sexta-feira, 28 de junho de 2024

A HIPERATIVIDADE DO MEU FILHO E OS DIAS DE CHUVA

 Há muito tempo que o Gonçalo diz que precisa de gastar energias em determinadas situações do seu dia-a-dia. 

Estar em casa é extremamente difícil para nós, pois ele tem mesmo muita necessidade de correr e a nossa casa não tem espaço para isso.

Os confinamentos no tempo da pandemia foram particularmente difíceis, principalmente o primeiro, tanto pela sua idade, como pela dificuldade em mantê-lo em casa.

Mas como era pequenino, acabava por conseguir gastar as energias a dar cambalhotas e saltos no sofá, dava para andar de triciclo em casa, mesmo sendo apertado, hoje em dia já é mais difícil!

Na altura do primeiro confinamento, lembro-me de ter desabafado com uma amiga a dificuldade de estarmos em casa e ela disse-me para brincar com pinturas e plasticinas com ele, que era o que ela fazia nos 15 dias, anuais, que o seu filho tinha de férias do infantário. Eu até achei piada porque lembrava-me perfeitamente da ansiedade que ela sentia dias antes, precisamente por ser difícil manter o filho ocupado. Mas normalmente as pessoas resolvem melhor os problemas dos outros do que os seus!

Portanto, estar em casa, agarrado ao telemóvel, pode acontecer, e acontece, mas pontualmente. Não é regra, a regra é mesmo precisar de correr muito.

Hoje o dia esteve chuvoso, foi o primeiro dia de férias, apesar de supostamente hoje ter sido o último dia de aulas (já não houve aulas) e ele não encarou muito bem o facto de ficar sem a rotina da escola, sem os amigos e com a chuva, pior ainda.

Nestes dias diz muito "odeio dias de chuva"!

Como podem imaginar não é fácil controlar isto, ainda por cima porque ele tem plena consciência da falta que uma boa corrida lhe faz.

Tive de dar a mão à palmatória e deixá-lo correr à chuva. 

Já alguém disse que não existe mau clima, existe é má roupa. Calcei-lhe uns ténis impermeáveis e vesti-lhe um corta vento impermeável. Vesti também o meu corta vento e fomos ao parque para ele correr.


Chuvia pouco, mas foi o suficiente para regressarmos molhados a casa. Ele transpirou bastante, e assim que entrámos em casa perguntou "já posso ir tomar banho?"

E assim foi, tomou banho, mas depois disse-me que ainda tinha muita energia, porque não gastou tudo... 

E com muita energia o que acontece? Birras, choro, perde o controlo por coisas mínimas, e torna-se difícil manter calma. Ele e nós! 

Na escola, a auxiliar chegou a dizer-me que os dias de chuva eram difíceis para ele, porque ficava muito agitado por não poder correr à vontade no exterior e depois o barulho de todos os colegas no interior também não ajudava.

E a escola dele, tem um bom pátio interior para estarem nestes dias! 

O que me mostra, entre muitas outras coisas, a vantagem de ele ficar naquela escola.

Ontem tive uma reunião com a EMAEI e falámos das opções que eu fiz na matrícula, a nível de escolas. Onde eu referi que a minha segunda opção, neste momento é a última e que espero que ele não fique colocado nessa escola. Apesar de ser a escola pertíssimo da nossa casa, entre outras coisas, ser pequena preocupa-me. Mas não entrei em detalhes e houve uma professora que não gostou da minha observação e disse não concordar comigo, pois os seus dois filhos tinham andado nessa escola, e ser pequena nunca foi um problema. 

Eu tive vontade de perguntar se algum dos filhos era hiperativo, mas achei que isso poderia levar a algum desentendimento e continuei o meu discurso, justificando de outra forma o porquê de preferir mantê-lo na escola onde está.

Mas para mim é óbvio que tirá-lo de uma escola com um espaço exterior 4 vezes maior, com um espaço interior também maior, com muitas melhores condições, entre muitas outras questões, vai ser mau para ele.

Posso parecer paranóica, mas acreditem, só estou a ver as coisas como elas são, pois conheço muito bem o meu filho.

E é nisto que tenho pensado, a minha preocupação com a mudança de escola é grande, e hoje enquanto ele corria no parque a fingir ser estar num carro, o meu coração ficava apertado. 

Segunda, em princípio, saem os resultados das colocações, vamos ver o que nos espera.

Mas dias de chuva e a hiperatividade do meu filho, são coisas que não se entendem!

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quarta-feira, 26 de junho de 2024

COMPRAS DE VERÃO 2024

 No ano passado não fiz compras de roupa de verão. Achei que tinha o necessário e que não havia necessidade de comprar mais roupa, acessórios ou calçado. No entanto tinha alguns itens já a ficarem velhinhos e sabia que este ano seria necessário fazer algumas aquisições. 

Fiz questão de fazer compras de forma consciente, isto é, pensei no que queria e precisava, mas também no que não queria.

Não queria gastar muito dinheiro, nem queria comprar só por comprar.

Queria peças versáteis, confortáveis e que pudesse conjugar com o que já tinha no meu roupeiro. 



Fugi a 7 pés de peças 100% poliéster, por muito bonitas que fossem, sei que é um tecido muito quente, não deixa a pele respirar como deve ser, e a transpiração dá asas à sua graça com este tipo de roupa. De nada serve ter roupa bonita, mas desconfortável nos dias quentes e ainda por cima, mal cheirosa.

Precisava de um pouco de tudo, desde vestuário como calças, blusas, vestidos, passando pelo calçado e pela roupa interir.


A nível de calçado só queria comprar sandálias, pois ténis tenho suficientes. Precisava de sandálias rasas e de plataforma.

A roupa interior também precisava de ser renovada, e apesar de ser algo que vou comprando, agora estava a precisar de sutiãs e cuecas sem costuras. Gosto muito de roupa interior em tons bege, de algodão e/ou licra, sem rendas nem pormenores, para não marcar. Detesto ver a marcação da roupa interior, e acho que a roupa interior certa é meio caminho andado para o look correr bem. 

Aproveitei para comprar umas peças modeladoras (calções e cuecas). Nunca tinha comprado, mas acho que é sempre bom termos.

Por exemplo, gosto de usar calções por baixo dos vestidos. A pensar nisso comprei uns calções modeladores. Devia de ter comprado o número abaixo para comprimirem mais, mas assim além de estar protegida e não mostrar nada que não queira, ainda tenho uma peça que aconchega a barriga e o rabiosque. 




Fui fazendo estas compras com tempo e calma. Não comprei por impulso, e consegui sempre o mellor preço. 

Como sabia o que queria comprar, fui pesquisando os preços nos sites das lojas que gosto.

Sempre que encontrava uma boa oportunidade, aproveitava.

Em Fevereiro, por exemplo, vi que um vestido e umas calças que tinha na minha lista na Shein, estavam a um ótimo preço, então aproveitei logo. O vestido custava 22€ e as calças 14€, o que não era um preço alto, mas comprei as duas peças por 17€. Ambas 100% algodão, são frescas, versáteis e mesmo o meu estilo!


As sandálias rasteiras que queria, são um estilo que se encontra em todas as lojas. Fui vendo, gostei de umas na Lefties, mas encontrei umas na Shein que me pareceram giras e muito mais em conta. As da Lefties custam 25 ou 30€, e foram das mais em conta que encontrei. Mas na Shein encontrei vários preços e muita variedade de cores. Optei por umas camel (Apesar de ter gostado muito de umas verdes, mas para serem mais combinaveis com a roupa colorida que tenho, camel pareceu-me melhor!), que custavam 14€. Um dia vi que estavam a 10€ e no dia seguinte quando fui encomendar, estavam a 8,50€. Confesso que estava receosa pelo tamanho e também material. Tinha receio que tivessem algum cheiro estranho, e até tinham, mas resolvi facilmente com umas horas ao sol.


As sandálias de plataforma ainda não comprei, porque não encontrei nada que gostasse muuuito. As que gostei muuuito, também são muuuuito altas, e altura já eu tenho suficiente. Algo com 4cm já me chega. Mas caso não encontre o que quero, continuo com as que tenho, são confortáveis e ainda estão em condições. 

E assim fui fazendo ao longo destes meses.

Fui comprando essencialmente na Shein e na MO, uma ou outra coisa na Lefties. 


Comprei também t-shirts básicas na Modalfa, só de uma cor, e também uma com uma estampa, com umas super heroínas, muito gira fora do meu habitual. 

Em termos de acessórios comprei um cinto, mas ainda não o usei, e recebi uns presentes dos meus explicandos, por isso não comprei mais nada. 

Ainda preciso de umas coisinhas minimas, mas se não comprar, também não é grave.

Vocês sabem que acho que não é só o que vestimos, é também como vestimos e todo o conjunto que faz o look. Gosto muito das unhas pintadas, o cabelo lavadinho e cheiroso, a maquilhagem básica e um perfume é acho que tudo isto é que me faz sentir bem. 

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terça-feira, 25 de junho de 2024

TEMPO PARA MIM

 No domingo o Gonçalo esteve particularmente pica miolos. Meteu na cabeça que tínhamos de ir comprar um carrinho de uma coleção qualquer, e passou a tarde com a lengalenga do "mas eu quero", "mas eu gosto", "e quando é que podemos comprar "...

Cheguei ao final da tarde com a cabeça feita em água, porque este tipo de conversa é só comigo, ao pai ele não chateia os neurónios!

Como via o meu marido tão leve e sereno enquanto eu estava a dar em maluca disse-lhes: - Vão os dois ao parque, ao café, onde quiserem, mas saiam de casa! Vá, andamento...

De início não acharam piada, um porque não me larga as saias, e o outro porque estava nas sete quintas a ver tv, mas quando dou ordens, dou mesmo e lá foram.

Eu fui acender uma vela aromática, pôr música e tomar um banho descansada.

Lavei bem o cabelo, pois durante a semana é sempre a despachar, lavei duas vezes com champô, puz máscara, enquanto esta atuou lavei o corpo, esfoliei tudo, retirei a máscara e coloquei condicionador só nas pontas e saí do banho fresquinha e leve.

Coloquei creme no corpo todo, já que durante a semana só uso óleo, puz creme e gel nos pezinhos, para ficarem já preparados para a pedicure (que só fiz segunda à noite) e tratei também da pele rosto.

Tirei o buço, dei um jeitinho nas sobrancelhas, tónico, sérum e creme hidratante. Marvilha!

Depois finalizei o cabelo, como costumo fazer, e deixei-o molhado a secar ao ar. É um das maravilhas do verão, não é preciso usar tanto o secador. E eu gosto muito mais do resultado da secagem natural do que do secador, mas no inverno é impossível. 

No fim disto tudo lá voltei à rotina doméstica, fui tratar do jantar, mas já me sentia muito mais leve.

E durante este processo dei por mim a pensar em como uma coisa tão simples e acessível faz tanta diferença. 

O facto de ser simples e acessível vai ficando de lado e nós andamos numa correria tão grande que nem nos apercebemos. 

Sempre gostei de ter este tempo para mim, e vou tendo, vou fazendo por isso.

Mas mesmo no dia-a-dia tento ter estes cuidados. Não por vaidade, mas sim por necessidade, por autocuidado. 

Sabe-me muito bem hidratar a pele, por exemplo. Gosto do momento em si, de estar aquele bocadinho só dedicada a mim, de sentir o perfume dos produtos, de ficar com a pele mais macia, cheirosa, luminosa. Gosto do resultado e gosto do processo em si. Relaxa-me!

Obviamente, que de manhã, naquela correria de me despachar, estas sensações acabam por passar despercebidas, mas acredito que os benefícios estão sempre lá e vão fazendo o seu efeito.

Até o  cabelo fica diferente com estes cuidados mais demorados, imaginem a alma como não fica.

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sexta-feira, 21 de junho de 2024

TAPETES ECONÓMICOS E PRÁTICOS

 Sol, calor, tempo livre, dá-nos para quê? Dá-nos para arrumar e limpar, porque esta gente por muito que arrume e limpe, nunca nada está a 100%.

E vai daí, que lembrei-me que não tenho tapetes grandes e já tenho saudades desse aconchego.

Como não quero nada com pêlos, nem que acumule pó e que ainda seja fácil de limpar, o que é que comprei?

Comprei tapetes de exterior.


Pois é. O primeiro, comprei para o quarto do Gonçalo. Foi um pouco antes do Alf morrer, mas o objetivo era ser um tapete que não agarrasse os seus pêlos. Havia o perigo de afiar as unhas no bendito tapete, mas dadas as circunstâncias não ficámos a saber se o faria ou não, infelizmente!

Entretanto comprei outro para a sala.

Os dois têm 90cm por 150cm. Não é o tamanho mais bonito, mas é suficiente para a área que quero ocupar.

Comprei ambos no Auchan, por 10,99€. Há várias cores e padrões, o que não me facilitou muito a vida, mas optei pelo verde água e branco para o quarto do Gonçalo e o cinza claro e branco para a sala.

O facto é que são práticos de aspirar, não acumulam pó e passa-se a esfregona e ficam limpos. No caso de cair alguma sujidade, rapidamente se passa um paninho e trata-se do assunto.

É possivel limpar com desinfectante sem grandes stresses, dá para colocar no exterior a apanhar sol e vento... oh pá, eu acho que funcionam na perfeição para a nossa vida agitada. Prático, prático, prático. 

Agora, estou a pensar se compro outro em tons de bege para a entrada, porque também ficava bonito. Vamos ver!

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quinta-feira, 20 de junho de 2024

PHDA E PEA - ÚLTIMAS SEMANAS DE PRÉ

 Hoje foi dia de trazer todo o material e trabalhos do Gonçalo, da escola. 

Ao contrário do ano passado, que nos entregaram tudo no último dia de aulas, esta ano esta educadora optou por ir dando a 3 ou 4 crianças por dia, e assim ir libertando a sala.

A sala já não tem muita coisa nas paredes, os trabalhos que estavam expostos já foram retirados, e percebe-se que já não há a agitação normal. 

Há crianças já de férias e o fim do ano letivo aproxima-se a passos largos.

Assim que cheguei a casa fui ver os trabalhos e desta vez fiquei satisfeita. 

Vê-se a diferença entre os trabalhos do 1°período, onde ainda não havia diagnóstico nem medicação, e a educadora era a do ano passado, e entre os 2°e 3° períodos, já com medicação, psicomotricidade quinzenal e outra educadora. 

Apesar de ter desenhos muito básicos, coisas mal pintadas e de se perceber a pouca paciência para os detalhes e o desejo em despachar a tarefa, os trabalhos têm um princípio, meio e fim.

No ano passado havia muita coisa por fazer. Tinha desenhos para pintar, com uns riscos e pronto. Além de ter muitos trabalhos que não foram feitos por ele. Havia muitas fichas, muitos desenhos impressos para pintar (alguns repetiram-se no 1° período deste ano letivo) e pouco conteúdo.

Este ano vi mais trabalhos livres, recortes, pinturas com aguarela, muitos desenhos do fim-de-semana. 

Estes últimos são basicamente sempre o mesmo. A casa dos avós, ora de uns ora de outros, o prédio da tia, e um desenho da praia. Nunca houve muita preocupação em desenhar o que realmente fazia no fim-de-semana. 

Lembro-me de me dizer que desenhou o prédio da tia e eu dizer-lhe que nem sequer esteve na casa da tia e ele responder-me: "então, mas eu gosto do prédio da tia e o desenho é meu"!

Nestes fins-de-semana todos fomos dezenas de vezes à praia, pois é algo que fazemos muito quando os dias de inverno o permitem, mas ele só fez um desenho da praia. Muito básico, mas pelo menos todo pintadinho.

Sei que fizeram muitos trabalhos de grupo, muitos projetos, como eles dizem, portanto há coisas que não trazemos para casa.

Continuo a ver um Gonçalo com muita vontade de brincar. Há vontade de aprender coisas novas, coisa que não via no ano passado, mas pouca paciência para estar sentado. Isto preocupa-me, pois sei que o 1°ano já exige muita atenção e muito tempo na sala de aula.

Mas, por outro lado, sei que tenho quem me vá ajudar em caso de necessidade.

Recebi um email da EMAEI (equipa multidisciplinar de apoio à educação inclusiva) para falarmos sobre as medidas do próximo ano letivo.

Não faço ideia do que se fala nestas reuniões, mas calculo que me vão falar sobre o Decreto-lei 54/2018 e dizer-me quais as medidas que serão aplicadas no caso do Gonçalo. 

Ontem a terapeuta imprimiu-me o decreto para eu ler com calma e disse-me as medidas que eu devo exigir e as que devo recusar, caso sejam propostas. 

Ir minimamente preparada já me tranquiliza.

A preocupação com a escola continua, visto que só dia 1 saberei se fica na mesma escola ou não. 

Mas é algo que não depende de mim, pelo menos para já, portanto vou ter calma e tratar de cada assunto a seu tempo.


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domingo, 16 de junho de 2024

CONVERSAS COM O MEU FILHO - 2

 Anteontem, depois de jantar, saímos para beber um cafézinho. 

Quando regressámos a casa, enquanto nos descalçavamos na entrada, o Gonçalo disse:

 "- Tenho saudades de ter um gatinho... tenho saudades do Alf."

Eu engoli em seco e disse:

"- Tens filho? Eu também tenho saudades do Alf... um dia teremos outro gatinho..."

Falamos pouco do Alf, mas nos dias a seguir à sua partida, o Gonçalo ainda falava como se ele estivesse vivo. Perguntava-nos se o Alf não tinha estado deitado na sua cama, se podia tapar-se com a mantinha da sala, se não tinha pêlos do Alf, coisas que eram habituais mos nossos dias enquanto tivemos o Alf.

Depois estas conversas foram passando e não se fala muito do Alf. Mas pensa-se!

Ontem surgiu-me uma memória no FB, que era uma foto no Alf, precisamente deitado na cama do Gonçalo. Estava muito gordinho! Como é que não nos apercebemos que ele estava muito mais magro?

Por isso, ontem, falámos mais do Alf e depois reparei que fazia precisamente um mês que tinha falecido! Só coincidências! 

À tarde, o Gonçalo voltou a dizer que tinha saudades de ter um gatinho. Ele teve um gatinho a vida toda, é natural sentir falta. 

Mas eu não me sinto preparada. Nem sei explicar porquê, porque adoro gatos e não acho que ter um gatinho novo signifique que estamos a substituir o Alf. Mas não me sinto preparada!

Ontem acabei por estar nostálgica por tudo isto.

Acreditam que às vezes parece-me que o Alf passa no corredor a correr? 

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quinta-feira, 13 de junho de 2024

PHDA E PEA - DIVERGÊNCIAS COM COLEGAS

 O autismo não tem cara, sabiam?

 É que há uma tendência para se achar que alguém com PEA tem de ter alguma cara especial, mas não. 

O Gonçalo tem um colega na pré, de outra sala, que é autista. Eu desconfiava, mas não tinha a certeza. Lá está, não se vê pela cara.

O menino é muito giro, olhinho azul, com ar de reguila e anda sempre acompanhado de um dinossauro de peluche. 

É frequente ele já estar na escola quando chegamos e ele vem muitas vezes à porta da sua sala, dizer olá ao Gonçalo. Por sua vez, o Gonçalo também lhe diz sempre olá (a ele e ao dinossauro).

Tudo parecia normal, e eles pareciam gostar um do outro.

Na semana passada o Gonçalo chega-nos a casa a dizer que o M. o tinha empurrado no recreio, e que ele tinha caído e chorado e depois com a irritação tinha partido o seu volante. (O Gonçalo todos os dias leva um carrinho diferente para a escola e um volante que ele adaptou de outro brinquedo)

Eu achei estranho o menino ter esta atitude, pois pareciam sempre amigos e nunca tinha havido qualquer queixa por parte do Gonçalo. 

No dia seguinte, a auxiliar da sala do Gonçalo comentou comigo o sucedido e eu cruzei-me com o pai do menino no corredor e comentei com ele que no dia anterior eles se tinham chateado. O pai sorriu e ao mesmo tempo pareceu surpreendido e respondeu: "a sério?!" Mas não adientei mais conversa, foi mesmo só comentar por comentar.

Ontem o Gonçalo voltou a dizer-me que o M. o tinha magoado.

E aqui a vossa amiga começou a ficar preocupada. Por um lado, porque acho que não há aqui vítima nem vilão, mas parece-me estranha esta mudança. 

Enviei então um email à educadora do Gonçalo a expor a minha preocupação e a pedir para estarem atentas, pois tenho algum receio que estes acontecimentos se repitam e se tornem graves.

Sou sincera, nós dizemos ao Gonçalo que não se bate em ninguém mas se lhe baterem para ele retribuir. Neste caso não o fizemos e eu frisei que se acontecesse algum desentendimento com o M. para ele se afastar e ir contar a um adulto.

O facto de serem duas crianças com determinadas características, acho que o caso precisa de muita atenção. Até porque eles podem perder o controlo com facilidade e transformar uma coisa pequenina em algo gigantesco.

Ontem à noite o Gonçalo começou a dizer que não queria ir à escola, e sei perfeitamente que era esta questão que estava a perturbá-lo.

Falei com ele, expliquei-lhe e lá fomos para a escola... atrasados, mas fomos.

O M. já lá estava e foi connosco ao vestiário colocar o seu casaco. Eu sorri-lhe e ele começou a falar comigo, algo que eu deduzi que fosse sobre a sua mochila de dinossauros. Percebi hoje que ele ainda não fala bem.

Ao regressarmos às salas, ele e o Gonçalo iam à minha frente, e reparei que ia a andar nas pontinhas dos pés, (característica do autismo).

Então, depois falei pessoalmente com a educadora do Gonçalo, que me contou o que tinha acontecido e que ao contrário do Gonçalo que se expressa muito bem, o M. não verbaliza bem o que sente. Então há alguma dificuldade em perceber o que o incomóda.

Pensam que ele não quer ser abraçado e o Gonçalo (na verdade a sala toda do Gonçalo) gosta de dar abraços. Como ele não quer, empurra e acaba por magoar.

O pior disto tudo é que o menino automutila-se quando vê que fez asneira...

Amigas, eu até me arrepiei quando ouvi isto, e fiquei tão triste... Imaginem o que é uma criança que não fala bem, estar frustrada por qualquer motivo, não conseguir expressar o que sente e magoar-se a si mesma? O menino não tem mais de 6 anos...

Bem, eu fiquei mesmo triste com isto tudo e disse à educadora que vou conversar com o Gonçalo para tentar perceber o que aconteceu antes de o M. o magoar. Vou também explicar-lhe que ele não gosta de abraços e que tem de ser respeitado. Há outras formas de mostrar-lhe que gosta dele..

Como as educadoras sabem do que se passa, como sabem da minha preocupação, penso que dêem também mais atenção aos dois no recreio para anteciparem problemas. 

Não faço ideia se os pais do menino foram informados de alguma coisa, mas acredito que não. 

Espero que não se repita, porque é mau para ambos. 

Não faço ideia do que vai na cabeça do menino, ele hoje pareceu-me bem disposto com o Gonçalo, mas o Gonçalo fica a matutar nestas coisas e quando algo o incomóda ou preocupa, ele fala imenso disso e fica enervado, preocupado e ansioso.

Daí ser importante falar com ele, para lhe explicar estas coisas, de modo a que a amizade não fique afetada e isto não traga chatices futuras! 

Mas confesso, isto tudo deixa-me de coração apertado!

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terça-feira, 11 de junho de 2024

CONVERSAS COM O MEU FILHO

- Mãe, eu gosto mais de Eminem do que dessas músicas que tu ouves.

- Quais músicas, filho? Eu também gosto de Eminem...

- Essas, dos Imagine Dragons.

- Mas tu também gostas! Kkkk... ainda há bocado estavas a cantar Thunder.... E gostas de Believer e Enemy... 

- Ah pois... sou mesmo cabeça de alho xôxo...

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segunda-feira, 10 de junho de 2024

FESTAS E SOCIALIZAÇÃO

 


Hoje foi dia de festinha infantil. Um coleguinha do Gonçalo fez anos e cá estamos nós na festa.

Vim deixá-lo e voltei para casa. Entretanto voltei para ver como estava. 

Feliz e transpirado! Fui para o carro ler, e voltei para ver como ele se porta.

Estou sentadinha a vê-los brincar. E ele brinca a maior parte do tempo sozinho. Estão num insuflável, saltam e brincam, mas quando os outros vão jogar futebol ou fazer outra brincadeira, ele fica sozinho a brincar ora no insuflável, ora no trampolim.

A socialização não é o seu forte. Nem o meu.

Simpatizo muito com os pais do miúdo, mas preferi ficar sentada sozinha. Se tiver de falar, falo. E até gosto. Mas a verdade é que a minha "bateria social" é fraca.

E vejo o meu filho assim. Quis água e não veio pedir-me. Eu fiquei a ver o que ia fazer e vi-o dirigir-se à mãe do amigo e pedir... "menos mal" - pensei. Eu com a idade dele não largava as saias da minha mãe. 

Ele é muito mais extrovertido que eu, mas parece que tem mesmo alguma dificuldade em manter-se na brincadeira com os outros.

A verdade é que só conhece 4 ou 5, mas isso nunca me pareceu problema para ele... 

São dias, hoje está mais virado para a brincadeira sozinho!

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sexta-feira, 7 de junho de 2024

PHDA E PEA - PRECONCEITO DAS CRIANÇAS 2

 Ontem, fomos novamente ao parque infantil junto à escola e ATL dos antigos colegas de turma do Gonçalo. 

E ontem, voltei a constatar a maldade das crianças, especificamente do menino que referi no outro post.

Assim que chegámos, o Gonçalo foi ter com os miúdos que não conhecia e apresentou-se. Acho imensa piada a isto, porque ele podia muito bem brincar sem querer saber o nome dos outros ou sem dizer o seu. Mas faz questão de dizer um belo "Olá, eu sou o Gonçalo e tu como é que te chamas?"

Conversa vem, conversa vai, o miúdo, o Zé,  vamos chamar as pessoas pelo nome, aproximou-se com o seu ar de superioridade e pergunta "Gonçalo, como é que se diz um em inglês?"

Mas uma menina respondeu, e o Zé ficou irritado com isso, dizendo: " Não era para tu responderes, era para ele... para ver se ele sabe..." e quando disse "para ver se ele sabe" solta uma gargalhadazinha maléfica, do género "como se ele soubesse".

Como não ficou satisfeito, perguntou "Gonçalo, quanto é 2 vezes 2? Não respondam, é só ele que pode responder... quanto é 2 vezes 2, Gonçalo?"

Amigas, eu sou calma, sou zen, mas não sou de ferro. 

O miúdo é um pouco mais alto que o Gonçalo, falava com ele praticamente encostado como se o quisesse intimidar, fazia um ar importante enquanto perguntava, e os outros, tipo cordeirinhos bem mandados, todos à volta deles.

É o que se costuma dizer: estava todo inchado!

Eu, que estava sentada a uns metros gritei um "Oh Zé, tu não sabes que o Gonçalo anda na pré e ainda não aprendeu a tabuada? Que raio de pergunta é essa?"

O miúdo só não se enfiou num buraco porque não tinha, olhou para mim, encolheu-se e deu um sorrisinho tipo "fui apanhado".

O Gonçalo, que não sei se percebe a malvadez do "amigo", pergunta-lhe "e tu sabes de que país vem o Chevrolet? Achas que é de onde, Itália ou Estados Unidos?"

O miúdo não respondeu, afastou-se ainda mais, e os outros ficaram interessados em saber o país de origem do Chevrolet. Que digo-vos já, é EUA!

Entretanto vêm 2 miúdos falarem comigo. 

Um, de 4°ano, diz-me o seguinte: "O Zé sabe a tabuada porque eu ensinei-o. Ele também não sabia."

E outro, que nunca tinha visto, perguntou-me: "Mas o seu filho, o Gonçalo, não anda na escola?" E eu respondi: "Sim, ele anda na escola, mas na pré!"

E o miúdo responde: "Ah, claro, na pré não aprendenos contas..." e lá foi brincar descontraídamente.

E a minha questão mantém-se, de onde vem esta intenção, esta necessidade de inferiorizar um colega, numa criança de 7 anos?

Hoje de manhã contei o sucedido à auxiliar da sala do Gonçalo, que também foi auxiliar deles no ano passado. E ela disse-me que o Zé sempre foi assim, logo de pequeno,  sempre se sentiu superior e sempre gostou de fazer estas coisas com os que ele acha inferiores a si.

No ano passado eu não tive proximidade com estes miúdos. Alguns dos coleguinhas vinham abraçar o Gonçalo, eu falava com alguns, mas aqueles por acaso não. Nunca senti grande simpatia por nenhum deles, sem razão nenhuma, simplesmente foi assim. 

Agora, a ver estas coisas, percebo que a minha intuição nunca falha.

E o mais engraçado, é que acho que isto é geral nesta escola. Já vejo isto há muito tempo, pois sempre tive explicandos daqui.

E o mais engraçado, é que normalmente são alunos de um professor igualmente altivo e arrogante. Parece que são escolhidos a dedo.

Claro que é coincidência, mas a conversa daquele professor ajuda crianças já com esta tendência a vincarem-se mais. Crescem a competir entre eles, sempre a valorizarem as notas em detrimento de outras qualidades ou comportamentos e vão ficando arrogantes! 

Depois em casa, a lengalenga deve de continuar e dá nisto...



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quarta-feira, 5 de junho de 2024

SÓ PARA DESCONTRAIR

 A coisa promete... e daquilo que ouço, e vejo, é cada uma melhor que a outra! 

Mais umas para a minha playlist mental, que anda ao rubro! 😁


 

Boa noite minha gente! ❤

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domingo, 2 de junho de 2024

REFLEXÃO!

 Ontem, como partilhei, dediquei-me a destralhar algumas coisas aqui em casa. 

A sensação que tenho depois de um bom destralhe é de uma grande satisfação e de libertação. Vai o que já não nos faz falta, o que não usamos, o que não gostamos e o espaço fica mais livre.

Se depois disso limparmos, que foi o caso, melhor ainda.

Mas durante o processo dei por mim a pensar porque é que decido fazer estas coisas sempre que estou sozinha em casa?

Por um lado, prefiro estar sozinha porque vou desarrumar tudo antes de limpar e arrumar. E sei que se tivesse o Gonçalo em casa, ele dificultaria a tarefa.

Por outro lado, não tenho que me preocupar com almoços, nem horários e vou tratando das coisas ao meu ritmo.

Mas será que eles não deviam de estar presentes?

Saem de casa com a casa num estado, chegam com tudo arrumado, limpo e cheiroso. Talvez não percebam a trabalheira que foi...

Dei por mim a pensar nisto... porque se por um lado é mais tranquilo para mim estar sozinha, se calhar com eles em casa a ajudarem e a perceberem quanto trabalho dá manter as coisas em condições, também houvesse mais cuidado em não desarrumar e sujar.

Se bem que ontem a questão nem passava tanto pela arrumação e limpeza, apesar de ter terminado assim. O importante era mesmo selecionar coisas que já não fazia sentido mantermos. 

Mas a dúvida persiste, porquê esta preferência em tratar destas coisas sozinha? Serei uma pessoa que acha que só ela sabe fazer? Ou será uma forma de me sentir no comando? Ou é mesmo pela praticidade e mais nada?

As coisas que uma mulher pensa enquanto cuida da casa...


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sábado, 1 de junho de 2024

DESTRALHES E MAIS DESTRALHES

 Hoje estou sozinha em casa e já tinha planeado dedicar-me a destralhar coisas. 

Já dei roupa do Gonçalo para o filho de uma amiga, já dei roupa de recém nascido a outra amiga grávida, já dei um vestido de cerimónia (que não passa do meu peito... ou seja, engordei muito, pelos vistos...) a outra amiga, já enchi 2 sacos com roupa velha que não serve para nada, a não ser para o lixo, e também tenho um saco com alguns brinquedos partidos para o lixo e outros para levar para a casa de uma das avós. 

Há muita roupa do meu marido que ele não usa com frequência, equipamentos para btt, ou roupa de caça que tenho de lavar e colocar em sacos de vácuo, que ainda tenho de comprar. Mas é a forma de ocupar menos espaço e estar limpa quando ele precisar.

Entretanto lavei roupa da semana, e estendi, lavei também as mantinhas do sofá, que agora começam a ter pouco uso. E já estou a lavar outra máquina de roupa, alguma é para doar e outra é para guardar, mas estava tudo a cheirar a mofo, que horror.

Depois de almoçar vou descansar um pouco, também mereço, para depois aspirar e lavar o chão da casa toda.

Ainda tenho de dar uma arrumadela nos legos do Gonçalo, mas não passará disso.

A casa está a precisar de uma boa limpeza, mas hoje o foco era o destralhe. Só depois terei capacidade para limpar como deve de ser.

De manhã também aproveitei o fresquinho para limpar as janelas e portas no exterior, e limpar o quintal e a entrada. É tudo pequeno, mas estava muito sujo.

Bom fim-de-semana minha gente!

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