domingo, 15 de fevereiro de 2015

POR CÁ, O DIA DOS NAMORADOS FOI DIFERENTE DE TODOS OS OUTROS

Pois é. Namorados há mais de 15 anos, hoje eu e o meu maridão, iniciamos uma nova actividade juntos. 

Há uns meses, o Bruno começou a pensar em comprar uma bicicleta. Caríssimas como são, colocou logo nos planos comprar uma bicicleta em 2ª mão.  Pensou, pensou, procurou, procurou... e a dita bicicleta lá apareceu. Óptimo negócio, bicicleta boa, em bom estado, tudo a correr bem. O entusiasmo era tanto, que eu, que não gosto nada de exercício como vocês sabem, comecei também a ficar entusiasmada. Então começámos a planear comprar uma segunda bicicleta, para eu começar também a fazer parte deste novo hobbie. O dia chegou, a bicicleta foi comprada e eu iniciei-me num novo desporto.

Hoje de manhã, lá fomos nós dar a nossa primeira voltinha saloia (sim, porque estou no inicio, sim?). Ou seja, começámos muito bem o nosso 16º dia dos namorados.

Mas a verdadeira aventura começou ontem. Para me iniciar, para além da bicicleta, precisava de outros acessórios. O mínimo era um capacete e umas calças com protecção na zona entre-pernas. Claro que Setúbal, apesar de estar a evoluir, ainda não tem lojas de desporto comuns, com equipamento feminino para BTT. Consegui um capacete de "menina", tons clarinhos e uma risquinha cor-de-rosa, e mais nada. Na Sportzone, quando perguntei a uma funcionária onde estava a roupa de mulher para a prática de BTT, a rapariga até pareceu admirada com a pergunta. Não sei porquê, já que vejo muitas mulheres de bicicleta em Setúbal. Mas pronto, também não sou mulher de ficar de braços cruzados, por isso vesti uns calções do maridão, e as minhas leggings por cima. Está feito.

Ora bem, agora a voltinha propriamente dita. 
Logo a sair de casa, achei que o banco estava muito alto e que não conseguia chegar com os pés ao chão. Eu tenho 1,77m, se não chego com os pés ao chão, imaginem a altura que o banco tinha.
Assim que começo a andar, vem um carro de frente, o meu marido diz que estou em sentido contrário, atrapalhei-me logo toda e imaginei-me a ir contra o carro estacionado para não ser atropelada. Depois vem uma descida grande. Vá de travar. " Não traves tanto mozinho, deixa-te ir." - Dizia-me ele lá nas alturas e a deslizar a uma velocidade que não me pareceu muito convidativa.

O itinerário que tínhamos planeado começou logo a parecer-me longínquo e demasiado arriscado... percebi que tinha de me ambientar antes de começar com distancias maiores.

Em andamento: 
"Então e as mudanças? Não me explicaste..." 
"No botão de cima são as pesadas, no botão de baixo as leves." (ou ao contrario... já não sei...)
Acham que eu percebi? - "Botão... qual botão?"
"Olha para o punho, esses aí..."
Ok, pedalar, equilibrar-me, estar mais alta que o normal e olhar para o punho para procurar os botões das mudanças: " Oh Bruno, tenho de parar! Explica-me lá isso como deve ser."

Depois de explicado, lá fomos nós. A partir daí correu bem. Fiz algumas subidas, houve uma que me custou particularmente, mas consegui fazê-la e fiquei contente. Foi mais um passeio do que exercício à séria, mas assim é que se começa. O meu objectivo não era fazer hoje 20 km, e amanhã não me mexer. Além disso, tenho plena consciência que não estou preparada a nível cardiovascular para grandes distâncias e aventuras. Prefiro ir devagar e evoluir atempadamente.

Agora as criticas e os elogios do meu "treinador pessoal":

Criticas: 
- Travo muito, mesmo quando vou a direito.
- Atrapalho-me quando os carros passam por mim (medricas...)

Elogios:
- Sou persistente, não desisto.
- Controlo muito bem a respiração (não fosse eu praticante de yoga, não é verdade?)

Faltaram as fotografias para mais tarde recordar... mas o principal foi conseguido! :)
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