Esta semana fomos visitar a pediatra do Gonçalo.
Se acompanham o blogue, sabem que o Gonçalo tem a mesma pediatra desde que nasceu, tal como a médica de família, que é minha médica há mais de 30 anos (oh Meu Deus, estou a ficar velha...).
Gostamos da pediatra, tem sido sempre muito acessível e o Gonçalo também sempre simpatizou com ela.
No entanto, não temos estado sempre de acordo, e apesar de ver que faz sugestões mas respeita a nossa decisão, noto que tem havido sempre um certo "julgamento" ao facto do Gonçalo não estar no infantário.
Parece-me que a Dra sempre achou que o facto dele estar com os avós era negativo e que nunca percebeu que o "estar em casa" e não no infantário, não significa que ele estivesse fechado num apartamento com 2 velhotes que não "puxam" por ele.
Claro que a questão do atraso na fala só veio apoiar esta ideia.
E por muito que eu dissesse que ele convivia com crianças, que íamos ao parque, que era sociável, que faziamos brincadeiras didáticas, pareceu-me sempre que pairava uma grande dúvida por cima das nossas cabeças.
Esta semana fomos então fazer a consulta dos 4 anos.
Na última consulta o Gonçalo ainda não falava nada perceptível para quem não tivesse contacto regular com ele. A Dra. não percebeu nada do que ele falou e sugeriu que ele tivesse 2 sessões de terapia da fala para que evoluisse mais.
Não veio a acontecer, pois ele de repente começou a falar e de dia para dia vemos evolução.
Chegados à clínica, e o Gonçalo preparado psicologicamente para uma consulta onde a dra. iria ver os dentes, ouvidos, altura, pilinha, etc, entramos no consultório e a médica diz:
- Olá Gonçalo, estás bom?
Ao que ele responde:
- Olá. Quem és tu?
A partir daí foi só conversa, respondeu a todas as perguntas, manuseou um peão (coisa que ele nunca tinha visto) e que nos surpreendeu (a mim e ao meu marido) e a dra ficou satisfeita porque, segundo ela, cada vez mais há problemas de motricidade fina nestas idades e muitos miúdos não conseguem pôr o peão a rodar.
O rapaz falou das brincadeiras favoritas, sendo uma delas "cultivar com o avô no trator", falou dos animais que os avós têm, que anda de bicicleta sem rodinhas, e quando foram para o exame físico, começou a falar do coração, "os meus pulmões estão a respirar bem e o meu "estogamo" está na minha barriga".
Depois de tudo isto é que a Dra. perguntou se ele já estava no infantário, e quando eu disse que não e lhe expliquei as razões ela desvalorizou e disse que ele estava muito bem (coisa que antes ela referia ser muito importante, bla bla, bla, possivelmente por achar que o miúdo não convivia com ninguém e que era essa a razão do atraso na fala). Perguntou ainda se ele praticava desporto, pois estava muito desenvolvido fisicamente e eu respondi:
- O desporto dele é correr e andar de bicicleta o dia todo!
- E é muito bom, faz-lhe muito bem! -respondeu.
O rapaz cresceu 9 cm em pouco mais de 1 ano, aumentou 3 kg e continua acima do que é espectável na sua idade em termos de altura.
As únicas observações "negativas" foram o facto dele não dizer bem o "r" e de se distrair com alguma facilidade. Com a ressalva de que pode ser algo que passe com o tempo e de não ser motivo de preocupação para já.
Em dezembro teremos uma consulta de oftalmologia pediátrica. Por um lado porque foi sugerido pela pediatra, pois é recomendavel nesta idade, por outro lado porque de vez em quando ele pisca muito os olhos. Deste modo vamos tirar as dúvidas com quem percebe do assunto.
Com a pediatra, se tudo correr bem, encontramo-nos para o ano!
Bom dia Alegria :)
ResponderEliminarAcima de tudo, acho que o instinto dos pais nunca deve ser desvalorizado.
Os pediatras, os livros e opiniões alheias são boas,(com conta, peso e medida)... mas devem ser sempre vocês a decidir o que acham melhor para o Gonçalo.
Tudo a seu tempo.
Também "levei na cabeça" por coisas que a Matilde tb tinha idade para fazer e não fazia... mas a seu tempo foi fazendo...
Beijinhos...
É isso mesmo Carla. Nós é que estamos com eles e vemos o seu desenvolvimento. Uma consulta de ano a ano, que muitas vezes nem 30 minutos demora, não pode ser o único termo de avaliação. Beijinhos.
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