quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

ORGANIZAR A CASA - 2023

 Eu sei que é um tema que repito muito aqui no blogue, mas a verdade é que ando constantemente a organizar e a reorganizar a minha casa.

E de facto, não entendo como é que há pessoas que conseguem ter a casa sempre organizada. Ou para elas organização não tem o mesmo significado que tem para mim, ou há truques que eu ainda não consigo implementar.

Uma casa organizada para mim é uma casa que não tem tralha, e que tudo o que existe nela tem um lugar.

Não é uma casa sempre arrumadinha e super limpa, embora eu também gostasse que fosse, mas é um local onde se encontra tudo, onde tudo está arrumado de forma lógica, onde não existe quarto/gaveta/zona da tralha... estão a perceber a ideia?

Também é uma casa que não precisa de demasiado tempo para ser limpa e arrumada. 

Basicamente isto é a minha casa de sonho...

Bem, eu pretendo conseguir destralhar o máximo possível, e como falei no post anterior, estou nessa fase.

Já me desfiz de roupa, de bijuteria, de brinquedos partidos e velhos do Gonçalo, de calçado velho, tapetes, alguidares... À exceção da roupa que estava em condições e que dei, a maioria das coisas tem sido para jogar mesmo fora. 

Tem sido um trabalho gradual, um pouco todos os dias, porque de outra forma seria mesmo impossível. 

Na semana passada destralhei, limpei bolor e arrumei a lavandaria. Já era uma zona problemática em termos de humidade, mas este ano tem superado as expectativas. No verão limpei tudo, passei primário e pintei com tinta e anti-fungos, e mesmo assim o bolor reapareceu e ainda pior. 

Portanto é uma zona muito complicada e que eu tenho de estar sempre atenta para que não chegue a um ponto miserável. 

Depois tentei organizar as limpezas da restante casa de maneira a conseguir manter tudo, minimamente, em ordem.

Os fins-de-semana são sempre complicados, ainda para mais porque trabalho ao sábado de manhã, o que complica um pouco a nossa rotina.

Como tal, a segunda é um dia em que a casa está num estado caótico. Assim, resolvi organizar a rotina doméstica da seguinte forma:

• Segunda (manhã): arrumar objetos (principalmente brinquedos) aspirar chão e móveis (com o acessório próprio para esse efeito) e lavar o chão da casa toda. Colocar roupa a lavar e secar.

E isto parece pouco, ainda para mais sendo a minha casa pequena, mas a verdade é que a segunda a casa costuma estar do avesso. Portanto demoro muito tempo.

• Terça (manhã): compras de supermercado, se for necessário e limpar algo específico, como por exemplo limpeza detalhada do wc vidros, "desmontar" sofá e aspira-lo, etc. Ou seja, neste dia realizo uma tarefa que não consigo fazer nos outros dias e que não necessita de ser feita todas as semanas. Incluo a limpeza detalhada do wc aqui, pois diariamente vou fazendo uma limpeza, portanto não preciso de limpar profundamente com tanta frequência. 

• Sexta (manhã): novamente aspirar e lavar o chão da casa toda, para termos a casa limpa no fim-de-semana e não juntar a desordem do fim-de-semana à desordem da semana. 

Neste dia também mudo a roupa das camas e coloco a lavar e secar.

• Fim-de-semana: Engomar 

• Diariamente: Lavar roupa (é raro o dia que não tenho roupa para lavar, e só não o faço se estiver a chover e souber que não secará), cozinhar, fazer camas, arrumar roupa do dia anterior que não será lavada, varrer chão/passar mopa nas divisões mais usadas, lavar loiça, despejar lixos, estender e apanhar roupa, dobrar roupa e arrumar a que não é engomada, arrumar objetos fora do lugar ...

Isto assim parece muito, e é muito, mas à medida que a rotina vai virando mesmo rotina, fica tudo mais fácil e a casa vai-se mantendo limpa e arrumada durante mais tempo.

E se há uma coisa que tenho percebido, é  que se quero a casa organizada e limpa, não posso procrastinar. Mesmo que sejam tarefas pequenas, o facto de ir fazendo sempre um pouco, de ir melhorando, ajuda-me a manter no eixo.

Já o disse muitas vezes, a minha casa não é de todo o que gostava de ter. Cada vez tem mais problemas de humidade e infiltrações,  nos arranjamos aqui e estraga-se ali, etc... mas é o que temos, é o que conseguimos ter neste momento, portanto temos de fazer o melhor possível. 

Estar organizada, limpa, arrumada, cheirosa, já me dá muito alento. Quando lá entro e sinto boa energia, já fico feliz. Não sei como nem porquê (ou até sei, mas pronto...) às vezes é difícil e desanimo muito. E quando este desânimo chega, tudo corre mal, não vejo nada de bom em sítio nenhum, portanto manter a ordem na casa, ajuda a manter a ordem na cabeça e no coração e vice-versa!

Continuo na onda das leituras sobre casa. Agora estou a ler "A minha casa Hygge" para me inspirar ainda mais. Mas isso será tema para outro post.




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sexta-feira, 6 de janeiro de 2023

A ARTE DE ORGANIZAR A SUA VIDA - O CLIQUE QUE EU PRECISAVA


 Comprei este livro com algum receio de ser mais do mesmo. Tenho alguns livros sobre organização, principalmente da casa, e alguns são isso mesmo, mais do mesmo, sempre a mesma lenga lenga. Há outros que valem a pena e a esses até costumo recorrer quando preciso de alguma inspiração. 

Mas este livro insistia em aparecer em alguma parte, portanto li uma pequena parte no site da Bertrand e resolvi adquiri-lo.

Não é um livro de tópicos, ou de listas. É uma conversa. A autora vai falando, dando exemplos e explicando o método de organização que utiliza, o Dan-sha-ri.

Posso dizer-vos que houve aqui um clique.

 Como já partilhei inúmeras vezes, eu destralho com alguma frequência. Vou sempre vendo a minha roupa e a do Gonçalo e outros objetos que podem sair das nossas vidas. 

Mas fica sempre alguma coisa.

 As coisas do meu marido, também já referi, ele é que tem de destralhar. É algo comum a todos os livros e métodos, não temos o dever, nem o direito de destralhar coisas das outras pessoas. Do meu filho sou eu que faço, obviamente por ser criança. Mas das coisas do meu marido não trato, a não ser daquelas que estão mesmo com um pé para a cova e eu lá o convenço a desfazer-se daquilo. Por exemplo, há uns tempos tinha umas t-shirts para lá de velhas, com mais de 20 anos, todas esburacadas... eu já insistia há muito para as deitar fora, mas ele não queria porque eram de uma coleção de desenhos animados e tinham algum valor sentimental. Como não consegui que se desfizesse, consegui convencê-lo de que mantê-las não trazia benefícios para ninguém e que poderíamos dar-lhes uma nova vida. Portanto, cortei os desenhos e fiz uns quadros para o quarto do Gonçalo. Com o resto do tecido, fiz panos de limpeza...

Mas mesmo nas coisas que eu destralho, que são minhas, há sempre algo que fica. E normalmente qual é o pensamento que me leva a deixá-las: "ainda posso usar", "eu gosto, portanto um dia ainda vou usar", "posso voltar a precisar".

E o que acontece na realidade? Aquilo (seja roupa, calçado ou outro objeto) fica ali numa gaveta, não é usado, até chega a ser esquecido e não se passa para a frente. Depois fico com a sensação que não estou a fazer bom uso do objeto, mas pensar em desfazer-me também me leva a pensar que estou a desperdiçar. Cheguei ao ponto de não me desfazer de coisas por achar que estou a fazer muito lixo e que talvez consiga dar uma nova vida áquilo.

Depois não dou nenhuma nova vida e deixo as coisas estagnadas. E sou eu uma pessoa que destralha com frequência. Imaginem alguém que sente dificuldade em destralhar tudo.

Para terem uma ideia, tinha um relógio que a minha irmã me ofereceu quando eu terminei o curso de arquitetura. Era muito giro na altura e usei-o muito. Deixou de trabalhar, não era pilha e nunca resolvi o problema. Ficou anos numa gaveta sem trabalhar, e foi ganhando bolor (a bracelete tinha tecido) e eu não tinha coragem de jogar o dito relógio fora porque tinha sido um presente da minha irmã. Mas estava velho, bolorento e sem salvação, para quê guardá-lo? Só quando li este livro é que tive coragem de jogá-lo fora (neste caso não era possível dar ou vender, obviamente).

E porquê só agora, perguntam vocês?

Como disse atrás, antes tinha dificuldade em desfazer-me de algo porque pensava no futuro, talvez voltasse a precisar e usar, ou no passado, como no caso do relógio. Mas a autora deste livro diz que devemos pensar no presente. Na nossa relação com o objeto no presente. É tão óbvio, não é? 

Bastou pensar nisso. "Já usei, já gostei, mas agora, hoje, neste momento, não uso."

É tão simples quanto isto. Não uso agora, agora já não faz sentido manter. E na maioria dos casos, não uso agora, nem usei nos últimos tempos ou anos, e sei que não voltarei a usar. Manter porquê?

Comecei por jogar fora os relógios e bijuteria acabados, mortos, que tinha guardados. (E advinhem quem também tem vários relógios no mesmo estado guardados?).

Aproveitei a leva e escolhi roupa que também não uso. Umas coisas porque estão apertadas, outras porque já não são o meu estilo e outras porque a cor não me fica bem, pura e simplesmente isto. Há uma cor que gosto muito, um castanho caramelo, mas que não me favorece nada. Pareço 10 anos mais velha e com olheiras até à boca... não vale a pena manter coisas que não nos valorizam ou que não nos fazem sentir minimamente bem. 

Juntei tudo o que estava em bom estado, fotografei e publiquei no Facebook com a seguinte legenda: dou a quem quiser e vier buscar. 

Já foram!

As coisas em mau estado foram para o lixo.

E agora vou com tudo. Vou usar a mesma técnica para tudo em casa, à exceção das coisas do meu excelentíssimo esposo, e vou ficar mais leve, livre...

Além de coisas, neste belíssimo livro pode ler-se também sobre pessoas, sobre relações. 

E eu tenho andado nos últimos anos (desde que o Gonçalo nasceu, a bem dizer) com algumas amizades atravessadas. É isto, as pessoas desiludem-me, ou eu espero muito delas, não sei. Só sei que durante estes 5 anos e tal, tenho apanhado várias desilusões. Tantas, que cheguei ao ponto de já nem me sentir desiludida, porque já passou a ser normal.

Desde pessoas que leem as minhas mensagens (põem lá o "vista", não disfarçam) e depois não respondem, desde as que querem marcar qualquer coisa comigo a horas impossíveis para mim (e mesmo depois de eu o referir várias vezes), pessoas que me tinham muito em conta e de um dia para o outrodesapareceram do mapa, pessoas que insistem em marcar coisas e desmarcar em cima da hora, pessoas que desmarcam com as desculpas mais esfarrapadas que podem imaginar, pessoas que se atrasam sempre, pessoas que se lembram de mim só quando têm problemas e precisam de desabafar, enfim, podia continuar mas não é necessário. 

Isto levou a quê? A que eu perdesse a consideração por algumas destas pessoas. Com algumas perdi mesmo o contacto, com outras afastei-me, com outras usei a premissa de "na terra onde fores ter faz como vês fazer", mas com outras sinto sempre algum remorso quando penso em afastar-me. O que depois me leva a reconsiderar e desiludir novamente. Mas só o facto de me passar pela cabeça o afastamento, já diz muito, não é?

Lendo apenas umas linhas sobre relações neste livro, percebi que tinha de aplicar a mesma regra dos objetos: se a relação neste momento já não é boa, não existe confiança, mesmo sendo uma amizade, não interessa. No passado foi um boa amizade, mas mudou. Presentemente já nem se pode chamar amizade, portanto não há como manter. 

Não quer dizer que tenha de cortar completamente os laços com estas pessoas, mas deixar de me preocupar, sim, é algo que tenho de fazer. 

Não tenho de sentir a obrigação de manter contacto quando do outro lado não vejo esse interesse, ou só vejo de vez em quando! 

Além destes aspetos que fizeram mesmo um clique na minha pessoa, há muita coisa interessante. Está tudo interligado, vão-se repetindo pensamentos, opiniões e factos, mas foi de facto um livro que gostei de ler e ao qual pretendo voltar quantas vezes forem necessárias.





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domingo, 1 de janeiro de 2023

NATAL, FÉRIAS E NOVO ANO (2023)

 Hoje, dia 1 de Janeiro de 2023, está o típico dia de inverno. Chuva, trovoadas, vento... um belo dia para estar em casa, de livro em punho, mantinha no colo e lareira (salamandra, no meu caso) acesa. E é mesmo assim que estou! Pousei agora o livro que estava a ler, para me dedicar um pouco ao blogue.

As últimas semanas de 2022, foram as primeiras férias da escolinha do Gonçalo. Como anda na Pré-escola, numa escola pública, tem férias como nos outros ciclos escolares.

Tinhamos programado ficar com as avós nas tardes em que eu trabalhasse, e eu trabalharia só até dia 22 de Dezembro para depois regressar no primeiro dia de aulas, 3 de Janeiro. 

Acontece que ele ficou doente no dia 20, e eu fiquei logo de férias forçadas. Portanto muito do que estava programado, não aconteceu. Felizmente os presentes estavam todos comprados e tinhamos comida suficiente no frigorífico para nos aguentarmos uns dias sem preocupações.

Dia 23 ele já estava melhor, consegui fazer as compras para o nosso Natal e para a semana seguinte. 

Pela primeira vez optámos por passar a noite de 24 em casa. Habitualmente jantávamos nos meus pais e depois íamos aos meus sogros para abrir os presentes. Acabava por ser sempre uma correria e este ano não nos apetecia "correr". Já nos chega o dia-a-dia. Depois como o Gonçalo estava ainda a recuperar, ficar em casa era mais do que óbvio. 

E foi uma noite tão tranquila, tão agradável. Preparamos o jantar (feijoada de polvo para os pais e bacalhau cozido com legumes para o filho), tinhamos petiscos para entradas e sobremesas.

Tinhamos planeado fazer umas entradas e sobremesas, mas como o Gonçalo ficou doentinho, eu não tinha a mínima vontade de cozinhar trinta mil coisas. Quis praticidade. Comprei queijos creme, tostas, pasta de azeitonas, patês e para sobremesa uma tarte de leite condensado e bolacha (uma espécie de bolo de bolacha) maravilhosa do Mercadona e uns crepes de chocolate (que só comemos hoje...).

Tínhamos sonhos e filhós feitos pela minha mãe, bombons, chocolates... 

No dia 25 rumámos todos para a casa dos meus pais (pais, sogros, irmãs, sobrinhas, cunhado, avó, afilhada...) e lá passámos o dia a comer e a beber, como se quer no Natal. 

Na semana entre Natal e Ano Novo estivemos todos de férias cá em casa, mas confesso que não tive grande descanso. 

Com a chuva dos últimos tempos, o bolor voltou a dar o ar da sua graça. É uma situação recorrente e com a qual eu não me habituo, portanto é algo que me chateia e desgasta imenso. No verão investi em tintas, primários, anti-fungos e sei lá mais o quê.  Limpei, tapei buracos, preparei e pintei... ficou tudo bom. Neste momento temos a marquise completamente cheia de bolor, tudo preto e nojento. O nosso quarto está todo sarapintado... eu não sei o que fazer.

Este ano resolvemos colocar a nossa salamandra cá em casa. Tivemo-la na casa anterior e ajudou bastante na questão da humidade. Tinhamos esperança que aqui também ajudasse. É certo que tem chuvido bastante e apesar de todo o bolor que apareceu, a casa está mais quente que nunca. Acredito que sem a salamandra estivesse tudo muuuito pior. Mas não deixa de ser chato e desmotivante. 

Andei a semana toda a limpar e a constatar que por muito que faça o problema volta sempre. E antes tinha a ajuda do meu tio, que, ou vinha tratar do assunto ou dizia-me o que fazer. Agora não tenho ninguém que me consiga ajudar, que saiba mais do que eu. Pelo menos alguém próximo. 

No meio desta agitação, tinha encomendado um livro na Bertrand e quando tive oportunidade fui levantá-lo. Aproveitei a ida sozinha para comprar uns acessórios na Parfois e, da Bertrand, em vez de um livro, trouxe três para casa.

Decidi que este ano já não vou comprar revistas mensalmente. Antigamente era um vicio, comprava imensas revistas todos os meses. Depois comecei a perceber que traziam todas artigos idênticos e cada vez mais publicidade e menos conteúdo. Reduzi assim apenas para 2 revistas por mês, a Prevenir e a Saber Viver. Acontece que nos últimos meses nem consigo lê-las por completo e também comecei a achar pouco proveitoso. Optei assim por me dedicar à leitura de livros. E livros que me acrescentem algo. E se há coisa que gosto, é de ir a uma livraria! Neste momento prefiro à Bertrand porque já sei o lugar dos livros que me interessam, mas gosto muito de dar uma voltinha e ficar a folhear umas coisas. Raramente vou lá sem trazer nada comigo! 

O livro que havia encomendado é o "A arte de organizar a sua vida". Já o tinha "folheado" online, mas tinha receio de ser mais do mesmo. Tenho alguns livros sobre organização. Mas acabei por investir e fiquei surpreendida pela positiva. 

Falarei melhor sobre ele noutro post, mas posso dizer que me deu um empurrão para me desfazer de algumas coisas. Foi o que estive a fazer hoje. A separar algumas coisas para o lixo e outras para dar. Para já estive a ver roupa e acessórios, mas quero ver sapatos e livros também. 

A nossa passagem de Ano também foi tranquila. É uma data que me passa um pouco ao lado, confesso. Como tal acabamos por jantar e ficar no quentinho na nossa casa!

Tive pena de não descansar mais nas férias (mas dormi até tarde...) de não ver séries como fiz no ano passado, mas o tempo não dá para tudo e há que fazer escolhas.

O engraçado é que amanhã já é dia de trabalho e eu não estou minimamente preparada para voltar ao trabalho! Nem sei se rio ou se choro... Não há como fugir, portanto vou organizar mais umas coisas para facilitar o regresso! 

Bom Ano minha gente. Aos poucos que me leem e aos pouquíssimos que comentam, continuem por cá se vos fizer sentido. Eu continuarei, porque além de gostar da partilha, também gosto de ler o que escrevi há muito tempo e relembrar coisas esquecidas. Um blogue tem sempre um pouco de diário e isso fascina-me! 😊 


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