terça-feira, 25 de setembro de 2012

O LANCHE DOS MAIS PEQUENOS

Como já vos disse, faz parte dos meus planos para o próximo ano, ser mãe (ou pelo menos engravidar).

Nos últimos tempos tenho lido bastante sobre maternidade e tudo o que é inerente a este assunto.
E uma das coisas que sempre reparei muito, foi na alimentação das crianças que fazem parte da minha vida (e são muitas, já que tenho sobrinhas, afilhada, primas e primos, filhotes de amigas e de amigos e por aí fora).



Sempre houve coisas que me fizeram confusão, mas como estava longe da maternidade e não fazia parte dos planos próximos, relevava. Pensava: «não tenho nada com isso.» E na verdade não tenho.
Mas agora que já penso mais no assunto, há coisas que começo a ter em conta.
 
Quando a minha sobrinha andava na pré-primária, há cerca de 6 anos, teve uma educadora que «lutava» contra os bollicaos, bolos kinder, chocolates, leites com chocolate, sumos de pacote, batatas fritas, que alguns pais insistiam em mandar para o lanchinho das crianças. A luta não foi fácil e, acho que em certos casos não surtiu qualquer efeito, mas pelo menos abanou algumas ideias e ideais.
 
Eu, confesso, que nunca percebi qual é o objectivo dos danoninhos, das bolachinhas com forma de Noddy ou Kitty, a não ser o interesse das marcas em vender. Porque nutricionalmente duvido que tenham algo de bom para oferecer aos mais pequenos. A não ser a quantidade exagerada de açúcar.
 
Para quem não sabe, o açúcar vicia. Logo, quanto mais consumimos, mais vontade temos de consumir.

Imaginem o que é, começar a ingerir quilos de açúcar desde bebés, praticamente. O que acham que isso vai trazer às crianças?

Passo a citar: «Excesso de peso, obesidade, que trazem factores de risco cardiovascular, como hipertensão arterial e insulino-resistência, diabetes (que cada vez mais são do tipo 2), apneia do sono e litíase da vesícula. Para além dos problemas de saúde física, o excesso de peso traz consequências psicossociais - ser gordo é um fardo que se carrega.» - Prof.ª Isabel do Carmo, médica endocrinologista  e especialista em obesidade e comportamento alimentar.

E para os pais que possam pensar, que não há qualquer problema porque os filhos são magros, desenganem-se. Estes problemas são reais, há estudos que o comprovam e, para além de tudo isto, os lanches pouco saudáveis influenciam a dentição e afectam o desempenho escolar.

As crianças são crianças hoje, mas serão adultos no futuro. É nisso que temos de pensar quando eles não querem jantar e nós perguntamos se querem um bolinho com leite com chocolate.
Ou quando eles não gostam de fruta e nós vamos a correr comprar frasquinhos de fruta passada (que mais parece compota) cheios de açúcar.

Não digo que não possam comer doces de vez em quando, mas tal como a nossa, também a alimentação das crianças deve ser equilibrada.

Assim, o lanchinho dos pequenitos também deve ter fruta, pão de preferência integral ou de mistura, com manteiga (pouca quantidade), fiambre ou queijo, leite simples (ou leite que é distribuído nas escolas públicas) ou iogurte (liquido ou sólido) e água.

É importante variar, para eles não se fartarem e também para terem um leque de escolhas mais alargado. De vez em quando, as bolachinhas ou o bolinho, podem fazer parte do lanche. Assim, até lhes vai saber melhor.

Neste momento, devem estar muitas de vós a dizerem que para mim é fácil falar porque não tenho filhos. Talvez. De qualquer forma, tento informar-me e dividir esta informação convosco. A decisão, obviamente, será de cada um. 

Deixo aqui o link de um blog que fala de nutrição e de alguma publicidade enganosa, nomeadamente de alimentos "indicados" para crianças.
O blog é de 2 colegas que trabalham na área da nutição/alimentação e dietética.

Fica também um vídeo do Jamie Oliver, que apresentou a alimentação saudavel a muitas crianças, que nem o nome dos legumes sabiam. Esta série é engraçada, aconselho!



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