Parece que foi ontem que anunciei a minha gravidez, e que depois partilhei que esperava um menino e depois o seu nascimento, e hoje, já foi dia de deixá-lo na escolinha.
Sei que há muitos a irem muito mais cedo para a "escolinha", mas como tenho partilhado convosco, o Gonçalo teve outro tipo de escolinha.
Este ano, felizmente, entrou na Pré-escola pública e logo na nossa primeira opção. E estou tão feliz por ter sido assim! Só tenho pena de não ter entrado no ano passado, mas é o que é!
Portanto, desde o dia 1 de julho, data em que saíram os resultados, que a escolinha é o tema! Temos falado imenso sobre a escola, sobre a "professora" (educadora, na verdade), sobre os amiguinhos que ía conhecer, sobre o que ía aprender, etc, etc, etc...
Mas a última semana tem sido muito mais intensa. Tudo tem girado à volta da escola. O pai andava super ansioso com a entrada do pupilo, "e se ele chora?", "e se ele não gosta da comida?", e se, e se, e se?
Nós somos assim, quando um está nervoso o outro consegue lidar melhor com a situação! Deve ser por isso que estamos juntos há tanto tempo.
Logo, se o pai estava ansioso a mãe tinha de conseguir lidar com a situação! Assumi a liderança e, mesmo estando também ansiosa, tive de parecer sempre calmíssima!
Comprámos roupa para substituir o que já não servia, comprámos material escolar, cantil, organizámos o quarto e os brinquedos (ainda há alguns por organizar...), preparámos os o terreno o melhor possível.
Quarta fui à reunião de encarregados de educação e vim de lá muito tranquila. Pensei mesmo "o meu filho vai ficar muito bem entregue".
O pai esteve de férias nesta semana, aproveitou muito bem o tempo com o Gonçalo, mas o nervosismo continuou sempre a crescer. Até que ontem eu disse-lhe que para ir nervoso deixá-lo no primeiro dia, não valia a pena, só ía atrapalhar.
A minha ofereceu-se para nos acompanhar, mas decidi ir sozinha com ele. Temia que com outra pessoa eu não conseguisse controlar o meu nervosismo e o dele.
Acordámos cedo. Ele comeu pouco ao pequeno almoço e eu só consegui beber um iogurte. Mal dormi nesta noite.
Eu também pensava nos "ses", aliás, ainda penso. Sei que haverá dias difíceis! E claro que isso também me deixa nervosa. Mas não mostrei. Lá fomos os dois firmes e fortes.
Ele juntou uns quantos tratores para levar, apesar de eu dizer que não podia levar brinquedos. Repeti 500 vezes "levamos mas deixas no carro".
Quando chegámos a escola ainda tinha o portão fechado e as pessoas agrupavam-se no passeio. Dava para perceber quem eram as crianças novas. Os pais tinham todos a mesma expressão e estavam distantes uns dos outros. Os antigos misturavam-se, os miúdos abraçava-se, brincavam, riam...
Eu meti conversa com uma mãe, e por coincidência o filho é da mesma sala do Gonçalo! Trocámos 2 dedos de conversa mas a espera estava a dar-me cabo dos nervos. E eu não queria transmitir o nervosismo ao Gonçalo. Fomos dar uma vista de olhos pela escola, do lado de fora, e ele ficou super entusiasmado com o parque, o campo de futebol e a "floresta encantada" mesmo ao lado da escola.
Quando abriram o portão, entramos e o entusiasmo dele já me deixava mais tranquila: "uau mãe, a minha escola é tão bonita!"
E pronto, ele ficou na sala, sentou-se ao lado de uma Helena, como a mãe, e lá ficou a conversar com os coleguinhas. Eu dei-lhe um beijinho e saí. Já lhe tinha explicado que os pais não ficavam e que depois todos voltavamos para ir buscá-los.
Saí, firme e forte, liguei ao meu marido e depois de lhe dizer que correu tudo bem, desatei a chorar... Pois, é que não mostrar o que se sente, dá nisto. Mais tarde ou mais cedo rebenta! Chorei um bocadinho, alivie a tensão e lá fui à minha vida.
Duas horas depois fui buscá-lo e ainda apanhei um pouco da brincadeira no parque. E pronto, continuo tranquila e confiante de que está muito bem entregue.
Que o meu reguilinha seja muito feliz no seu primeiro ano de escolinha (de pré-escola)!
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