Não podia deixar de falar no tema. Quem já passou por isto, saberá muito bem do que falo. Quem não passou, vai ficar a saber da minha experiência.
Os primeiros dias podem ser difíceis. Mas penso que desde que a mãe (e o pai) esteja psicologicamente preparada para as novas dificuldades e solicitações a que estará sujeita, tudo correrá melhor.
Não vale a pena dourar a pílula e dizer que é tudo fácil e maravilhoso, mas também não vou dizer que é uma dificuldade imensa, compatível apenas com algumas personalidades. Cada caso é um caso, e haverá sempre coisas boas e coisas mais difíceis.
É otimo ser mãe! É otimo ver o ser que cresceu dentro de nós nos nossos braços. A ligação que existe entre nós é indescritível. Perceber que o bebé reconhece as nossas vozes, que segue a voz do pai, quando este se desloca e fala pelo quarto, com menos de 24 horas de vida... é tudo maravilhoso!
Mas apesar de todo este encanto a vida continua. Continuamos a ter casa, a vestir, a sujar, a comer, a precisar de fazer compras, etc. Com um bebé, temos de nos adaptar.
Eis como sobrevivi aos primeiros 10 dias com o meu bebé:
- Pedi ajuda à minha mãe, que cozinhou várias refeições e lavou e engomou roupa, nos primeiros dias depois do nosso regresso a casa.
- Limitei as visitas (em casa e na maternidade). Tive pena, mas teve de ser, pois as pessoas ficam tão eufóricas que perdem a noção das coisas. É um recém-nascido que precisa de descansar, tal como a mãe que acabou de parir.
- Descanso o mais que posso. Gosto de dormir de manhã e se puder, durmo. Descanso as pernas, a cabeça, o corpo todo enquanto o bebé dorme durante o dia.
- Divido as tarefas com o meu marido. Fazemos tudo em conjunto, e assim nenhum fica sobrecarregado. Obviamente que tudo o que envolva mais esforço físico fica-lhe entregue.
- Não deixo acumular desarrumação ou tarefas domésticas. Por muito que às vezes custe, prefiro fazer do que deixar acumular.
- Simplifico o mais que posso. Não vou pensar em limpar a casa profundamente, quando sei que neste momento isso simplesmente não acontecerá. Portanto limito-me a dar um jeitinho aqui e ali para que tudo fique minimamente limpo e arrumado, mas sem stresses.
- Continuo a cuidar de mim. Faço questão de tomar um bom banho, de usar óleo hidratante no corpo, de limpar e cuidar do rosto e, de me maquilhar caso vá sair de casa. Estas pequenas coisas são importantes para o meu bem estar físico e psicológico. O bebé fica bem entregue ao pai, portanto não há motivo para não me cuidar.
- Alimento-me e bebo muita água, pois como estou a amamentar é essencial repor as energias. É muito fácil esquecermo-nos de comer quando temos um bebé a precisar dos nossos cuidados constantes, portanto gosto de ter esse cuidado.
E é isto. Penso não estar a esquecer-me de nada. Se tiverem outras dicas, deixem nos comentários.
Na primeira vez que fui mãe custou-me imenso a adaptar. Tive a ajuda dos meus pais que vieram cá para casa. Da segunda vez, tinha a primeira menos de dois anos, foi bem mais fácil...não stressei nada. Em ambas as vezes disse logo que não queria visitas antes de elas fazerem um mês. E as pessoas tiveram que respeitar.
ResponderEliminarÉ muito bom termos ajuda nesta fase! Obrigada pelo comentário Maria! Beijinho ;)
EliminarEu também tenho dois, não stressei com nenhum dos dois e não tive ajuda. O único ponto que eu não consegui fazer como tu, mas que é o melhor de facto, é gerir as visitas. Esse ponto sim, tirou-me do sério. Por mais que gostes das pessoas e de as ter em casa... não há respeito por um recem nascido (que apenas precisa estar em silencio e calmo a descansar) e da mãe que efetivamente passou pelo que passou, seja rapido ou longo, um parto é sempre um parto....
ResponderEliminarEstás num excelente caminho! Continua :))
A ajuda que a minha mãe nos deu foi importantissima,apesar de ela achar que não ajudou muito. É bom termos uma boa base familiar nesta altura. Obrigada Alex! Bjinhos :)
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