quarta-feira, 22 de abril de 2020

DESTRALHES DA QUARENTENA

Assim que ficámos em casa, no meio de Março, comecei as limpezas nos roupeiros. Parecia que a Primavera estava a chegar, portanto fazia todo o sentido ir arrumando, limpando e destralhando alguns itens.

O entusiasmo era muito, estávamos no início, e correu muito bem. Fui bastante assertiva e decidida, não fiquei com roupa que não usava e tentei ao máximo fugir do cliché de guardar para usar em casa, ou para fazer exercício.

O espaço que temos não é muito, não gosto de ter os armários muito cheios ao ponto de nem perceber o que tenho, portanto destralhar faz muito sentido para mim.

Roupa destralhada

Normalmente junto tudo e levo para a H&M, que faz uma selecção das peças doando o bom e reciclando o que está em mau estado (é de onde vêm os tecidos para a linha conscious).

Só dou algumas roupas do Gonçalo, se estiverem mesmo em bom estado e a pessoas que conheço. O destralhamento do ano passado, do Gonçalo, doei a roupa a uma prima minha que tem um filho mais velho que o Gonçalo 2 meses. Mas o Gonçalo é maior, portanto a roupa dele e o calçado vai ficando para o meu primo. Este ano não tinha nada de qualidade, estava tudo muito gasto e além disso acho que também não serviria ao meu primo.

Como não podia ir à H&M, também não fazia sentido guardar nada para o meu primo coloquei tudo naqueles contentores de roupa. O que estava em muito mau estado coloquei mesmo no lixo, porque acho que não serviria para ninguém.

A minha roupa e a do Gonçalo foi destralhada. Falta a do meu marido, que é sempre mais difícil.

Depois deste destralhe perdi um bocadinho o entusiasmo, mas assisti a uma live da Thais Godinho no YouTube e resolvi voltar ao ataque. Desta vez escolhi a cozinha. Sabia que tinha imensa coisa que não usava e que estava a ocupar muito espaço. Mais uma vez, o espaço não é muito, logo não tem lógica termos coisas que só são usadas muito raramente.

Comecei por retirar tudo do armário inferior (Ainda bem que o fiz, porque tínhamos uma infiltração, que assim foi logo resolvida) que era onde estava literalmente a tralha.

Joguei pouca coisa fora, e foi mesmo por estar em mau estado e não servir para nada nem ninguém. Lavei tudo e separei a maioria das coisas para a minha mãe (até porque foram compradas por ela para o meu enxoval).

- alguidares pequenos,
- pirex grande com base para a mesa (em 10 anos acho que usei-o 2 vezes)
- formas de bolo (uma de buraco e outra de bolo inglês, e aqui a vossa amiga não é grande "boleira")
- formas individuais de queques,
- assador de chouriço,
- caixas de plástico,
- saladeira,
- açucareiro.

Fiquei com muito mais espaço e consigo ver tudo o que está ali guardado. Tinha o fondue de carne e o de chocolate também guardados neste móvel, mas resolvi guardá-los noutro local. São 2 itens que raramente usamos, mas gostamos de ter e, mesmo de vez em quando sabe bem fazer.

Aproveitei ainda para destralhar louças de bebé do Gonçalo. Os biberões, pratos de plástico e outras coisas do género vão também para a minha mãe. Não para serem guardados, mas para ela reaproveitar para bricolages. A minha mãe de coisas velhas faz coisas novas, de certeza que arranjará utilidade para estas coisas.

Há ainda outros itens que tenho de destralhar na cozinha. Mas estes eram os mais urgentes, portanto estou muito mais aliviada.

Entretanto aproveitei o entusiasmo e estou a fazer uma grande limpeza na marquise, que sonho transformar numa lavandaria linda, funcional e acolhedora. Acho que não será desta, mas só que fique limpa e desimpedida, já me deixa mais feliz.

Amanhã o meu rico esposo vai pintar a marquise e depois há-de vir a pintura da cozinha, se a tinta chegar... (problemas de logística em tempos de pandemia)!

Já que temos de estar em casa, pelo menos que seja útil para tornar a casa num local melhor!
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