sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

COMO SOBREVIVER AO DESEMPREGO

Estive 3 anos praticamente sem trabalho. Depois de fechar a minha empresa, deparei-me com uma situação difícil e vulgar nos dias de hoje. Embora tenha conseguido fazer alguns trabalhos pontuais, muitos meses foram passados com a corda na garganta e com dificuldades em acreditar num futuro risonho. No entanto, nunca fui uma desempregada no verdadeiro sentido da palavra, pois não estive totalmente sem trabalho e não recebi qualquer tipo de subsidio, pois no nosso país quem tem uma empresa e é seu sócio-gerente, apesar de descontar um balúrdio para o estado, ao fechar a empresa, fica sem qualquer apoio por parte deste (pelo menos na altura, não sei se entretanto evoluímos nesse sentido).

Mas conheço a sensação de estar em casa, sem uma rotina de trabalho constante, sem um ordenado e com um certo sentimento de impotência.

Sobreviver ao desemprego não é fácil, mas há coisas piores.

Primeiro há que perceber que desemprego não é sinónimo de férias. Não é porque não tens trabalho que deves dormir manhãs inteiras, ficar o dia inteiro de pijama e passar os dias a vegetar em frente à tv. Deves procurar trabalho e encarar isso como o teu novo emprego. Embora existam dias menos produtivos nessa procura, não deves deixar de o fazer. É que procurando já é difícil, de papo para  ar ainda é pior.

Há também que perceber que o subsidio de desemprego não é o subsídio de férias. Portanto não deves gastá-lo mal gasto. Deves poupar o que for possível, deves evitar gastos supérfluos, deves evitar consumismos. Até porque, pode acontecer o subsidio terminar antes de encontrares trabalho, portanto é conveniente teres algum dinheiro guardado.

Podes ter que procurar trabalho fora da tua área. Isso é um pouco difícil, principalmente para quem estudou uma vida inteira para determinada profissão e depois vê-se a enviar currículos para todo o lado. Mas se na tua área estiver difícil de encontrar, há que ponderar essa hipótese.

Procura estar atualizada, principalmente na tua área. Se for possível investir em formação que te possa ser útil, força. Se não for, pesquisa, lê sobre o assunto, mantém-te a par das novidades da área através de colegas, procura informação na internet. Qualquer coisa é melhor do que estagnar.

Aproveita para fazeres coisas que não tinhas tempo de fazer quando trabalhavas, como por exemplo desporto, estar com pessoas que raramente vês, ler muito, etc. Não estás de férias, mas terás tempo livre que pode, e deve, ser bem aproveitado.

Não dês importância às opiniões alheias. Eu ouvi de tudo: faz isto, faz aquilo, inscreve-te aqui ou ali... As pessoas acham sempre que os desempregados estão desempregados porque não sabem procurar trabalho. E muitas vezes estão tão "preocupadas" que até parece que são elas que pagam as contas aos desempregados. Tive uma altura em que ficava realmente chateada, mas calava-me. Até que comecei a ignorar ou a ser irónica nas minhas respostas. Às vezes um bocadinho de falta de educação é bom...

Continua a cuidar da tua imagem. é muito importante sentirmo-nos bem em qualquer altura da nossa vida, mas em fases difíceis penso que é mesmo essencial. Não quero com isto dizer para gastares parte do subsidio em cabeleireiro e roupa, mas continua a cuidar da pele, do cabelo, as unhas, da roupa... É também importante vestires-te como se fosses sair de casa, pois se ficares de pijama, a tua mente parece acreditar que estás de descanso, que é para estar em casa na ronha... 

Sê seletiva nos currículos que envias. Parece contraproducente, mas não é. Por exemplo no meu caso, nunca respondi a vagas de vendedores de automóveis ou comerciais, por exemplo. Simplesmente porque sei que não é um trabalho para o qual tenha capacidade, logo para mim não tinha lógica candidatar-me. Mas vi várias vezes uma amiga minha fazer isso, candidatava-se, ia à entrevista e depois concluía que não queria aquele trabalho. Ou seja, perdia tempo, gastava dinheiro em deslocações, andava ansiosa a pensar em todos os "ses" para depois concluir que não se enquadrava no trabalho. 

Por fim, não desistas. Mais cedo ou mais tarde irás conseguir trabalho, e tudo correrá melhor. :)
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2 comentários:

  1. muitas boas dicas, eu felizmente ainda tenho emprego, mal pago e qués mas pelo menos é um emprego mas sinto mts vezes que a vida me passou ao lado, queria ter sido uma grande empresária num país e empresas falidas
    beijinhos

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    1. Já temos qualquer coisa em comum. Também queria ser uma empresária de sucesso, neste país de empresas falidas. Ainda não perdi a esperança, não sei é se será na área em que estudei... Beijinhos :)

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