Não que seja uma aventura da gravidez, digamos que é já uma "preocupação" futura.
Eu nunca acreditei no Pai Natal! Sempre soube que era uma personagem inventada, muito gira e tal, mas que na verdade não existia, e muito menos que oferecia presentes a todas as crianças do mundo. Nem me lembro de ouvir falar no Pai Natal na minha infância, por parte dos meus pais.
Lá em casa quem nos dava presentes era o menino Jesus, e mesmo este, sabia perfeitamente que era apenas um bode expiatório, pois os presentes tinham sido sempre oferecidos por alguém específico.
Ainda hoje o meu pai diz que já tem ali o nosso menino Jesus, ou seja, a nossa prenda de Natal.
Dito isto, sempre me fez alguma confusão enganar as pobres crianças com a existência do Pai Natal. E pior, acho super insensível um adulto andar anos a falar no Pai Natal, e de um dia para o outro dizer à pobre criança que o Pai Natal afinal não existe.
A minha sobrinha mais velha, ainda hoje com 14 anos, fala da desilusão que foi saber que o Pai Natal não existe. Já era bem crescida e ainda acreditava que as bolachas e cenoura que deixava à noite na sala, eram realmente consumidas pelo Pai Natal cansado e esfomeado e pela sua rena Rodolfo.
Era giro ver o seu entusiasmo, mas por outro lado eu achava estranho a minha irmã insistir naquele teatro... claro que no dia que realmente confirmou que não passava de uma bela encenação, a miúda teve um desgosto.
No entanto, também penso que enquanto acreditou, viveu a fantasia, usufruiu da imaginação de criança... e isso não tem mal nenhum!
Ontem a minha sobrinha mais nova falava-me das prendas que recebeu, e descrevia a boneca não sei das quantas, com cadeira de cabeleireira e mais não sei o quê, e eu perguntei-lhe quem ofereceu, ao que ela me responde na inocência dos seus 8 anos: "Foi o Pai Natal!"
Aaaahhhh! O Pai Natal! O senhor fica sempre com os louros!!!
E a minha afilhada? Que no ano passado, ou seja, com 10 anos, achava estranho o Pai Natal estar a subir a chaminé da casa da vizinha há tanto tempo, e que este não teria tempo de entregar todos os presentes?! Claro que quando a mãe lhe disse que o Pai Natal não existe a miúda fartou-se de chorar...
E pronto, é muito giro, mas também se apanha uma grande desilusão.
Agora, o que tem isto a ver com a minha gravidez, perguntam vocês!
Tem muito a ver, porque um dia o meu filho irá acreditar no Pai Natal. Mesmo que eu quisesse dizer que não existe nenhum Pai Natal, o miúdo vai sempre ouvir falar do Pai Natal, porque toda a gente fala, e há pais Natal por todo o lado... E depois vai ser confuso, por exemplo no infantário dizerem-lhe qualquer coisa do Pai Natal e ele chegar a casa e eu dizer-lhe: " Oh pá, o Pai Natal não existe!"
Seria mazinha, não é?
Por um lado, quero que ele aproveite os benefícios da imaginação e fantasia inerentes à "teoria"do Pai Natal, por outro lado, não quero que ele acredite tanto, tanto, ao ponto de apanhar um grande desgosto aos 10 anos, quando alguém achar que já é muito crescido para acreditar no dito cujo e lhe disser sem dó nem piedade que não existe, nem nunca existiu!
Estão a perceber a minha dúvida?
O que penso fazer, é não insistir nessa ideia. Deixo-o fazer os seus filmes, mas não vou andar a falar constantemente no Pai Natal... digo eu, daqui a dois aninhos falamos! Sim, porque para o ano ele ainda não vai perceber nada desta conversa! ;)
Olá Helena como te entendo! Eu já expliquei à minha com 6 anos que o Pai Natal é uma figura que foi criada mas os verdadeiros pais natais são o Pai e Mãe que para comemorarem o nascimento de Jesus trabalham para lhe dar um miminho ela percebeu na maior, agora o mais pequeno com dois anos aonda vove no mundo da fantasia�� beijinho para ti e para o teu baby!Ana
ResponderEliminarFico feliz de não ser a única com estas dúvidas Ana. Há muita publicidade à volta do Pai Natal, torna a coisa difícil! Bjinhos e boas entradas em 2017! :)
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