terça-feira, 6 de março de 2018

SEGUNDO LIVRO DO ANO

Na verdade é o terceiro. Mas o segundo é para ir lendo, pois tem a ver com as várias fases de desenvolvimento das crianças, portanto considero este o segundo.

Mantive-me no tema da felicidade, mas virei-me para a Dinamarca.


O objetivo deste livro é mostrar-nos formas de encontrar a felicidade, dando exemplos de como isso é feito em vários países. Por exemplo, Portugal está em primeiro nos países de pais mais felizes. Parece que existem vários estudos que indicam que quem tem filhos é mais infeliz. Nos somos diferentes porque existe, em geral claro, um grande apoio familiar, nomeadamente dos avós. O que contribui para sermos pais mais descontraídos pois sabemos que temos sempre o apoio dos nossos pais. Fantástico, não é?

O livro divide-se nos seguintes capítulos:
- A caça ao tesouro
- Como medir a felicidade?
- Convívio
- Dinheiro
- Saúde
- Liberdade
- Confiança
- Bondade
- Encaixar as peças

Houve algumas partes que me despertaram mais atenção e são essas que vou partilhar convosco.

No capitulo do convívio gostei destas frases, talvez por ser também o que penso:

 " (...) a riqueza não se mede pelo volume da conta bancária, mas pela robustez dos laços, a saúde dos entes queridos e o nível de gratidão que sentimos. De que a felicidade não decorre do automóvel maior, mas de saber que fazemos parte de algo maior do que nós  - parte da comunidade - e que estamos juntos nisto."

"(...) as pessoas mais felizes têm com quem contar em alturas de necessidade."

Em relação ao dinheiro, que é sempre algo associado à felicidade, ora para o bem ora para o mal:


" Um rendimento doméstico mais alto geralmente traduz-se na melhoria de condições de vida dos pobres - e, por seu turno, na felicidade do povo."

"(...) quando o dinheiro significa que se pode comprar comida, ter um teto em cima da cabeça e sustentar os filhos, então, tem o poder de transformar miséria em felicidade."

"(...) gastamos dinheiro que não temos para comprar coisas de que não precisamos para impressionar pessoas de quem nem gostamos."

"(...) se gastarmos dinheiro em coisas de que não precisamos para impressionar os outros, não ficaremos mais perto da felicidade, apenas nos metemos numa corrida às armas."


No capítulo da saúde são dadas 10 dicas para se caminhar mais.


No capítulo da liberdade fala-se, por exemplo, do equilíbrio entre a vida e o trabalho. É onde nós, portugueses, aparecemos em primeiro como os pais mais felizes dos países da OCDE. No entanto, estamos para lá do meio da tabela nos países onde existe maior equilíbrio entre vida familiar e trabalho. E aqui lê-se:

"Cinquenta e duas semanas de licença para cada filho concedidas pelo estado, e podem dividir-se entre pai e mãe (...) mesmo quando desempregado, recebe-se por volta de 18 mil coroas dinamarquesas (cerca de 2400 euros) por mês do Estado. Os jardins de infância também são subsidiados, o que desce o custo para os pais em cerca de 330 euros por mês para cada filho."

Neste capítulo fala-se ainda do trabalho por conta própria, onde eu me insiro.

"(...) os trabalhadores por conta própria estão pior em muitos aspetos, incluindo vencimento, horas de trabalho e segurança no emprego, mas mesmo assim, costumam registar níveis mais altos de satisfação geral (...)"

"(...) por conta própria trabalha-se mais horas (...) quem trabalha por conta própria é mais otimista (...) os empresários têm mais sentido de finalidade, de percurso de vida (...) mais liberdade e oportunidade de ser patrão de si próprio são fontes de felicidade no trabalho e fora dele. Os empresários quase nunca têm tempo livre suficiente, mas sentem mais liberdade: a liberdade de concretizar uma paixão; a liberdade de recusar um cliente; a liberdade de calendarizar o trabalho obviando às necessidades da família."

A seguir temos o capitulo da confiança. Estamos quase no fim na tabela no que toca a confiar nos outros...

Ainda neste capítulo fala-se de educar para a felicidade.


" O sistema educativo dinamarquês dá prioridade ao ensino da empatia, e as crianças costumam trabalhar em grupo - coisa que têm de aprender para gerir o emprego futuro, mas no qual também aprendem aptidões sociais e o valor da cooperação."

"(...) há provas que sustentam a noção de que o ensino da empatia reduz o bullying."

É um livro leve de se ler. Gostei das dicas, e acho piada às diferenças de país para país. Podemos sempre aprender uns com os outros. 😊


E por aí, alguém leu o livro do Lykke?



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