sexta-feira, 18 de outubro de 2024

PHDA E PEA - DIFICULDADES DE 1° ANO #2

 Depois da reunião que tive com a professora do Gonçalo, no dia 11, as coisas começaram a melhorar.

Houve várias questões que a meu ver, não ajudaram logo de início. 

- A professora ficou com duas turmas de anos muito diferentes, 1° e 4°, e andou um pouco atrapalhada. A juntar a isso, foi uma mudança grande para ela, escola nova, sistema novo, novas responsabilidades, já que ficou também com a coordenação da escola. Parece-me que não se organizou suficientemente bem e rápido logo de início. 

- Não leu o processo do Gonçalo, onde tem toda a informação existente desde que entrou na Pré: avaliações das educadoras, relatório da terapeuta da fala, relatórios da psicomotricidade, planos de intervenção da psicomotricidade (onde tem muitas estratégias para se lidar com os problemas que vão surgindo), relatórios da pediatra de neurodesenvolvimento, RTP (relatório terapêutico pedagógico, que no caso tem 2) medidas seletivas, relatório da EMAIE... enfim, está lá tudo o que é necessário para perceber o seu desenvolvimento além de ter as medidas a serem aplicadas neste ano letivo. Como não leu, não começou logo a aplicar essas medidas.

- A falta de conhecimento levou a falhas, obviamente. 

- Focou-se muito na questão do autismo, achando que o Gonçalo teria problemas idênticos a alunos seus de anos anteriores. Felizmente não é o caso, no entanto, essas diferenças levaram a alguma dificuldade em perceber as características dele.

- Desconhecimento em relação ao que é a PHDA, "problema" principal do Gonçalo. Por exemplo,  achar que a medicação para a PHDA é muito forte e que por isso ele fica mais lento em relação aos colegas. Quando é precisamente o contrário, se não fosse a medicação ele não estaria sequer sentado. E se tivesse lido as avaliações das educadoras de infância, teria percebido essa mudança no seu comportamento, há dois Gonçalos, o de antes do diagnóstico e da medicação e o de depois.

- Comparar o Gonçalo com os colegas. Todos eles são diferentes, todos têm as suas dificuldades, as suas preferências, etc. Já é mau fazer comparações entre crianças que estão no mesmo patamar, fazer comparações entre crianças que têm necessidades educativas especias e que não têm, ainda é pior. Além de ser mau por várias razões, para o próprio professor é frustrante pois não vê equidade no desenvolvimento da turma.

Todas estas questões foram faladas na reunião. Eu gosto de pontos no is, não gosto de dúvidas.

Logo na primeira reunião com os pais, na apresentação, digamos assim, quando falei do Gonçalo e coloquei algumas questões, a professora falou na reprovação. Que no 1°ano não podia reprová-lo, mas no 2° já podia.

Nesta reunião individual, voltou a falar disso e eu fui clara: o trabalho que temos feito com o Gonçalo, o acompanhamento que ele tem a nível médico-terapeutico e o adiamento que fizemos para o 1°ano, são para o ajudar a desenvolver bem e para evitar que seja reprovado.

Eu nem penso nisso, o meu objetivo é que aprenda bem e desenvolva, não estou a pensar que tenho de evitar uma reprovação de ano, ou que a reprovação será uma solução caso não evolua. Isso nem é tema! 

Depois levantou-se outra questão: o Gonçalo é mais demorado que os colegas, mas trabalha duas manhãs por semana sozinho com uma professora de ensino especial. 

Trabalha bem com essa professora? Sim, trabalha. 

Então se está a trabalhar com outra professora, enquanto os colegas também estão a trabalhar, é natural ele ter fichas diferentes dos colegas.

Se os colegas têm 20 fichas numa semana, mas o Gonçalo não teve 2 manhãs com eles, é natural não ter todas as fichas.

Mas se trabalhou com outra professora, então terá fichas dessa professora. No fim de contas, está a exigir-se que ele faça mais fichas do que os colegas, pois faz as da professora de ensino especial e tem de fazer as da professora principal, enquanto os colegas fazem só as da professora principal... Não estará aqui qualquer coisa mal? 

Que tal haver mais planeamento entre as duas professoras? 

E teremos de perceber as prioridades, certo? É mais importante ele fazer um grande número de fichas, e acabar chateado e desinteressado, ou é melhor fazer menos, mas com atenção e ir assimilando bem a matéria?

Para mim é óbvio. 

Até porque houve um dia desta semana em que o Gonçalo trouxe o caderno de uma colega por engano. Como eram iguais eu também não reparei e abri-o. E notei que além da menina ter menos coisas no caderno (já que a maioria do que ele tem é feito com a professora de ensino especial) também tem pior apresentação. Ele tem uma caligrafia bonita e tem tudo limpinho, a menina não tinha, pelo menos no caderno. E isto leva-me a perguntar, afinal é mais importante a quantidade ou a qualidade? 

Voltanto à reunião...

Decidiu-se também, que à sexta a professora manda os manuais para casa, para eu ver e também para fazermos páginas que ele não fez, por estar onde? Com a professora de ensino especial. 

A professora até referiu que não era necessário fazer tudo, porque já tínhamos chegado à conclusão (óbvia) de que fez outros exercícios, possivelmente mais adequadas às suas dificuldades. E disse também, que não queria que eu ficasse sobrecarregada a fazer trabalhos com ele. Ao que eu respondi: "a minha vida é isto. Eu dou explicações, isto é o meu dia-a-dia com os filhos dos outros. Ele é meu filho, nem me passa pela cabeça não fazer! Vamos fazendo com calma."

Portanto, na semana passada trouxe várias páginas de português para fazer, e o que é que constatei? Que ele tem muito mais interesse no manual do que nas fichas soltas!

E porquê?

Eu acho que são mais apelativas (têm cores e as fichas são a preto e branco), têm vários exercícios diferentes numa página, os exercícios são mais curtos, logo mais rápidos de fazer. Portanto ele não fica logo desmotivado assim que vê o trabalho que tem pela frente, enquanto que com as fichas, desanima logo de início!

Tudo isto são aspetos a ter em conta. E temos de usar as armas que temos em nosso benefício. E não o contrário!

No meio disto tudo, o que é que eu vejo de bom e acaba por me tranquilizar. 

- Temos um bom acompanhamento com a terapeuta, que nos ajuda bastante com estratégias para o motivarmos.

- Temos um bom ambiente familiar, tanto na nossa casa, como no núcleo familiar próximo. Isso ajuda bastante no equilíbrio de tudo.

- Temos rotinas bem definidas, fazemos alterações quando necessário, mas falamos muito disso com o Gonçalo. Sempre notámos que ele responde bem a uma rotina bem definida e usamos muito isso! Eu também preciso de rotinas, por isso não é difícil!

- Conversamos com ele e ele percebe. Portanto há muito a conversa sobre a importância da escola, a importância das regras, a importância de trabalhar e de aprender, a importância da professora, a professora é que manda e temos de respeitá-la sempre, ensinamos-lhe sempre a importância de ser bem educado e respeitar os colegas, professores e auxiliares, etc. São conversas constantes nos nossos dias, principalmente na hora do jantar.

- Todos os dias, quando o pai se despede dele diz-lhe para trabalhar na escola e portar-se bem, eu quando o deixo na escola volto a repetir, e ele vai percebendo. Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura.

- Quando tudo corre bem, há recompensas. Por exemplo, na escola, quando ele trabalha bem a professora envia-me uma foto e diz-lhe. Ele fica muito orgulhoso. Em casa, se ele se portar bem durante o dia, à tarde quando chega a casa e depois tomar banho, pode jogar consola até ao jantar. Depois do jantar não se joga, mas estuda-se um pouco. Se estudar e fizer as tarefas bem feitas, no dia seguinte pode jogar novamente à tarde. Ele já sabe como funciona e respeita. (Quem diz jogar, diz outra coisa que goste. Neste momento a consola é novidade, jogamos com esse interesse e tem funcionado muito bem).

- Eu tenho alguma experiência que me ajuda também no trabalho com ele, além de ter muito material, muitos livros, muita coisa que pode ser aproveitada em casa para um trabalho regular.

Ainda temos a vantagem de sermos persistentes. Eu não sou de desistir, de deixar para depois, sou muito frontal, também sou muito ativa na escola, portanto uso isso tudo a nosso favor. Acredito que se fosse uma pessoa tímida, com medo de ter uma voz ativa no meio escolar, pudesse ser mais complicado! Agarro o touro pelos cornos quando é necessário, embora use a delicadeza e educação para o fazer! Entendem-me?

Com todas estas estratégias e alterações, já começamos a ver melhorias no Gonçalo. Já anda mais interessado, fala mais sobre a escola e sobre o que aprendeu, já se interessa em folhear os manuais que temos em casa. Despacha-se mais rápido de manhã para ir para a escola. São pequenas coisas que vamos notando e que nos ajudam a perceber se vamos, ou não, no bom caminho.

E o caminho faz-se caminhando!



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quinta-feira, 17 de outubro de 2024

TURBO SMART VILEDA - OPINIÃO

 Comprei esta maravilha no verão e tenho usado o suficiente para vos dar a minha opinião...

Muito sinceramente, a única vantagem que tem, é a facilidade em torcer muito bem a esfregona, sem grande esforço da nossa parte, e isso contribuir para a secagem do chão muito rápida. Agora nesta altura do ano, facilita-me a vida.

De resto, não gosto da esfregona em si, não acho que lave melhor que as outras (costumava usar de microfibra também da vileda), em certos casos até a acho pior. 

Tem a vantagem de ser rotativa e espalmada, o que facilita a limpeza debaixo das camas, por exemplo, mas não cabe em certo sítios, por exemplo atrás da sanita... o que me obriga a ir lá limpar com o paninho e a mão, ou teria de ter outro balde e outra esfregona, o que não compensa pois o espaço não é muito para tanta tralha.

Gosto muito de usar este sistema para limpar paredes. Tenho uma recarga só para esse efeito, e facilita muito. Mesmo para limpar por cima dos roupeiros, gosto. Como torce bastante, limpa bem e sem muito esforço. 

Tirando isso, minha gente, gosto mas não adoro!

Nem sei se voltaria a comprar!!!

Por aí, quem tem, gosta? 


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sexta-feira, 11 de outubro de 2024

PHDA E PEA - DIFICULDADES DE 1°ANO

 São 6:30 da manhã e desde as 5:30 que não durmo... querem saber porquê?

Estou preocupada com a escola do Gonçalo, ou melhor, com o Gonçalo na escola.

Ontem houve uma reunião com pais, professores e diretor do agrupamento escolar para se escolher interessados para a associação de pais.

Claro que fomos avisados da reunião de véspera, sem ser mencionado o motivo, acredito que, para evitarem ter uma reunião às moscas.

Houve muitas pessoas a inscreverem-se para pertencerem à associação de pais, e ainda bem.

Depois tivemos reunião com a professora. 

É uma pessoa muito simpática, humilde, mas muito desorganizada. Não tem um fio condutor para as reuniões, perde-se, repete assuntos, esquece-se de outros e 45 minutos de reunião não foram, a meu ver, bem aproveitados.

Sugeriu-me para representante suplente dos pais, e disse que me achava com o perfil ideal, além de ser uma pessoa que a vê diariamente, o que poderá facilitar as coisas.

A representante é uma mãe que eu conheço, os nossos filhos andam juntos desde a pré, e sendo uma pessoa de quem gosto, também me pareceu que poderemos formar uma boa equipa. Vamos ver.

O que me deixou preocupada, foi ter dito que ambos os grupos estão muito bem desenvolvidos (é a turma de 1° ano e a de 4°), o que está pior no 1° ano é o Gonçalo, e apontou para mim.

Que bom!

"Mas ele porta-se lindamente, não gosta é de barulho, mas não tenho razão de queixa... demora é muito a fazer as coisas."


Até aqui tudo bem! Isto já eu sabia. O que me preocupa é se demora mas vai fazendo e percebendo, ou demora porque está na lua e ninguém puxa por ele.

Depois disse que já estão muito adiantados, já aprenderam o A (só lhes falta o E das vogais) e que fazem muitas, muitas fichas.

O Gonçalo traz fichas para terminar praticamente todos os dias, mas esta semana trouxe fichas que nem sequer foram começadas.

Ontem tinha uma ficha de matemática, com cálculos. Eu nem sabia (nem nenhuma mãe) que eles já fazem cálculos. 

Não tenho problema nenhum em fazer isto com ele, mas preocupa-me muito o porquê de não fazer na aula. E o pior foi ele dizer-me: "às vezes não me apetece trabalhar, estou muito cansado."

Com isto, pedi à professora para nos reunirmos hoje, pois quero perceber exatamente o que se passa.

Há aqui várias questões, ele não pode pensar que não há problema em não fazer, a professora não pode pensar que ele não consegue acompanhar e que não há problema se não fizer, e nenhum pode pensar que fazer os trabalhos em casa é a mesma coisa que fazer na escola.

É completamente diferente uma criança aprender cálculos em grupo com os colegas, ou aprender em casa sozinho, ou mesmo numa explicação. 

Ninguém substitui um bom professor, ninguém. 

É na escola que têm de aprender, em casa consulida-se. Trabalha-serem casa para se fixar o que se aprendeu na escola.

Houve uma mãe que pediu para o filho levar os livros para casa à sexta feira, para poder acompanhar o que está a aprender, porque pelo que percebi, os outros miúdos não levam trabalhos de casa.

Eu sou a favor dos tpc's, desde que tenham conta, peso e medida. Não me oponho a haver 1 ou 2 dias certos, para terem trabalhos de casa.

Oponho-me a esta ideia de "se não terminarem na escola não faz mal, terminam em casa."

Os miúdos habituam-se mal. E dá-me ideia que o Gonçalo já está nessa fase, e a professora também. 

Hoje vou referir que o Gonçalo desenvolveu muito no ano letivo passado porque houve um grande trabalho de equipa, entre a escola, casa e médica/terapeuta.

São 3 pilares essenciais. Não andamos a pagar psicomotricidade, para ele trabalhar e evoluir lá, e depois chegar à escola e ficar encostado.

Mais uma vez, parece-me que vou ter de ser aquela mãe chata, sempre a perguntar  sempre a barafustar: tem de puxar por ele, não pode deixá-lo sem fazer nada... bla, bla, bla...

Cá em casa estamos preocupados com esta situação, o 1°ano de escola é importantíssimo e mesmo sabendo que há dificuldades, também sei que se o meu filho for devidamente estimulado, tem muito potencial!

Prevejo um ano de muita luta e trabalho e agora percebo porque a minha carreira na arquitectura não se desenvolveu, eu tinha de ganhar experiência na área da educação para trabalhar com o meu filho! Nada é por acaso!

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quarta-feira, 9 de outubro de 2024

SECAR ROUPA EM DIAS DE CHUVA

 Estamos no outono,  na última semana tem chuvido o suficiente para não se conseguir secar roupa no exterior.

Não tenho máquina de secar, com muita pena minha, portanto estes dias são sempre um sufoco, pois há sempre muita roupa para lavar.

Normalmente quando o tempo está assim, vou secar roupa ao Continente, mas como eu, há muitas outras pessoas e acabo por perder lá muito tempo à espera.

Resolvi então ter um solução mais prática cá em casa, de forma a não me obrigar a andar para trás e para a frente com roupa.

Já que tenho sempre o desumidificador a trabalhar num dos quartos, aproveito para secar a roupa assim.

Lavo alguma roupa todos os dias, ou quase, uso a centrifugação máxima para que a roupa saia o mais seco possível da máquina e coloco o estendal num dos quartos, com o desumidificador ligado e a porta fechada.

Tem resultado e pelo menos não acumulo muita roupa para lavar. Além disso, o quarto ainda fica com cheirinho de roupa lavada!

É uma solução bonita? Claro que não, mas ter o cesto cheio de roupa suja a cheirar mal, é bem pior.



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domingo, 6 de outubro de 2024

DIAS PRODUTIVOS, FINALMENTE

 São 10 da manhã, de domingo, e estou sentada na cama do meu filho enquanto ele faz os trabalhos que não terminou numa aula da semana passada.

A coisa não está fácil, porque para a cada 3 letras que escreve, pára. 

Já tentei não estar aqui, mas em 30 minutos ele fez 3 i's minúsculos... portanto, resta-me estar presente e ir dizendo "trabalha Gonçalo".

Ele sabe fazer, não precisa da minha ajuda, nem que lhe explique nada. Só precisa de incentivo!

Já pintei o cabelo, fazia hoje 3 semanas que o pintei e já estava com uma raiz muito evidente.


E ontem à noite pintei as unhas nesta linda cor de outono. Ja apetece. Agora que estou com mais atenção, vejo que devia de ter dado 3 camadas, e há aqui pormenotes que podiam estar melhores. Mas para a próxima já tenho mais atenção a isso.

Ontem consegui, finalmente, arrumar o quarto todo do Gonçalo, com a secretária e o material organizado.

Só ontem é que percebi que não tínhamos cadeira para a secretária. Improvisou-se uma da cozinha, que nem é nossa, já estava cá em casa quando viemos para cá morar.

E na cozinha só servia para colocar tralha. Portanto faz mais falta aqui, do que lá. 


Consegui também organizar o armário da casa-de-banho. Estava caótico, para tirar umas coisas, outras caíam. 

Ficou melhor, não perfeito, porque não tem prateleiras, mas pelo menos limpo, arrumado e funcional. 

Lavei roupa, e limpei o pó dos quartos. 

Não descansei muito o corpo, mas com estas tarefas descansei a mente, e ver as coisas organizadas traz-me mais alívio e serenidade.

Hoje vou passar a roupa a ferro, para que durante a semana esteja mais livre nesse sentido.

E amanhã já voltamos à rotina.

O Gonçalo tem psicomotricidade de manhã, vai chegar mais tarde à escola. Vamos ver como corre essa parte.

Está marcada uma greve para esta semana, aliás todas as semanas têm tido greves.

Em três semanas de aulas já teve 2 sextas sem escola por causa das greves. Ele fica muito satisfeito, obviamente. Eu nem por isso, mas é o que é. 

Mas confesso que iniciar uma nova semana com a sensação de dever cumprido, é muito bom!

(Entretanto ele terminou os exercícios e ficou todo orgulhoso!)


Boa semana para vocês! 🧡


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quarta-feira, 2 de outubro de 2024

É MUITO PARA DAR CONTA

 Estou numa fase, novamente, de me sentir sobrecarregada. Sinto que tenho muita coisa a precisar da minha atenção e que é demasiado. 

A questão principal, o que me preocupa sempre, é o Gonçalo. 

Confesso que não sei se somos nós, pais, que somos muito preocupados, ou se é mesmo assim que temos de ser.

Como sabem, o Gonçalo entrou este ano para o primeiro ano. No ano passado pedimos adiamento e estivemos todo o ano a prepará-lo para ingressar no primeiro ciclo.

As coisas estão a correr bem, não posso dizer o contrário. 

Ficou na mesma escola, tem uma boa professora, conhecia todos os colegas, as rotinas estão idênticas, portanto neste sentido está tudo bem.

No entanto o Gonçalo continua a querer muito brincar, é imaturo em relação aos colegas, e apesar de saber fazer as coisas e de estar a aprender bem, é muito demorado a fazer os exercícios. 

Precisa sempre que a professora lhe diga para trabalhar porque fica no mundinho dele.

O Gonçalo fala muito sozinho, brinca muito sozinho, reproduz coisas que viu e ouviu em filmes ou desenhos animados. E isto é estranho aos olhos da maioria das pessoas, inclusive das crianças. 

Esta estranhesa, o olhar de soslaio, preocupa-me. 

Mas preocupa-me porquê?

Se ninguém se meter com ele e não lhe fizer mal, qual é o problema de olharem? Ele está feliz, não se sente incomodado.

Talvez, esta minha preocupação esteja relacionada com o medo de que no futuro gozem com ele e isso comece a ser mau.

À parte disso, a questão escolar mesmo, a nível de trabalho também me preocupa. Mas acredito que quando voltarmos à rotina das sessões de psicomotricidade, isso também melhore.

A questão da concentração, possivelmente será resolvida, ou melhorada, com algum ajuste na medicação.

Tudo isto faz-me pensar em 500 coisas, e no que posso fazer para ajudar.

Para já ter o quarto arrumado e com o espaço para estudar organizado, penso que seja essencial. 

Depois, criar uma rotina de trabalho diária, nem que sejam 15 ou 20 minutos, para ele ir adquirindo o hábito de trabalhar sempre depois da escola.

Pedir ajuda à terapeuta nesse sentido, ver com ela o que podemos fazer tanto na escola como em casa. 

Se houver necessidade de fazer mais sessões, façamos mais sessões. Nem que se coma só sopinha para se equilibrar as contas... uma dietazinha também cai sempre bem.

Nas questões da socialização, não sei bem o que podemos fazer mais...

Parece-me que lhe faz falta o trabalho em grupo, como era comum na Pré. Trabalhavam e brincavam muito em grupo e isso obrigava-o a lidar mais com as outras crianças. 

Agora já não é assim, e não me parece que haja brincadeira estruturada para ajudar nisso.

Coloquei-o nas AECS, para ir 2 dias à ginástica. Fazem muitos jogos e isso obrigá-lo-ia a seguir as regras e a brincar com os colegas. Mas mudaram o horário e os dias em que ele ficou na escola, acabou por ter uma atividade que basicamente é brincadeira livre. O que acaba por acontecer é ele ficar desorientado porque está aborrecido, não brinca com os colegas porque não lhe interessa e isso não ajuda absolutamente em nada no desenvolvimento dele.

Tanto que até a auxiliar da sala dele da pré reparou nisso, e foi buscá-lo para ficar na sala com ela e os meninos da pré. 

À parte de todas estas preocupações, tenho todas as outras normais da maioria das pessoas, trabalho, casa, compras, refeições, rouoa, contas... sempre muita coisa para fazer, tarefas que ficam a meio, coisas simples que depois se mostram complicadíssimas... oh meu Deus, ser adulto poderia ser mais fácil...

Tenho dias em que penso mesmo que tenho de ter calma, parar um bocadinho, meditar, escrever para organizar as ideias! 

Tem mesmo de ser uma coisa de cada vez, um dia, um problema de cada vez e ir com calma.

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terça-feira, 1 de outubro de 2024

TRATAMENTO DE ROUPA - DETERGENTES

 Em tempos, não gostava de detergentes de marca branca. 

Em tempos, quase não usava amaciador.

Em tempos, só usava vinagre para amaciar a roupa.

Em tempos usei uma bola ecológica em substituição do detergente (e não resultou...).

Em tempos não me importava que a roupa ficasse sem perfume, ou com pouco perfume, depois de lavar.

Atualmente, uso detergentes de marca branca,  continuo a usar vinagre, mas gosto muito, e faço questão, de ter a roupa perfumada.

Continuo a ter atenção à quantidade de produto que uso, consoante o tipo de roupa e de sujidade que tem.

A minha máquina de roupa faz muita diferença relativamente às outras que tive antes. Neste momento acredito que ter uma máquina de qualidade faz diferença na lavagem da roupa e nos bons resultados, independentemente do detergente que se use.

Portanto, se antes optava por ter poucos produtos, hoje em dia prefiro ter vários que vou intercalando e usando segundo uma lógica inventada pela minha pessoa. 


Ora bem: 

Para lavar a roupa, estou a usar dois detergentes do Mercadona, que por sinal são dos mais baratos (3,30€) mas que cheiram muito bem e deixam a roupa lavadinha.

O Azul, uso com o amaciador Spa na nossa roupa (minha, Gonçalo e Bruno). 

A roupa está na gaveta, e quando a vestimos ainda cheira bem. Gosto muito da junção dos dois produtos.

O detergente de Colónia e o amaciador com o mesmo nome, são usados na roupa da casa. E porquê?

Primeiro, apesar de gostar do perfume, acho demasiado intenso para a roupa que vestimos. Enjoa-me um bocadinho. Os meus homens nunca se queixaram, mas como sou eu a tratar da roupa, também sou eu a decidir se os perfumes enjoam ou não.

No entanto, na roupa da casa,  principalmente lençóis e toalhas de banho, já gosto de ter um perfume mais ativo. E como no outono/inverno a roupa demora mais a secar e o risco de ficar sem perfume, ou até de ficar a cheirar menos bem, é grande, acho que ter produtos com um perfume mais forte, ajuda.

Há quem opte por perfumadores ou pérolas para ajudar nesta questão. Mas confesso que os que usei, não me convenceram.  Além disso, já uso tanto produto, que não vejo necessidade de usar mais estes.

Depois, ainda tenho um amaciador especial que normalmente só uso na minha roupa... sou fã dos amaciadores Vernel. Mas são caros. Ultimamente tenho comprado por 4€ em promoção, se o usar em todas as lavagens vai-se num instante. 

Além disso, acho que tem um perfume diferenciado. É mais subtil, mas suficientemente bom para se sentir. Portanto acabo por usar apenas na roupa que só precisa de uma lavagem rápida, que não está suja, mas também já não está limpa. E isso acontece praticamente só com a minha roupa! 

À parte de detergentes e amaciadores, há outros clássicos. 

Uso em todas as lavagens, uma tampinha (ou mais ou menos consoante a necessidade) de lixivia delicada. Acho que ajuda a deixar a roupa desencardida. Por norma uso de marca branca, não tenho preferência por nenhuma. 

Também uso em praticamente todas as lavagens bicarbonato de sódio e percarbonato. 

O bicarbonato uso na roupa que tem mau odor. Faz toda a diferença, costumo usar uma colher de sopa no tambor (a minha máquina é de 9 kg).

O percarbonato uso sempre na roupa clara, porque branqueia, mas se a roupa estiver muito suja, também uso na roupa de cor. Só é preciso atenção porque só deve de ser usado a altas temperaturas, nunca o uso a menos de 40°.

O vinagre de limpeza também é um clássico. Uso-o misturado com o amaciador, normalmente uma tampinha de amaciador e meia de vinagre.

Além de usar nas lavagens, também uso para limpar a máquina, tanto o vinagre de limpeza, como o bicarbonato de sódio. Fica impecável!

Não costumo ter problemas com nódoas. Na roupa do Gonçalo, por exemplo, tenho o cuidado de não colocar a roupa a lavar do avesso, para que os produtos façam o seu trabalho. 

Raramente tenho de ter algum cuidado antes de colocar a roupa a lavar, acredito que estes produtos ajudem muito a manter a roupa limpa. 

Quando há peças mais sujas (panos de cozinha, por exemplo), coloco de molho com água bem quente, detergente em pó para lavagem manual e um pouco de percarbonato. Normalmente é o suficiente para tirar as nódoas. 

Na imagem, podem ver também umas toalhitas anti transferência de cores, que uso sempre na roupa escura e de cor (as t-shirts do trabalho do meu marido deitam bastante cor), e também uma embalagem com saquetas anti-traça, com cheirinho a roupa lavada. Gosto muito de colocar estas saquetas nas gavetas, além de afastarem os bicharocos, ainda deixam as gavetas cheirosas. Também existem com perfume a alfazema, mas nunca experimentei. 

Gostam destes produtos? Qual é a vossa opinião em relação a estes detergentes do Mercadona, já experimentaram?

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