sexta-feira, 22 de julho de 2022

AS FÉRIAS DE 2022

 


Fomos de férias e voltámos e eu não publiquei os posts que tinha alinhavados para esta altura. Não sei se ainda fará sentido publica-los, mas pensarei nisso depois.

Fomos de férias, as tão ansiadas férias, e os primeiros dias não foram muito fáceis. 

Foi o assunto durante as últimas semanas cá em casa. Planeámos, falámos com o Gonçalo, dissemos como era o sítio para onde iamos, apesar de ele já lá ter estado com 1 ano e com 3 anos.

Bem, estávamos desejosos e chegado o dia lá fomos nós diretos ao paraíso. 

A viagem correu bem, fizemos compras para a estadia já no local e fomos para a praia assim que arrumámos tudo. Tudo muito bem, até o Gonçalo se lembrar de dizer: "Mãe, estou cansado, quero ir para casa!"

"Sim filho, vamos lá para casa descansar um pouco."

Chegamos a casa, que era logo ali ao pé da praia, e ele diz: "Mãe, mas eu quero ir para casa!"

"Casa, qual casa? A nossa casa mesmo?"

"Sim, a nossa casa."

E aqui começou a tormenta. Explicámos que aquela seria a nossa casa durante uma semana, que estávamos de férias, que depois regressavamos para a nossa, e o rapaz lá foi dormir a sesta. Quando acordou... quando acordou, minha gente, foi um drama.

"Eu não quero ir à praia, eu quero ir para a nossa casa... eu estou muito triste... tenho saudades do Alf... e o Alf tem saudades minhas... e eu quero ir à avó..."

Foi preciso muita calma, que às vezes faltava-nos, confesso. Os primeiros 3 dias foram para esquecer. Não queria ir à praia, não queria dar passeios, se por acaso fosse de bom grado à praia, lá fazia birras... 

Na manhã do segundo dia acordou muito cedo e eu levei-o ao parque infantil. Fez uma amiguinha, brincaram muito, estava todo contente.  E quando foi para regressar a casa?!


"Eu quero ficar no parque, não quero ir à praia... estás a ter uma ideia muito feia, mãe..."

Foi tudo na base da negociação, sentia-me esgotada porque em tudo o miúdo punha um senão. E tinha argumentos... cheguei ao ponto de levar pacotes de batatas fritas e coisas do género para ele comer na praia e estar entretido. Enquanto comia não reclamava!

Felizmente passou. E passou de repente! Um dia íamos beber café e ele disse: "A minha fúria já passou! Para onde é que ela foi?" (Sim, o meu filho é muito filosófico!)


E passou mesmo. Os restantes dias correram super bem. Correram tão bem que voaram! Eu não estava preparada para o fim das férias. Apesar de sentir falta da minha casa, da minha rotina, soube-me muito bem estar fora. 

Este ano estava pouquíssima gente na ilha (Armona), o que tem vantagens, mas os preços estão muito altos. Sei que há zonas no Algarve muito mais caras, mas é precisamente por isso que não vamos para esses locais. Há que dar o passo consoante a perna! Mas desde a última vez que lá estivemos (2020) os preços aumentaram bastante e isto é preocupante. Onde é que estes aumentos sucessivos vão parar?

Mas com consciência conseguimos fazer umas pequenas férias e apesar das vicissitudes dos primeiros dias, foram umas ótimas férias!




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