quinta-feira, 20 de junho de 2024

PHDA E PEA - ÚLTIMAS SEMANAS DE PRÉ

 Hoje foi dia de trazer todo o material e trabalhos do Gonçalo, da escola. 

Ao contrário do ano passado, que nos entregaram tudo no último dia de aulas, esta ano esta educadora optou por ir dando a 3 ou 4 crianças por dia, e assim ir libertando a sala.

A sala já não tem muita coisa nas paredes, os trabalhos que estavam expostos já foram retirados, e percebe-se que já não há a agitação normal. 

Há crianças já de férias e o fim do ano letivo aproxima-se a passos largos.

Assim que cheguei a casa fui ver os trabalhos e desta vez fiquei satisfeita. 

Vê-se a diferença entre os trabalhos do 1°período, onde ainda não havia diagnóstico nem medicação, e a educadora era a do ano passado, e entre os 2°e 3° períodos, já com medicação, psicomotricidade quinzenal e outra educadora. 

Apesar de ter desenhos muito básicos, coisas mal pintadas e de se perceber a pouca paciência para os detalhes e o desejo em despachar a tarefa, os trabalhos têm um princípio, meio e fim.

No ano passado havia muita coisa por fazer. Tinha desenhos para pintar, com uns riscos e pronto. Além de ter muitos trabalhos que não foram feitos por ele. Havia muitas fichas, muitos desenhos impressos para pintar (alguns repetiram-se no 1° período deste ano letivo) e pouco conteúdo.

Este ano vi mais trabalhos livres, recortes, pinturas com aguarela, muitos desenhos do fim-de-semana. 

Estes últimos são basicamente sempre o mesmo. A casa dos avós, ora de uns ora de outros, o prédio da tia, e um desenho da praia. Nunca houve muita preocupação em desenhar o que realmente fazia no fim-de-semana. 

Lembro-me de me dizer que desenhou o prédio da tia e eu dizer-lhe que nem sequer esteve na casa da tia e ele responder-me: "então, mas eu gosto do prédio da tia e o desenho é meu"!

Nestes fins-de-semana todos fomos dezenas de vezes à praia, pois é algo que fazemos muito quando os dias de inverno o permitem, mas ele só fez um desenho da praia. Muito básico, mas pelo menos todo pintadinho.

Sei que fizeram muitos trabalhos de grupo, muitos projetos, como eles dizem, portanto há coisas que não trazemos para casa.

Continuo a ver um Gonçalo com muita vontade de brincar. Há vontade de aprender coisas novas, coisa que não via no ano passado, mas pouca paciência para estar sentado. Isto preocupa-me, pois sei que o 1°ano já exige muita atenção e muito tempo na sala de aula.

Mas, por outro lado, sei que tenho quem me vá ajudar em caso de necessidade.

Recebi um email da EMAEI (equipa multidisciplinar de apoio à educação inclusiva) para falarmos sobre as medidas do próximo ano letivo.

Não faço ideia do que se fala nestas reuniões, mas calculo que me vão falar sobre o Decreto-lei 54/2018 e dizer-me quais as medidas que serão aplicadas no caso do Gonçalo. 

Ontem a terapeuta imprimiu-me o decreto para eu ler com calma e disse-me as medidas que eu devo exigir e as que devo recusar, caso sejam propostas. 

Ir minimamente preparada já me tranquiliza.

A preocupação com a escola continua, visto que só dia 1 saberei se fica na mesma escola ou não. 

Mas é algo que não depende de mim, pelo menos para já, portanto vou ter calma e tratar de cada assunto a seu tempo.


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