Cresci a ver o meu pai não mexer uma palha em casa. Só muito raramente fazia o almoço ou jantar, mas pouco... Nunca achei muita piada a isso!
Casada há quase 11 anos têm sido várias as fases em termos de participação do meu marido nas tarefas domésticas.
No início trabalhávamos os dois no mesmo horário e não almoçavamos em casa, e tínhamos mesmo de dividir as tarefas.
Entretanto fiquei sem trabalho, e o pouco que tinha fazia em casa, portanto comecei a ser eu a fazer a maioria das tarefas domésticas.
Hoje em dia, trabalhamos os dois, temos um filho, e a rotina doméstica é dividida pelos dois. No entanto, não é uma divisão 50/50.
Eu trabalho menos horas do que o meu marido, logo estou mais tempo em casa. Portanto faz sentido fazer algumas tarefas enquanto ele ainda está no trabalho.
Não vou estar sem fazer nada, só porque ele não está para fazer comigo. Meto as mãos na massa, e quando estivermos os dois dividiremos as restantes tarefas da melhor forma possível.
Vamos alterando a rotina consoante as necessidades e participando os dois consoante a disponibilidade e também a vontade, é certo.
Há muito que percebi que o meu marido precisa de ser orientado neste sentido. Muitas vezes tenho de lembrá-lo que precisa fazer determinada tarefa. Em tempos isto chateava-me, era motivo de discussões, mas com o tempo percebi que só tinha a ganhar em dizer-lhe. Mais vale dizer e ele fazer, do que não dizer nada e ter de fazer tudo sozinha, certo? Não há motivo para nos chatearmos por isso, e eu visto bem o papel de orientadora, portanto acho que a equipa está no bom caminho. 😉
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