quinta-feira, 28 de novembro de 2019

AVENTURAS DA GRAVIDEZ - PAI NATAL #2

Há 3 anos (como assim 3 anos?!) escrevia eu sobre as minhas dúvidas se um dia iria falar do Pai Natal ao Gonçalo ou não, neste post de nome Aventuras da gravidez - Pai Natal.

Espero não vos ter induzido em erro com o nome do post... Não estou grávida!

Passaram 3 anos, assim a voar, e o Gonçalo está prestes a viver o seu 3° Natal aos seus 2 anos e alguns meses.

Nem sei se o Gonçalo sabe quem é o Pai Natal, mas se sabe foi uma descoberta recente. Há dias reparei que quando vê um anuncio de Natal da Disney, que tem medo e foge para perto de mim. Acredito que seja por ser num ambiente escuro, mas o senhor barbudo não deve ajudar.

Continuo a não gostar da ideia de se incutir às crianças que o Pai Natal é que oferece presentes.

Não acho que o facto de explicarmos que a razão de festejarmos o Natal seja o nascimento de Jesus esteja a tirar magia à comemoração, muito pelo contrário.

Agrada-me mais a ideia de lhe transmitir que o Natal é uma altura para estar com a família, ou com outras pessoas de quem gostamos, e que é um momento de partilha.

E a partilha não é necessariamente de presentes, ou bens materiais. Embora também possa ser, deve ser um momento de partilha de amor, carinho, calor, atenção, conversas, empatia, sorrisos... Se deve ser sempre assim e não só no Natal? Claro que sim, mas nesta altura talvez seja mais consciente.

Não vou dizer ao Gonçalo que tem de se portar bem para o Pai Natal lhe trazer brinquedos, aliás, eu nem me lembraria de dizer isso precisamente por não me fazer sentido. (Tal como não me faz sentido dizer que tem de se portar bem por causa dos policias, ou que se fizer birra vai levar uma pica da dra., como tanta gente diz...).

No entanto, apesar de fazer os meus pequenos julgamentos interiores, não me interessa muito que outras mães e pais o façam. Tenho explicandos com 8 anos que acreditam no Pai Natal. Há sempre alguns que dizem que o Pai Natal não existe, eu explico sempre que quem quer acreditar acredita, quem não quer acreditar deve respeitar a opinião dos outros. Mas confesso que acho estranho miúdos já crescidinhos a dizerem que pediram isto ou aquilo ao Pai Natal.

Há dias um explicando disse-me (9 anos) que já tinha dado a carta para o Pai Natal ao seu pai e, que o pai ia escolher o que dar. Eu fiquei um bocadinho baralhada e perguntei: "Então escreves a carta e o pai é que escolhe?!" E ele respondeu: "Oh Helena, o Pai Natal só constrói o brinquedo, o meu pai é que paga!" - Mal a mal, prefiro esta versão!!!

O meu marido já tem outra opinião. Acha muito giro falar-se do Pai Natal e vestirmo-nos de Pai Natal (Ele vestiu-se num ano para a nossa sobrinha, e eu no seguinte. Ou seja, eu não concordo, mas a filha não era minha e se os pais entendiam que deviam falar do Pai Natal, eu simplesmente entrava no espírito!), mas a verdade é que até à data também não falou. Se um dia ele achar que deve dizer que o Pai Natal trouxe este ou aquele presente, eu não vou desmentir, mas também não vou alimentar a história.

Se um dia o Gonçalo acreditar no Pai Natal, eu também não vou dizer nada, mas continuo a não alimentar a história.

E com isto, não estou a criticar quem fala no Pai Natal, etc. Cada um sabe de si, isto é apenas a minha opinião, a minha intenção para a educação do meu filho e vale apenas o que vale. Se têm uma opinião completamente diferente, não se ofendam, pois não é de todo a minha intenção.

Mas podem sempre partilhar se fazem parte da equipa do Pai Natal, ou dos anti-Pai Natal! 😉
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