Como referi no último post sobre o quarto (podem ler aqui), ficámos com vários móveis da minha sobrinha. O objetivo foi sempre dar-lhes uma cara nova, sem que fosse algo definitivo, pois não pretendo ficar com os móveis para sempre e se a minha sobrinha quiser vender, ou reaproveita-los, será mais fácil se estiverem com a imagem original. Sendo assim, optei por usar papel autocolante para dar uma nova imagem.
O roupeiro era rosa choque, muito em voga há uns anos, branco e de madeira.
Mantive o branco e a madeira e escondi o rosa choque, que ficou cinzento claro e preto.
Temos ainda dois roupeiros brancos sujo, que não são propriamente bonitos, mas que nos dão um jeitão para arrumação. Não queria deixa-los assim com este ar deslavado, por isso encarreguei a minha sobrinha de decorá-los com uns triângulos de forma aleatória. Também fizemos uns olhinhos fechados e o resultado animou bastante o Gonçalo, que assim que entrou no quarto fez: "Aaahhh!"
Confesso que gosto mas não adoro! Mas a qualquer momento podemos alterar a decoração, portanto não há problema!
Antes - Durante as obras, limpezas e arrumações. |
Depois - Já com os roupeiros "novos". |
Depois tinhamos outro móvel, que ao que parece é um roupeiro de bebé, que é branco, e tem uns ursinhos em tons de rosa, amarelo e azul. Este sempre achei bonito, mas os ursinhos não tinham nada a ver com o que pretendia para o quarto. Resolvi escondê-los (de início pretendia fazer uns bonecos, mas desisti porque iria demorar muito tempo) com autocolante cinza e preto.
Antes - O roupeiro é a mesa de cabeceira com os desenhos originais. |
Depois - O roupeiro com as montanhas cinzentas e pretas. |
Aproveitei também umas molduras velhinhas, que estavam no meu quarto de solteira na casa dos meus pais. Têm mais de 15 anos. Comprei um spray numa loja de chineses, e o meu marido pintou-as. Ficaram como novas. Aqui coloquei uma frase e um desenho, feitos à mão por mim, e o primeiro "desenho" do Gonçalo.
Antes - As molduras com mais de 15 anos. |
Depois - As molduras pintadas. |
A cama foi totalmente improvisada, mas tem feito sucesso.
Quando comecei a procurar inspirações para o quarto, pensava em colocar a caminha de grades. Com o tempo percebi que o Gonçalo está muito crescido, que eu não ficaria descansada com ele a dormir noutro quarto e a tentar sair da cama, etc. Depois pensei numa cama Montessoriana, que pudesse colocar já no quarto e continuar com a de grades no nosso quarto, para irmos fazendo a transição. Mas estas camas são caras e não encontrei nenhuma aqui perto. Entretanto houve uma estrutura no DeBorla, que apesar de não ser uma cama, tinha tamanho para colocar lá o colchão da cama de grades. O problema foi ter esgotado e apesar de me terem garantido que voltariam a ter, nunca mais encontrei. Dito isto, resolvi usar o que tinha. Trouxe o colchão da caminha de grades da casa da minha sogra e coloquei-o dentro da tenda que já tinha comprado. Et voila, fez-se uma cama pseudo montessoriana.
E assim temos o quarto do Gonçalo. Temos muita arrumação, uma cama que apesar de ainda não ter servido para dormir, serve para descansar e brincar, temos muito espaço livre para brincar, que a meu ver é essencial, e temos muita luz natural pois o cortinado branco assim o permite.
Nada disto é definitivo, pois o quarto tem de crescer com o seu dono. Tudo vai sendo alterado à medida que o Gonçalo for crescendo e os seus gostos e necessidades forem mudando.
Já me perguntarem porque não comprei uma mobília nova, já que existem mobílias tão baratas hoje em dia. A questão não é o dinheiro e até fico triste por ver que as pessoas resumem tudo a dinheiro. Neste momento não faz sentido para mim comprar uma mobília, cara ou barata, sabendo que daqui a uns tempos queremos mudar alguma coisa. Por outro lado eu gosto muito desta coisa de fazer algo com o que se tem, de dar nova cara às coisas, de alterar com frequência. Também acho que é um desperdício, andar a comprar comprar, para depois vender, ou arrumar numa arrecadação.
Ele vai ter uma cama nova (outra, porque a primeira foi nova), e um quarto mobilado de forma tradicional... ou não... 😉