Com as férias escolares, noto que o Gonçalo perdeu bastante o ritmo de trabalho.
Temos feito algumas fichas, exercícios soltos, e tem havido muita frustração pelo meio... minha e dele.
Dele, porque não lhe apetece trabalhar, minha porque quero que ele trabalhe, de preferência sem lamurias, o que não tem acontecido.
O que me salva são os anos de experiência. Já dei explicação a muitos "Gonçalos", portanto já tenho muito jogo de cintura.
Depois, também tenho aprendido muito com a psicomotricidade. Vou vendo as estratégias da psicomotricista (costumo chamar terapeuta para facilitar) e vou também aplicando no nosso dia-a-dia.
Mas tenho visto que "água mole em pedra dura, tanto bate até que fura". O facto de trabalharmos, mesmo parecendo um trabalho inglório, vamos vendo os frutos.
Na última sessão a terapeuta comentou isso. O facto de praticamente todos os dias o Gonçalo escrever o seu nome e a data, fê-lo melhorar bastante. Antes fazia as letras e os números um pouco grandes e agora já escreve com um tamanho adequado.
Não foi preciso muito, foi apenas com a prática quase diária que esse pormenor melhorou.
Lá está, o poder do básico bem feito!
E depois é a força do hábito. O facto de trabalhar, mesmo sem vontade, mesmo a lamuriar-se, ele faz tudo o que mando. Se eu desistisse e deixasse para depois, o hábito perdia-se por completo e isso dificultaria o início do ano letivo.
Mesmo tendo a psicomotricidade, e sabendo que lá ele trabalha melhor, não posso, de forma alguma, deixar tudo para lá, como se tudo dependesse daquelas sessões.
A evolução seria muito mais lenta.
Há dias que fazemos exercícios super fáceis, até ele refere que são "coisas de bebés". Mas nessas coisas de bebés ele continua a treinar muita coisa importante, a concentração, a motricidade fina, a paciência, aprende a lidar com a frustração... Tudo isso importa! Tudo isso faz diferença e vai influenciar no futuro!
Por isso é que insisto tanto no "básico bem feito!"
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