA QUARENTENA

Assim que ficámos em casa, no meio de Março, comecei as limpezas nos roupeiros. Parecia que a Primavera estava a chegar, portanto fazia todo o sentido ir arrumando, limpando e destralhando alguns itens.

O entusiasmo era muito, estávamos no início, e correu muito bem. Fui bastante assertiva e decidida, não fiquei com roupa que não usava e tentei ao máximo fugir do cliché de guardar para usar em casa, ou para fazer exercício.

O espaço que temos não é muito, não gosto de ter os armários muito cheios ao ponto de nem perceber o que tenho, portanto destralhar faz muito sentido para mim.

Roupa destralhada

Normalmente junto tudo e levo para a H&M, que faz uma selecção das peças doando o bom e reciclando o que está em mau estado (é de onde vêm os tecidos para a linha conscious).

Só dou algumas roupas do Gonçalo, se estiverem mesmo em bom estado e a pessoas que conheço. O destralhamento do ano passado, do Gonçalo, doei a roupa a uma prima minha que tem um filho mais velho que o Gonçalo 2 meses. Mas o Gonçalo é maior, portanto a roupa dele e o calçado vai ficando para o meu primo. Este ano não tinha nada de qualidade, estava tudo muito gasto e além disso acho que também não serviria ao meu primo.

Como não podia ir à H&M, também não fazia sentido guardar nada para o meu primo coloquei tudo naqueles contentores de roupa. O que estava em muito mau estado coloquei mesmo no lixo, porque acho que não serviria para ninguém.

A minha roupa e a do Gonçalo foi destralhada. Falta a do meu marido, que é sempre mais difícil.

Depois deste destralhe perdi um bocadinho o entusiasmo, mas assisti a uma live da Thais Godinho no YouTube e resolvi voltar ao ataque. Desta vez escolhi a cozinha. Sabia que tinha imensa coisa que não usava e que estava a ocupar muito espaço. Mais uma vez, o espaço não é muito, logo não tem lógica termos coisas que só são usadas muito raramente.

Comecei por retirar tudo do armário inferior (Ainda bem que o fiz, porque tínhamos uma infiltração, que assim foi logo resolvida) que era onde estava literalmente a tralha.

Joguei pouca coisa fora, e foi mesmo por estar em mau estado e não servir para nada nem ninguém. Lavei tudo e separei a maioria das coisas para a minha mãe (até porque foram compradas por ela para o meu enxoval).

- alguidares pequenos,
- pirex grande com base para a mesa (em 10 anos acho que usei-o 2 vezes)
- formas de bolo (uma de buraco e outra de bolo inglês, e aqui a vossa amiga não é grande "boleira")
- formas individuais de queques,
- assador de chouriço,
- caixas de plástico,
- saladeira,
- açucareiro.

Fiquei com muito mais espaço e consigo ver tudo o que está ali guardado. Tinha o fondue de carne e o de chocolate também guardados neste móvel, mas resolvi guardá-los noutro local. São 2 itens que raramente usamos, mas gostamos de ter e, mesmo de vez em quando sabe bem fazer.

Aproveitei ainda para destralhar louças de bebé do Gonçalo. Os biberões, pratos de plástico e outras coisas do género vão também para a minha mãe. Não para serem guardados, mas para ela reaproveitar para bricolages. A minha mãe de coisas velhas faz coisas novas, de certeza que arranjará utilidade para estas coisas.

Há ainda outros itens que tenho de destralhar na cozinha. Mas estes eram os mais urgentes, portanto estou muito mais aliviada.

Entretanto aproveitei o entusiasmo e estou a fazer uma grande limpeza na marquise, que sonho transformar numa lavandaria linda, funcional e acolhedora. Acho que não será desta, mas só que fique limpa e desimpedida, já me deixa mais feliz.

Amanhã o meu rico esposo vai pintar a marquise e depois há-de vir a pintura da cozinha, se a tinta chegar... (problemas de logística em tempos de pandemia)!

Já que temos de estar em casa, pelo menos que seja útil para tornar a casa num local melhor!
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terça-feira, 14 de abril de 2020

O MEU TEMPO

Foto retirada do Pinterest 

Há séculos que reclamo por tempo para mim. Já foi um objetivo anual, já tentei de várias formas conseguir ter tempo de qualidade para mim, mas na correria do dia a dia vai passando.

Agora, passados 1352 dias de quarentena, apercebi-me que continuava sem tempo para mim. Como é que é possível estar em casa, sem trabalhar, e mesmo assim nas 24 horas que o dia tem, não conseguir 1 que seja só para mim?

Criei então a hora do SPA. Depois do jantar, depois de lavar a loiça, arrumar a cozinha e quiçá lavar o chão, largo os homens e o gato na sala e fecho-me na casa-de-banho a cuidar da minha pessoa.

O Gonçalo, de quando em vez, aparece lá a pedir para ver os PJ masks, quando está a ver o Blaze, ou a pedir o Blaze, quando está a ver os PJ masks. Não sei bem porque é que ele acha que eu é que tenho de mudar de canal... Se acha que o pai não sabe, se é só uma tarefa minha... Enfim.

Tenho-me dedicado à minha pele do rosto e às máscaras caseiras.

Notei que a minha pele estava a ficar escura, não era manchada era só mais escura. E que estava muito irregular, com imperfeições.

A máscara de arroz é maravilhosa para a pele. Já usei noutras alturas, e o resultado é logo visível na primeira utilização. Mas como em tudo na vida, assim que se deixa de fazer os efeitos vão-se.

E há muito tempo que não me dedicava desta forma.

Basta transformar um punhado de arroz em farinha de arroz (eu coloco na picadora), misturar um bocadinho de farinha com leite e mel (ou só leite, ou só mel também funciona), e aplicar na pele.

Eu sigo os seguintes passos :

- lavo muuuiiito bem o rosto com água morna e Sabonete de argila. Estou ali cerca de um minuto a lavar tudo bem lavadinho,

- retiro muuuiiito bem com água corrente (morna) e seco com uma toalha limpa,

-aplico a máscara e deixo por 15, 20, 30 ou 40 minutos (os que me apetecer...),

- retiro muito bem com água morna e finalizo com água bem fria para fechar os poros,

- por fim aplico os cremes da noite.

A pele fica logo mais uniforme, tonificada, luminosa... Mas é assim uma coisa maravilhosa. Tenho feito todos os dias, porque não é uma máscara abrasiva e a pele responde bem.

Durante o tempo de spa aproveito para ler, ver vídeos, meditar... E já houve um episódio de limpar a casa de banho... 😏

O meu objetivo é cuidar da pele e ter um tempo só para mim. Num destes dias vou tratar dos pés, noutro das mãos, talvez noutro do cabelo. Tudo enquanto a máscara atua.

Já tive 2 ou 3 dias de mais preguiça, e não fiz a máscara de arroz. Mas fiz outra que também me parece boa.

- Começo sempre por lavar o rosto muito bem, com água morna e Sabonete de argila,

- Depois com um pouco de Sabonete nas mãos, misturo um pouco de bicarbonato de sódio e um pouco de óleo rícino,

- Aplico com movimentos circulares, durante um tempinho, mas sem fazer força,

- Retiro bem com água morna e finalizo com água fria.

- A pele vai ficar com restos de óleo, pode ficar assim, ou aplica-se mais um pouco.

- Como gosto muito de óleos, gosto de aplicar mais um pouco. É um óleo muito concentrado, mas a pele absorve bem e também não aplico muito.

- Gosto sempre de massajar bem, seja com óleo ou com creme.

Posso dizer-vos que nota-se muito bem a diferença. A pele está mais clara, mais uniforme, mais tonificada, mais luminosa, e só passaram 6 dias.

Estou super entusiasmada para continuar! Vou terminar a quarentena 10 anos mais nova!  😁




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sexta-feira, 10 de abril de 2020

NÓS, O FILHO, A ROTINA E A QUARENTENA

No início da quarentena estabeleci que algumas rotinas eram para ser mantidas cá por casa:

- Hora de dormir e hora de acordar,
- Hora das refeições,
- Hora dos banhos,
- Rotinas de limpeza da casa e da roupa.

 Temos mantido estas rotinas. Acordamos e deitamo-nos mais tarde do que era habitual, cerca de uma hora. Mas mantemos uma consistência, não há dias a dormir a manhã inteira, nem noites acordados até de madrugada.

O Gonçalo continua a dormir a sua sesta e muitas vezes aproveito para dormir um pouco com ele. Noto que fica rabugento por volta da mesma hora e ele mesmo aconchega-se para dormir. Talvez esta sesta o impeça de adormecer mais cedo à noite, mas por enquanto vou deixá-lo dormir já que não temos horários a cumprir de manhã.

As refeições continuam a ser programadas, completas e feitas à hora habitual. Até porque o meu marido trabalha semana sim, semana não. Portanto faz sentido manter os horários para não andarmos descontrolados.

A limpeza continua a ser feita diariamente. Aspiramos dia sim dia não, lavamos também o chão nestes dias. Nos outros dias passamos a vassoura, ou mopa, e se houver necessidade passamos a mopa com um pano húmido. Todos os dias se lava loiça varias vezes por dia, é aquele ciclo de cozinhar, lavar loiça,  arrumar, limpar, limpar o fogão, varrer, cozinhar ...

A rotina de lavandaria tem sido mais instável, pois a chuva nem sempre tem ajudado. Quando é possível lavo 2 máquinas de roupa para não acumular, mas mesmo assim temos sempre muita roupa para lavar. O facto da maquina ter capacidade de 5 quilos não ajuda nada. Mas é o que temos! Quando é possível lavar e secar, fazemos. Quando se apanha dobra-se logo e arruma-se nos devidos lugares. Há muito tempo que não passo a ferro, o que facilita muito!

Entretanto deixei de colocar toalha na mesa para as refeições. Era uma toalha por dia, sempre cheia de nódoas, uma trabalheira para tirar nódoas e mais um item para aumentar a pilha de roupa para lavar (sem falar nos detergentes e litros de água para lavar). Não era nada sustentável em nenhum aspeto. Lavei-as e arrumei-as. Voltamos aos individuais, muito mais fáceis de limpar, lavar e secar.

As tarefas são minimamente divididas por mim e pelo meu marido. Eu sou a gestora doméstica, decido o que se faz, quando se faz e quem faz. O meu marido é distraído... eu tenho de lhe dizer para fazer isto ou aquilo. Confesso que há dias em que fico cansada, e digo muitas vezes que parece que tenho dois filhos. Mas é preferível eu dizer e ele fazer, do que eu ficar amuada e não dizer nada e ele não fazer e passar-lhe tudo ao lado. De qualquer forma há tarefas que são sempre dele e raramente sou eu que as faço. Levar o lixo, varrer a cozinha depois das refeições são tarefas dele. Por norma, aproveita e varre a marquise, a casa-de-banho e o corredor nessa altura. Faz algumas refeições, ou dividimos essa tarefa, apanha a roupa (quando eu digo) arruma os brinquedos com o Gonçalo, aspira, já fez pão três vezes durante a quarentena e pãezinhos de leite. Depois vou vendo o que é preciso fazermos e decido quem faz o quê.  Por exemplo, fazer camas e lavar a casa-de-banho são maioritariamente tarefas minhas.

Uma das minhas preocupações, no inicio desta jornada, era manter o Gonçalo fechado em casa tanto tempo. Não é fácil entreter crianças estando sempre em casa. Nos primeiros dias ele falava muito nos avós e no carro da mãe (gosta muito de andar de carro), mas aos poucos habituou-se e agora já nem pede para ir à rua. Esta chuvinha também tem ajudado a não se ter vontade de sair de casa.

Stressava-me um pouco ele ver muita televisão e, fazer pinturas e trabalhos manuais pareciam-me boas ideias. Não foram! Ele não está habituado a essas tarefas e concentra-se pouco tempo nelas. Passados uns dias já nem se interessava minimamente quando sugeria fazermos alguma coisa. Confesso que ficava um pouco triste e preocupada, a pensar que o infantário teria feito diferença neste interesse (ou não, vamos lá saber...). Mas depois também comecei a ser mais pratica. Estamos numa fase diferente, isto não vai durar para sempre. Não vou estar a insistir em coisas que o deixam chateado e nervoso. Nos primeiros dias viu muita televisão, sim. Achei que regrediu na fala e tudo. Mas passados 3 ou 4 dias comecei a vê-lo a brincar mais, a inventar novas brincadeiras e a dizer novas palavras.

Comecei a incentiva-lo a fazer outras coisas:

- Ajuda a colocar os temperos na comida. Para além de adorar, começou a dizer novas palavras; alho, salada de alface, arroz doce...
- Coloco um alguidar com água morna e detergente, para ter espuma, e brinca com os carrinhos,
- Mudo o cantinho da brincadeira na sala, já teve a mesa com lápis e plasticinas, já teve a tenda com livros, agora tem só uma mantinha com carros e caixas que servem de garagem,
- Faz corridas pela casa,
- Brincamos às escondidas,
- Ajuda a limpar a mesa e as cadeiras depois das refeições.
- Vai buscar a pá quando vamos varrer.
- Faz recadinhos: coloca coisas que mandamos no lixo, vai buscar o telemóvel da mãe ou do pai, vai buscar os ténis x ou y (digo a cor para ele aprender e saber diferenciar), vai buscar os chinelos da mãe ou do pai... esse tipo de coisas. Ele fica satisfeito por saber fazer e nós achamos piada. Há dias disse-lhe para ir buscar os ténis azuis para irmos à rua. Demorou um bocadinho e eu pensei que não os encontrasse. Apareceu com os ténis calçados, fiquei tão contente!

O quintal seria uma boa opção para os dias de sol. Mas como é um quintal conjunto, os vizinhos andam por aqui e eu tenho receio. Até porque houve um dia que uma vizinha lhe deu um beijinho na testa e noutro dia, outra vizinha agarrou-o ao colo. Eu ia tendo um ataque de cada uma das vezes. Expliquei que não o podem agarrar, nem beijar, que temos de manter a distância, mas são situações que podem acontecer, e que eu compreendo que se esqueçam disso, mas em todo o caso tenho evitado irmos ao quintal para evitar estas situações.

Tenho tido alguns dias difíceis. Triste, ansiosa... Acho que a preocupação com o futuro é geral, não é? Para além disso tem sido muito difícil esta distância da família. Depois, como por regra não manifesto estas preocupações, e sou uma pessoa tranquila, quando digo que estou triste ou preocupada, acabo por preocupar todos à minha volta. Parece que é algo estranho! Ou seja, já nem me sinto à vontade para desabafar ou para ser sincera, porque não quero preocupar ninguém. Quando me sinto mais em baixo, medito. É a melhor solução de momento.

Sábado o Gonçalo faz anos, domingo é dia de Páscoa. Seriam dois dias de festa, onde estariamos todos juntos em família. Não vão ser! Tenho tentado mentalizar-me para isto, tem de ser assim. Não somos os únicos e é melhor estarmos separados agora e todos bem de saúde!

Feliz Páscoa para vocês! 😊
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terça-feira, 7 de abril de 2020

ROUPA DE FICAR EM CASA - SIM OU NÃO?

Para mim, nitidamente sim.

Gosto muito de chegar a casa e mudar de roupa, desde que me conheço por gente que o faço.

- Não gosto de ter a roupa que andei na rua em casa,
- Gosto de estar confortável,
- Conservo melhor a roupa, sujo menos, lavo menos...

Em tempos, usava em casa a roupa velha, feia, larga... Daquelas roupas que se alguém tocasse à campainha eu tinha vergonha de abrir a porta. Até me custa a acreditar nisto, porque agora não me faz sentido absolutamente nenhum, mas até há uns 6 anos era assim.

Até que comecei a pensar que tal não fazia sentido, e que ao usar a roupa mais velha que tinha, a restante era tão poupada que "morria" antes de ser convenientemente usada.

Aos poucos fui-me desfazendo da tal roupa de usar em casa, e fui deixando também de guardar só para usar em casa.

Este pensamento de que em casa era para usar roupa velhota, sem eu perceber na altura, desgastava-me e deixava-me ainda mais triste pela situação profissional que atravessava (foi uma altura muito difícil...). Era uma atitude que me dizia, inconscientemente, que não valia a pena estar apresentável nem que fosse para estar sozinha em casa.

No entanto, continuo a ter roupa para estar em casa. A diferença é que é roupa confortável, mas que posso perfeitamente ir à mercearia, ou a outro sítio porque estou apresentável.

O que uso então em casa?

Roupa de desporto. Leggings, calças de fato de treino, sweatshirts, camisolas oversize. Quando está muito frio gosto de ponchos quentinhos, camisolas polar.

As fotos abaixo representam bem o estilo que gosto de vestir em casa e que considero adequado e confortável,  sem cair no desleixo.

Foto retirada do Pinterest 

Foto retirada do Pinterest 

Foto retirada do Pinterest 

Neste momento tenho só uma gaveta com roupa de estar em casa, que também é a roupa de ir ao Yoga, ou de usar num fim-de-semana que estou mais por casa, ou até para trabalhar num dia que não estou para pensar muito no que vestir e que só quero estar confortável.

Escusado será dizer que nestas, quase, 4 semanas de quarentena,  praticamente não vesti "roupa normal". Como disse no post passado, só fui ao supermercado 2 vezes, e nessas saídas vesti calças de ganga, mas nos outros 500 dias vesti a roupinha confortável de estar em casa.

Os homens da casa também o fazem. Estamos todos de fato de treino!

E por aí,  gostam de roupa de casa ou não?
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domingo, 5 de abril de 2020

COMPRAS MENSAIS EM TEMPOS DE QUARENTENA

Na sexta-feira fui às compras. Durante estas 3 semanas em que tenho estado em casa, foi a segunda vez que fui a um supermercado. Fui uma vez comprar iogurtes e fraldas para o Gonçalo, pois na mercearia ao lado de casa não têm e, desta vez fui para fazer as compras do mês como gosto, mas tive algumas dificuldades.

Escolhi ir a um supermercado pequeno que há na zona onde os meus pais vivem, porque apesar de ser pequeno, tem tudo. A carne do talho é de produção própria (o dono do supermercado é também criador de gado), e os legumes a fruta também são da zona, e por regra são de boa qualidade.

O Gonçalo ficou com o pai na casa dos meus pais, para apanharem ar, e eu fui às compras com uma grande lista. A minha intenção era comprar o máximo possível para não ter de ir tão depressa ao supermercado.

Como era de esperar a variedade não era a do costume, havia de tudo mas poucas marcas. Comprei carne, legumes e fruta, peixe congelado, mas tive muita dificuldade noutras coisas.

Não havia fraldas para o tamanho do Gonçalo, só havia meia dúzia de pacotes para bebés pequenos (estou desejosa que venha o tempo mais quentinho para começarmos o desfralde definitivo, está na altura), não havia cápsulas de café para a minha máquina (comprei café solúvel, mais barato e ecológico), os detergentes de roupa eram poucos, a maioria em pó e de marcas que não conheço. Comprei Skip de 58 doses a 13€, quando o habitual é comprar de 90 doses a 10€, graças às promoções que agora não há.

Por acaso, comprei amaciador Vernel pelo preço que costumo comprar em promoção, 3€ +/-. Não havia indicação de que era uma promoção, e por acaso não estava a precisar de amaciador, mas aproveitei pelo preço.

Encontrei um bicarbonato de sódio na zona dos detergentes, que nunca vi noutros locais. E também um produto branqueador. Cada um custou por volta de 2€, vamos ver se são bons. 


O leite só havia de vaca, 2 ou 3 marcas e caro. Não havia leite sem lactose, nem bebidas de soja, arroz, aveia... nada! Os iogurtes eram poucos, com validade curta e também com preços exorbitantes. Comprei 8, só para garantir que aguentamos uns dias sem ir novamente às compras.

Comprei umas revistinhas, para me entreter, não é verdade? E revistas havia muita coisa! Fiquei-me por 3, nada dos exageros de outros tempos!


E comprei álcool gel, 500 ml, por mais de 12€... OMG! Confesso que só comprei porque o meu marido anda um bocadinho obcecado com o álcool. Como estamos em casa, acho que podemos lavar as mãos com água e sabão e deixar o álcool apenas para quando saímos, ou pequenas coisas. Mas ele não quer pensar sequer na hipótese de ficarmos sem álcool nenhum, portanto não tive opção.

Acabei por não fazer as compras todas como pretendia, e ainda tive de comprar muita coisa na mercearia aqui do bairro. Gastei quase 180€ no supermercado e 65€ na mercearia. Comprei muita coisa já a pensar em não estar sempre a sair de casa, algumas são caras mas que duram um mês (gás, detergente, carne, álcool gel, espero eu....) mas achei tudo caríssimo. Está tudo mais caro, não há como negar. Ou faltam as promoções...

Queria ter tirado fotos das compras, mas quando chegamos a casa fomos desinfetar tudo e quando me lembrei já estava tudo guardado. Tirei ao frigorífico ainda com algumas embalagens de carne que tinha de separar por doses, outras já tinha guardado.




Agora é gerir bem o que compramos para não haver desperdícios. E somos cuidadosos nesse aspeto, não só agora. As caixas que vêm no frigorífico têm sopas diferentes (a minha mãe tem feito umas sopinhas para os netos) e algumas sobras de refeições. Tenho usado a criatividade para fazer pratos com sobras e assim não desperdiçar nada.

Daqui a uma semana e meia, é possível que tenha de regressar às compras, porque as fraldas e os iogurtes não vão chegar para mais do que isso.

Só por curiosidade deixo a lista do que comprei:

Supermercado :

- Peitos de frango,
- codornizes,
- carne picada,
- perna de porco (em casa fizemos bifanas e cubos, para não estar no talho muito tempo),
- bifes da rabadilha (vaca),
- ganso redondo (cortamos em cubos em casa),
- entremeadas de porco,
- bochechas de porco,
- lombo de porco,
- Fiambre,
- Lombo assado e fatiado,
- queijo flamengo,
- brócolos,
- couve flor,
- tomates,
- Cenouras,
- batatas,
- cebolas,
- alhos,
- abóbora,
- pescada para cozer,
- ovas de bacalhau,
- café solúvel,
- louro,
- alho em pó,
- atum em conserva
- Salsichas
- maionese
- queijos fundidos,
- Manteigas,
- Iogurtes,
- esparguete,
- massa couscous,
- óleo,
- Vinagre de maçã,
- grão de bico,
- bolachas,
- pudins,
- Comida de gato,
- Papel higiénico,
- Toalhitas de bebé,
- Pomada para o rabiosque,
- Champô,
- álcool gel,
- detergente de roupa,
- bicarbonato de sódio,
- branqueador de roupa,
- amaciador de roupa,
- cervejas,
- Macieira,
- Revistas.

Mercearia:

- guardanapos de papel,
- rolo de cozinha,
- esfregões para a loiça (bravo e esponja),
- sacos do lixo,
- sacos para congelar,
- pão e carcaças para toda a semana (congelo e vou descongelando conforme a necessidade),
- Coca-cola,
- Leite,
- natas,
- Rebuçados,
- bolacha Maria,
- areia para gato,
- gás,
- Tabaco.

As coisas pouco saudáveis são compras do meu marido... 😏 Eu sou muito fit!!! 😉

Vamos ver quanto tempo estaremos sem ir às compras.

A rotina de compras, agora em tempo de quarentena é a seguinte :

- Vamos escrevendo o que faz falta para não nos esquecermos quando formos às compras,
- Vou eu às compras porque já era uma tarefa minha e assim é muito mais fácil e rápido,
- Tento comprar o suficiente para não ir muito ao supermercado,
- Levo luvas, lenços de papel e álcool gel. Faço as compras de luvas e só depois de colocar tudo no carro é que as retiro e coloco no lixo. De seguida limpo as mãos com álcool gel e coloco um pouco num lenço de papel para passar na mala, carteira... Não sei se é exagero, mas prefiro ter este cuidado.
- Em casa, deixo os sapatos logo à entrada (coisa que sempre fizemos), lavo bem as mãos, mudo de roupa e a que usei vai para a máquina.
- Desinfetamos tudo antes de arrumar.

É isto! Como ir às compras passou a ser uma tarefa de risco, não é?
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sexta-feira, 3 de abril de 2020

COMO TORNAR A CASA MAIS ACOLHEDORA

Este tempo de recolhimento a que estamos obrigados de momento, é uma boa altura para refletirmos um pouco sobre o nosso refúgio, a nossa casa.

Já que temos de estar o mais possível em casa, que estejamos confortáveis, seguros e que nos sintamos acolhidos e abraçados pelo nosso lar.

A verdade é que muitas vezes a correria nem nos deixa perceber como nos sentimos em casa. Mas agora temos esse tempo, então que seja bem utilizado.

Há coisas muito simples que podemos fazer neste momento de afastamento social, isolamento ou quarentena.

Foto retirada do Pinterest 

1 - Ter consciência das necessidades de todos os habitantes da casa e criar um ambiente onde todos se sintam abraçados e acolhidos.

2 - Eliminar o que não se precisa, por outras palavras, evitar ter tralha. Tudo o que não usamos, que não precisamos mas mantemos é, por norma, tralha. Pode ser algo de qualidade e ainda estar em bom estado, mas se não é usado, deve ser doado ou vendido.

3 - Organizar o que fica e criar uma "casa" para cada item. Juntar objetos da mesma família no mesmo local e arrumar sempre depois de usar, são pequenos passos para ter uma casa organizada.

4 - Limpar. A limpeza, seja a profunda ou a superficial que se faz diariamente,  é importante para o nosso bem estar e para a nossa saúde.

5 - Deixar a luz natural entrar. É algo que gosto muito de fazer e tenho a sorte de a minha casa ser bem iluminada. Agora, que anda menos gente na rua, gosto mesmo de abrir as cortinas e deixar o sol entrar. É muito diferente de uma casa escura, dá outro conforto.

Estes pontos acho que são os óbvios. É muito bom estar numa casa limpa e organizada. Pode ter todos os defeitos que uma casa pode ter, mas limpeza e organização são essenciais.

Mas podemos ainda criar aconchego com a ajuda da decoração.

6 - Almofadas, mantinhas e tapetes, são elementos que por si só trazem conforto aos nossos dias.

Foto retirada do Pinterest 

7 - Plantas, trazem vida. Eu adoro plantas verdes, sem flor. Tenho poucas em casa, e também tenho no meu office, mas acho que dão mais ânimo a uma casa. Pretendo adquirir mais e aprender a tratar de cada uma.

8 - Velas, porque dão cheirinho (eu gosto das de cheiro) e criam um bom ambiente. Já fui de ter mais velas e de acender mais, mas com todos os avisos que têm surgido pelos malefícios, evito. No entanto continuo a ter. Há uns meses aprendi que devemos criar uma intenção, ou fazer um pedido, quando acendemos uma vela ou um incenso. Desde então que o faço! É bom para a energia da casa.

Agora vem o menos óbvio, talvez: Memórias.

9 - Fotos, porque nos remetem para alturas boas. Não sou muito de ter fotos pela casa, mas gosto e acho que na medida certa ajudam a criar uma casa acolhedora.

Foto retirada do Pinterest 

10 - Cheiros. Cheiro a café de cafeteira, a bolo, a pão, a comida caseira... Há coisa mais acolhedora e reconfortante do que uma casa com cheiro de comida feita com amor?

Foto retirada do Pinterest 

Por fim, ter uma casa com vida. Nem muito, nem pouco, lagom como dizem os suecos. Uma casa arrumada e cheirosa é confortável e acolhedora, mas se for em demasia, se nos sentirmos numa casa de revista, onde não podemos usar para não sujar, ou deitar para não amassar, impede-nos de sentir e usufruir desse conforto. O que não é suposto numa casa acolhedora!
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quarta-feira, 1 de abril de 2020

O QUE ESPERAR DE ABRIL

Estou de quarentena com o Gonçalo (não é o termo certo, mas vou continuar a usá-lo por aqui) há praticamente 3 semanas. O meu marido esteve 2 semanas, mas voltou ao trabalho esta semana. No entanto, para a semana voltará a ficar em casa porque a empresa onde trabalha vai entrar em lay-off.

Tudo isto vai alterar muita coisa na nossa vida nos próximos meses. Há uma semana eu achava que a meio de Abril poderia ir regressando ao trabalho. Num horário muito mais reduzido, com muitas reservas, mas que aos poucos íamos regressando. Neste momento já puz essa hipótese completamente de parte e já me pergunto se isso será possível em maio.

Tenho pensado em muitas formas de recuperar este tempo. O que posso fazer para ter trabalho depois de passarmos o estado de emergência? Como me vou organizar? Terei de mudar alguma coisa na forma de trabalhar? Terei de oferecer novos preços, pacotes ou promoções? O trabalho online é viável para mim?

Há umas semanas um antigo colega, arquitecto, convidou-me para trabalhar consigo. Tive de recusar, com o coração apertado porque tenho saudades de exercer, mas com a consciência de que não teria tempo para abraçar 2 trabalhos. Agora vejo-me numa situação em que tempo não me falta, seria uma boa oportunidade para voltar às arquiteturas. Mas não quero colocar o carro à frente dos bois e ter depois de deixar um, sendo que seria quase de certeza a arquitectura. Seria mais uma decisão difícil, mais um desgosto e deixaria alguém desamparado.

Sem trabalhar, sem receber (Apesar de um pai de uma explicanda ter insistido em pagar o mês de Abril mesmo sem haver explicação e de ir solicitar apoio à segurança social, o valor fica aquém do ordenado habitual.) e ver também o ordenado do meu marido reduzido, sei que nos esperam tempos difíceis.

É nestes momentos que fico feliz por ser ponderada e por insistir em colocar dinheiro de parte mensalmente, por pouco que seja ou que pareça. As vezes dou por mim a pensar que podia comprar mais roupa, por exemplo, mas nestas alturas vejo que faço bem em não comprar por comprar.

Por isto, é tempo de, mais uma vez, repensar prioridades e hábitos de consumo. É tempo de nos ajudarmos mutuamente. Não é altura de subir preços, muito pelo contrário. Apesar de já se notar em certos casos. Por exemplo, o Vinagre de limpeza que vos mostrei há dias, custou 1,10€ como se vê na etiqueta. Na semana passada comprei uma segunda garrafa e já custou 2,00€... Em compensação, hoje fui pagar a renda do meu espaço de trabalho, e o senhorio dispensou metade do valor. Para além de ser uma grande ajuda, mostra uma grande sensibilidade e consciência da realidade. Fiquei muito agradecida! Acho que são estas atitudes que devem prevalecer. São tempos difíceis para todos!

Em Abril, gostava de escrever mais aqui no blogue. Já tenho algumas ideias, mas gostava da vossa opinião. Peçam coisas. O que gostavam de ler?

Espero que desse lado se encontrem bem de saúde, é o principal!

Vamos todos ficar bem!!! 🙏🙏🙏
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