quarta-feira, 1 de abril de 2020

O QUE ESPERAR DE ABRIL

Estou de quarentena com o Gonçalo (não é o termo certo, mas vou continuar a usá-lo por aqui) há praticamente 3 semanas. O meu marido esteve 2 semanas, mas voltou ao trabalho esta semana. No entanto, para a semana voltará a ficar em casa porque a empresa onde trabalha vai entrar em lay-off.

Tudo isto vai alterar muita coisa na nossa vida nos próximos meses. Há uma semana eu achava que a meio de Abril poderia ir regressando ao trabalho. Num horário muito mais reduzido, com muitas reservas, mas que aos poucos íamos regressando. Neste momento já puz essa hipótese completamente de parte e já me pergunto se isso será possível em maio.

Tenho pensado em muitas formas de recuperar este tempo. O que posso fazer para ter trabalho depois de passarmos o estado de emergência? Como me vou organizar? Terei de mudar alguma coisa na forma de trabalhar? Terei de oferecer novos preços, pacotes ou promoções? O trabalho online é viável para mim?

Há umas semanas um antigo colega, arquitecto, convidou-me para trabalhar consigo. Tive de recusar, com o coração apertado porque tenho saudades de exercer, mas com a consciência de que não teria tempo para abraçar 2 trabalhos. Agora vejo-me numa situação em que tempo não me falta, seria uma boa oportunidade para voltar às arquiteturas. Mas não quero colocar o carro à frente dos bois e ter depois de deixar um, sendo que seria quase de certeza a arquitectura. Seria mais uma decisão difícil, mais um desgosto e deixaria alguém desamparado.

Sem trabalhar, sem receber (Apesar de um pai de uma explicanda ter insistido em pagar o mês de Abril mesmo sem haver explicação e de ir solicitar apoio à segurança social, o valor fica aquém do ordenado habitual.) e ver também o ordenado do meu marido reduzido, sei que nos esperam tempos difíceis.

É nestes momentos que fico feliz por ser ponderada e por insistir em colocar dinheiro de parte mensalmente, por pouco que seja ou que pareça. As vezes dou por mim a pensar que podia comprar mais roupa, por exemplo, mas nestas alturas vejo que faço bem em não comprar por comprar.

Por isto, é tempo de, mais uma vez, repensar prioridades e hábitos de consumo. É tempo de nos ajudarmos mutuamente. Não é altura de subir preços, muito pelo contrário. Apesar de já se notar em certos casos. Por exemplo, o Vinagre de limpeza que vos mostrei há dias, custou 1,10€ como se vê na etiqueta. Na semana passada comprei uma segunda garrafa e já custou 2,00€... Em compensação, hoje fui pagar a renda do meu espaço de trabalho, e o senhorio dispensou metade do valor. Para além de ser uma grande ajuda, mostra uma grande sensibilidade e consciência da realidade. Fiquei muito agradecida! Acho que são estas atitudes que devem prevalecer. São tempos difíceis para todos!

Em Abril, gostava de escrever mais aqui no blogue. Já tenho algumas ideias, mas gostava da vossa opinião. Peçam coisas. O que gostavam de ler?

Espero que desse lado se encontrem bem de saúde, é o principal!

Vamos todos ficar bem!!! 🙏🙏🙏
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