quinta-feira, 29 de junho de 2023

ESCOLA E DESENVOLVIMENTO - 4

 O pedido de adiamento consiste em preencher um requerimento na escola, neste caso na sede do agrupamento, e em entregar um relatório da educadora de infância onde fale do desenvolvimento da criança e explique o porquê de achar que deve ficar na pré. É também pedido um relatório médico, ou mais, (nós entregámos também o relatório da terapeuta da fala do agrupamento, que não foi feito com este intuito, mas foi o ponto de partida e mostrava que várias pessoas tinham a mesma opinião) e isto é o que faz a diferença, pois pelo que percebi se for só a educadora e os pais a pedirem o adiamento, este é recusado. Já com um relatório de um médico ou de um terapeuta, as possibilidades de ser aceite aumentam.

Ora bem, como houve alguna indecisão da nossa parte, o tempo não estava de todo a nosso favor.

Tivemos de fazer tudo a correr, ficámos doentes pelo meio, a terapeuta também, foi um 31, uma correria desenfreada, mas consegui matriculá-lo e entregar a papelada do adiamento no penúltimo dia de prazo.

Durante este tempo eu andei super ansiosa, super nervosa, mas felizmente conseguimos tratar de tudo atempadamente. 

Agora temos de aguardar, e o pedido pode ser deferido ou indeferido.

Nesta situação a matrícula tem de ser feita no pré-escolar e no primeiro ciclo, já que ele tem idade para entrar no 1° ano em Setembro. 

Entretanto regressaremos às sessões amanhã, pois eu quis fazer uma pausa (2 semanas) porque foi muito stress em pouco tempo. Amanhã irei esclarecer com a terapeuta o que vem a seguir, se continuamos com a avaliação de pré-requisitos, ou se começamos mesmo com alguma terapia. Pelo que percebi, a avaliação não terminou, simplesmente tivemos de entregar o relatório e como havia elementos suficientes para o fazer, não houve problema de não terminarmos a avaliação antes do relatório. De qualquer forma, acho que ainda há aspetos a serem avaliados.

Pelo que vou falando com a educadora, as coisas na escola têm corrido melhor, mas não o suficiente para dizermos que houve uma grande evolução e que o Gonçalo está pronto para ir para o 1° ano, que conseguirá estar sentado e com atenção durante várias horas e que o seu interesse pelas tarefas escolares melhorou substancialmente. Tem sido uma evolução lenta.

Em casa vamos fazendo umas coisinhas, mas sempre com muita insistência. Raramente parte dele e raramente mostra entusiasmo em fazer um desenho ou um trabalho. 

Tivemos de fazer a árvore da família para ele apresentar à turma (e os colegas as respectivas árvores, claro). Ele ficou muito entusiasmado quando começámos, quis cortar umas coisas, foi logo buscar a sua tesoura, mas cortou 2 folhinhas e pronto, disse logo que estava cansado. Depois escreveu o seu nome por cima da sua foto, mas não consegui que fizesse mais nada. Como tinha de acabar para levar para a escola, e só foi possível fazermos aos poucos depois do jantar, acabei por ser eu a fazer praticamente tudo. Felizmente ele conseguiu apresentar e ao que parece, safou-se muito bem. 

A sensação que tenho, é que temos pela frente um grande desafio e que além de tempo, precisamos de paciência e dinheiro. Cada consulta que fazemos, somos enviados para outra especialidade. Fomos fazer uns exames auditivos, fomos logo encaminhados para um otorrino... e assim vamos. Não sei quando teremos mesmo um diagnóstico, ou se haverá diagnóstico sequer. 

Muitas vezes sinto-me a panicar um pouco, mas tento racionalizar e penso que tem de ser um passo de cada vez, um dia de cada vez e que tudo irá sendo resolvido. Somos fortes! 

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