Ontem, como partilhei, dediquei-me a destralhar algumas coisas aqui em casa.
A sensação que tenho depois de um bom destralhe é de uma grande satisfação e de libertação. Vai o que já não nos faz falta, o que não usamos, o que não gostamos e o espaço fica mais livre.
Se depois disso limparmos, que foi o caso, melhor ainda.
Mas durante o processo dei por mim a pensar porque é que decido fazer estas coisas sempre que estou sozinha em casa?
Por um lado, prefiro estar sozinha porque vou desarrumar tudo antes de limpar e arrumar. E sei que se tivesse o Gonçalo em casa, ele dificultaria a tarefa.
Por outro lado, não tenho que me preocupar com almoços, nem horários e vou tratando das coisas ao meu ritmo.
Mas será que eles não deviam de estar presentes?
Saem de casa com a casa num estado, chegam com tudo arrumado, limpo e cheiroso. Talvez não percebam a trabalheira que foi...
Dei por mim a pensar nisto... porque se por um lado é mais tranquilo para mim estar sozinha, se calhar com eles em casa a ajudarem e a perceberem quanto trabalho dá manter as coisas em condições, também houvesse mais cuidado em não desarrumar e sujar.
Se bem que ontem a questão nem passava tanto pela arrumação e limpeza, apesar de ter terminado assim. O importante era mesmo selecionar coisas que já não fazia sentido mantermos.
Mas a dúvida persiste, porquê esta preferência em tratar destas coisas sozinha? Serei uma pessoa que acha que só ela sabe fazer? Ou será uma forma de me sentir no comando? Ou é mesmo pela praticidade e mais nada?
As coisas que uma mulher pensa enquanto cuida da casa...
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